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quarta-feira, 16 de abril de 2014

Estadual 2014: Flamengo 1 x 1 Vasco


O título de domingo foi no grau: não apaga o vexame da Libertadores e muito menos esconde as carências do time. Pelo menos deu para curtir e comemorar com um gol inacreditável nos acréscimos contra o finado Vasco, que depois viu-se que Márcio Araújo estava irregular.

Foi um jogo fraco tecnicamente, porque se por um lado o Vasco mantinha a posse de bola sem levar perigo ao Felipe - Douglas apagado outra vez, do outro o Flamengo era só pernas e zero inteligência. A defesa se fechou razoavelmente bem no primeiro tempo, mas ninguém era capaz de segurar a bola no meio de campo, esperar ultrapassagens pelas pontas, preparar melhor as jogadas. Ótimas bolas sobraram para Paulinho, Éverton e Luiz Antônio e todas foram desperdiçadas. Não tinha ninguém para fazer o contraponto à correria.

Abrindo um parênteses: o Vasco não precisa dessa preocupação toda do Jayme de só jogar por uma bola, de fechar o time todo e buscar na velocidade o gol. O Flamengo tem muito mais time que isso.

No segundo tempo piorou, porque nem as jogadas em contra-ataque o time conseguia realizar. O Vasco também cansou de martelar e o domínio já começava a ficar mais claro para a equipe da Gávea, quando Chicão foi expulso junto André Rocha - que já tinha um amarelo. Era lance tradicional de amarelo, mas o árbitro teria que expulsar o lateral vascaíno.

O Flamengo recuou de vez e o gol do Vasco ficava cada vez mais evidente. Jayme queria tirar o Paulinho acabou tirando o Éverton, quando deveria ter substituído o André Santos. Cada vez mais me convenço que o lugar do Éverton é ali na lateral esquerda. Ele tem mais tato de posicionamento que o André Santos. Este, pelo contrário, por pouco não foi expulso.

Erazo entrou, cometeu um pênalti medíocre. O Vasco rezava pro tempo passar, trocava passes, a torcida vascaína gritava "olé", porém errou um saída de bola pela direita. De lá saiu o escanteio para o incrível gol de Márcio Araújo impedido. Azar, erros de arbitragem acontecem todos os dia.

O título não apaga que o Flamengo para o Brasileirão é uma incógnita: 1) Os dois laterais voltaram depois de muito tempo e logo de cara em dois jogos decisivos. Ambos foram péssimos. 2) Só de velocidade não dá pra viver, a opção precisa ser o Mugni.

Mais do que time, elenco, Jayme precisa decidir qual postura quer da equipe, qual a proposta. Vai jogar como nas duas últimas partidas? Recuado e jogando em velocidade ou com toque de bola? Marcação vai subir ou vai ficar atrás da linha de meio campo?

Elenco para fazer um campeonato tranquilo eu acredito que o Flamengo tenha, mas se quiser brigar pelo título, vai precisar de trazer um volante, um meia passador e um lateral esquerdo.

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Estadual 2014 - Final 1º jogo: Flamengo 1 x 1 Vasco


No primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, o Flamengo empatou com o Vasco em 1 x 1 e tem a vantagem de um novo empate na segunda partida para ser campeão.

Foi um jogo de pouca técnica e habilidade e muita reclamação com a arbitragem, que teve, de fato, um juiz fraco, sem pulso e que marcava falta em toda encontrada. Mas não teve qualquer interferência no resultado.

O Vasco entrou como se fosse final de Copa do Mundo. Marcou demais, jogava com velocidade nas costas do Frauches e encontrava um Flamengo lento e sem grandes forças no ataque. Luiz Antônio e Márcio Araújo que deveriam ter feito um bom jogo, foram peças nulas. Mugni e Paulinho não encontraram seus espaços e o Flamengo foi pro intervalo sem chutar nenhuma vez a gol.

Mesmo com todo domínio aparente, o Vasco pouco criou. Assim como o Flamengo no segundo tempo. Com a entrada de Gabriel por Mugni, o time de Jayme de Almeida voltou melhor. O domínio aumentou com a expulsão de Éverton Costa. A entrada de Éverton no lugar de Frauches fez o Flamengo jogar super veloz, mas sem inteligência para definir certa a jogada. O empate veio em excelente chute de Paulinho.

Depois o Vasco soube controlar o ímpeto Rubro Negro, esfriando a partida com sequência de faltas, contando com uma arbitragem que enxergava falta em tudo.

Adilson Batista após o apito final foi criar caso com o juiz, mas na verdade queria criar um clima de "estão todos contra nós" para motivar seus jogadores. Deu certo pelo menos no primeiro tempo, entretanto demorou a tirar o Éverton Costa e a colocar um volante após sua expulsão.

O Flamengo tem mais jogadores que decidem, poderia ter definido o título quando ficou com um homem a mais, porém tirou o pé e não conseguiu pressionar o Vasco, que tem uma boa defesa. Agora tudo depende do resultado de quarta-feira. 

A realidade Rubro Negra é essa: mesmo com toda dificuldade do Jayme em montar o time ideal, encontrar um esquema e acertar a defesa em meio a várias contusões e os principais jogadores do ano passando oscilando, o Clube começa abril precisando de uma vitória em casa para se classificar para as oitavas de final da Libertadores e um empate em casa para ser campeão estadual.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Estadual 2014 - Semifinal 1º jogo: Flamengo 3 x 0 Cabofriense


O Flamengo deu um enorme passo e está praticamente classificado para a final do Estadual. A equipe Rubro Negra venceu o Cabofriense por 3 x 0 e no sábado pode até perder por dois gols de diferença.

O primeiro tempo foi bem fraco. Sem muita inspiração e saída de jogo, o Flamengo tocava lentamente a bola na transição defesa e meio de campo. A única jogada com o passe mais agudo foi do Márcio Araújo para o primeiro gol. E sofria demais na defesa, especialmente pela esquerda. Outra vez João Paulo fracassou na marcação. Que coisa irritante jogador que marca a bola.

Da mesma forma que o lateral falhou no segundo gol do Bolívar, ontem repetiu a dose e errou na marcação da sobra: quando os zagueiros avançam para dar o combate, o lateral fecha o meio. Mas não dá pra ficar mirando a bola e esquecendo-se de quem chega por trás.

Confira na sequência como João Paulo não percebe a chegada do adversário nas suas costas:



Jayme foi esperto e fez o que deveria ter feito com o André Santos lá na Bolívia. Colocou o Éverton na lateral esquerda e por lá o Cabofriense não se criou mais. Com a entrada do Mugni no meio de campo, o Flamengo passou a atacar com mais velocidade e boas invertidas de bola. P

Na defesa o time compactou bem e Felipe quase não trabalhou no segundo tempo. As principais jogadas ofensivas aconteciam na direita com o surpreendente Digão, que errou dois passes fáceis para o Luiz Antônio no primeiro tempo, porém, como jogou na etapa final. Fez bons lances ao lado do Mugni, Paulinho e Luiz Antônio.

É definitivo: Paulinho voltou a ser o jogador do ano passado. Aqueles dribles curtos na lateral levantaram a torcida. Caiu em todos os lados do campo e até jogou centralizado. Boa partida também de Márcio Araújo. Uma pena que ele e Luiz Antônio, mesmo sendo apenas sua terceira partida como titular, não podem jogar nesta primeira fase da Libertadores.

O Flamengo vai ter que conseguir essa vaga com Elano e Muralha mesmo.

E no ataque, Alecsandro vai ganhando a vaga. Entretanto não dá pra entender toda pressão que estão colocando no Hernane. Ontem ele participou dos dois primeiros gols, fez um jogo correto. Não há motivo para tanta ansiedade.

quarta-feira, 12 de março de 2014

Calazans concorda com o blog e aponta a competitividade como principal característica do Flamengo em 2014

Boa análise de Fernando Calazans hoje em sua coluna no jornal O Globo sobre o título do Flamengo da Taça Guanabara e a maior qualidade desse time: a competitividade. Corroborando com o post de domingo do blog. E toca na palavrinha mágica: profissionalismo.

Confira trechos:
Competitividade foi a maior virtude do Flamengo na conquista da Taça Guanabara, com duas rodadas de antecipação. Pode haver outras, mas nenhuma com tal diferença na comparação entre o vencedor e os outros três clubes grandes. Em poucas palavras, o Fluminense foi o time dos extremos: uma goleada aqui, uma partida medíocre ali. Foi o time que mais oscilou. 
O Botafogo apareceu exatamente no extremo oposto do Flamengo. É seu companheiro no Campeonato do Rio e na Copa Libertadores, mas, dividido entre um e outro, foi um fracasso no primeiro. Mesmo sem tirar o olho da maior competição sul-americana, o Flamengo conseguiu mostrar times (titular e reserva) competitivos e profissionais no Estadual. Nenhum deles com brilho, mas ambos com espírito de luta, consciência, regularidade, profissionalismo. Nesse aspecto, não há como ignorar o trabalho do técnico Jayme de Almeida com titulares, reservas, veteranos e jovens. Tanto o time principal quanto o reserva imbuídos do espírito de competição. 

segunda-feira, 10 de março de 2014

Flamengo lidera movimento e votará contra a reeleição de Rubens Lopes à presidência da FERJ


Finalmente o Flamengo se posicionou contra a Federação. Parabéns à diretoria Rubro Negra por mais uma vez ser vanguarda, aglutinando a revolta com o Fluminense o Vasco.

Lamentavelmente o Botafogo sucumbiu e, mesmo acumulando um prejuízo de quase R$ 1 milhão apenas neste primeiro turno, é o único grande a ficar ao lado do Rubens Lopes.

De fato, não dava mais para continuar cúmplice da FERJ. Este ano o blog fez uma série de postagens mostrando os absurdos atos da Federação Carioca:

- Campeonato Carioca começa neste final de semana. A FERJ lucrará mais do que os clubes, outra vez

- Está tudo errado: aluguel caro, custo operacional absurdo, renda dividida com pequeno e a FERJ rindo a toa

- FERJ aumenta a premiação do Estadual fazendo graça com o dinheiro alheio

- FERJ maquia prejuízo financeiro inserindo no borderô a cota de televisão

- A escandalosa declaração do presidente da FERJ depois de fazer graça com o chapéu alheio

Agora à noite, o trio Flamengo, Fluminense e Vasco soltou uma nota se posicionando contra a candidatura de Rubens Lopes à reeleição nesta terça-feira. Por incrível que pareça, mesmo com 3/4 da força do futebol carioca unidos, os três representam apenas 18 votos num universo de 264.

A pauta das reivindicações incluem a redução do custo cobrado de 10% para 5%, como acontece na Federação Paulista, a divulgação do balancete trimestral da instituição auditado, a negociação direta dos contratos com a televisão, percentual da receita de patrocínio e placas de publicidade divididos, Estadual começando em fevereiro com 15 datas, dentre outros.

Infelizmente a vitória eleitoral de Rubens Lopes é certa. Sua base de votantes vai de times da série A, B, C a times amadores, uma farra. Mas sem dúvida esse contraponto é uma vitória moral. E que pode ter uma repercussão bem maior, afinal, sem a participação dos grandes clubes, o Estadual não existe.

Estadual 2014: Flamengo 2 x 0 Botafogo - CAMPEÃO DA TAÇA GUANABARA


Foi um passeio nesta Taça Guanabara.

Com a vitória contra o Botafogo por 2 x 0, o Flamengo abriu sete pontos de vantagem para o segundo colocado e conquistou o primeiro turno com duas rodadas de antecipação, mesmo jogando por diversas vezes com os titulares, os reservas, reservas dos reservas e um mistão.

Mas o Flamengo não fez uma competição brilhante, com grandes atuações. Pelo contrário: o time mostrou ser muito competitivo e os reservas tiveram sempre boas participações, entretanto ainda está longe de ter time pronto.

A vitória contra o Botafogo foi extremamente tranquila. Os reservas alvinegros que humilharam o Fluminense, não fizeram graça contra o Rubro Negro. E até por esse jogo contra o tricolor, fez o Jayme e o time terem respeito demais durante o jogo.

Vencendo por 1 x 0 e com a expulsão do Airton, Jayme deveria ter tirado um dos três volantes e colocado o Alecsandro ou o Mugni. O Flamengo era preguiçoso demais, não tinha nenhuma vontade de liquidar logo o jogo. Poderia ter forçado mais as jogadas na direita com o Léo, trabalhado mais a bola no ataque com a participação do Muralha. Porém preferiu ficar atrás da linha do meio de campo e quando tinha a bola trocava passes na defesa.

Foi muito bom ver o Paulinho entrando depois de muito tempo. Vai precisar de ritmo. Pode ser aproveitado como titular nesses dois jogos restantes.

Com a conquista da Taça Guanabara, o clube ganhou de premiação R$ 1,2 milhão e recuperou parte da grana tungada pela Federação, que organizou uma campeonato péssimo, com 16 clubes jogando em pontos corridos, que proporcionam uma conquista de título sem comemoração, volta olímpica e troféu. Importaram a horrível fórmula do campeonato Paulista.

Pelo menos serve para impedir qualquer comemoração efusiva da equipe - que parece estar muito centrada e com os pés no chão, e anima a torcida a lotar na quarta-feira pela Libertadores.

quinta-feira, 6 de março de 2014

Estadual 2014: Flamengo 2 x 0 Bonsucesso


Mesmo jogando com o time A, B, C, misto e disputado paralelamente a Libertadores, o Flamengo segue líder da Taça Guanabara com cinco pontos de vantagem faltando três rodadas.

O Rubro Negro derrotou o Bonsucesso por 2 x 0 em Volta Redonda e está prontinho para conquistar mais um campeonato.

Falta à equipe muita coisa, como a boa compactação do ano passado e um claro esquema de jogo para esse novo meio de campo, mas o que não lhe falta é competitividade e um elenco que tem feito a diferença e decidindo jogos.

É incrível o crescimento técnico do Samir, partidaça, jogando ao lado do ótimo Chicão. Pode complicar pela sua estatura, mas no mano a mano ganhou todas e roubou várias bolas graças as suas antecipações fulminantes.

No ataque a atuação dos pontas foram péssimas: Gabriel e Éverton estavam em uma noite muito ruim e Jayme viu bem isso, alterando a dupla para a entrada do Negueba e do Nixon. Este aproveitou a chance e serviu o surpreendente Alecsandro no primeiro gol, depois foi servido marcando um golaço em belo e não menos inesperado chute no ângulo. Aquele é sem comentários.

Mas vamos ao Lucas Mugni. Primeiro. A comparação com Carlos Eduardo é um porre, mero argumento simplista de torcedor de mesa de bar. Qualquer um mais atento percebe o argentino visivelmente pilhado, correndo o campo todo (como revela seu mapa de calor), ao contrário do Carlos Eduardo, porém pode facilitar sua vida simplificando as jogadas. Errou muito sim, mas vejamos se ele também não acertou:

- Matada de peito para Chicão chutar livre no primeiro lance da partida.
- Cruzamento para Gabriel cabecear em cima do goleiro.
- Belo passe para Alecsandro em diagonal, que perdeu o tempo do chute.
- No segundo tempo, ótima tabelinha que resultou no chute do André Santos explodindo na trave.
- Bom passe para o lateral Léo, que tentou driblar três marcadores dentro da área.

Cinco ótimas chances criadas pelo Lucas Mugni que, infelizmente, não serão lembradas porque suas assistências não resultaram em bola na rede. Não defendo-o como titular absoluto, mas ele está longe de ter sido o pior da partida e bem mais longe ainda de ser um novo Carlos Eduardo.

Mapa de Calor do Mugni. O argentino correu

segunda-feira, 3 de março de 2014

A escandalosa declaração do presidente da FERJ depois de fazer graça com o chapéu alheio


Se depois dessa declaração acintosa do presidente da FERJ o Flamengo não se mobilizar para reverter o quadro no ano que vem, olha, é para voltar todo mundo pra casa.

Antes vamos aos fatos: o Flamengo perdeu R$ 2 milhões para que a Federação pudesse aumentar a premiação do Estadual e torná-lo mais vantajoso às custas do chapéu alheio.

Isso depois da Federação ter fechado um contrato de patrocínio e placas de publicidade de quase R$ 15 milhões, fora os 10% que tem direito sob a renda de todos os jogos, ao contrário da Federação Paulista que cobra apenas a metade.

Somado ao fato da Federação obrigar os clubes grandes a dividirem (conforme artigo 14 do regulamento) a renda de todo jogo contra os pequenos na proporção de 60% para o vencedor e 40% para o perdedor, ao contrário do que acontece no campeonato paulista, por exemplo.

Sem contar a ridícula maquiagem nos borderôs deficitários, que estavam sendo alvos de reportagens repercutindo o prejuízo dos clubes que pagam para jogar um campeonato em campos horríveis em pleno 2014, acrescendo neles o valor com que os clubes ganham da televisão, mas que nada tem a ver com a receita do jogo em si.

Eis que o Sr. Rubens Lopes, presidente da FERJ, solta a seguinte pérola ao jornal O Globo: "Ganha o campeonato que vocês recuperam o dinheiro", afirmando que a decisão de usar a verba da televisão para aumentar a premiação foi unânime. O presidente Bandeira de Melo retrucou: "Eu tenho que ganhar o campeonato para recuperar um dinheiro que era meu" e pediu para provar a documentação assinada pelo time da Gávea na reunião do Conselho Arbitral. A Federação diz que tem apenas uma gravação.

Com o título da Taça Guanabara e a classificação para a semifinal, o Flamengo ganhará R$ 1,2 milhão, apenas 60% do valor que lhe fora tirado.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Estadual 2014: Flamengo 3 x 0 Resende


O Flamengo terminou a rodada líder da Taça Guanabara entre atuações com o time principal, reserva e o segundo reserva.

Na noite desse sábado a equipe derrotou o Resende por 3 x 0 com excelente atuação de Alecsandro, Samir e Léo Moura.

Jayme outra vez utilizou o trio Elano, Mugni e Éverton. É um meio de campo lento, talentoso, mas que não imprime velocidade, não consegue alternar toques de bola com saídas rápidas.

O Flamengo pouco criava. Quem chegava com mais perigo, ajudado pela marcação frouxa, era o adversário. Mas o artilheiro está lá para isso. Alecsandro aproveitou uma falha do goleiro e abriu o marcador. O time cresceu e, em jogada individual, que começou com belo passe do Elano, outra vez Alecsandro marcou com belo chute de fora da área.

O final do primeiro tempo foi de amplo domínio. Com os dois a zero no placar, a confiança para fazer jogadas mais efetivas aumentou. A marcação avançou, foram criadas várias chances e o placar poderia ter sido ampliado.

No segundo tempo Jayme manteve a equipe, como é o seu costume, mesmo com o time excessivamente cadenciado, de muito toque pro lado. O treinador vai ter a missão de manter a qualidade e unir com a velocidade. Para quarta-feira terá a volta do Gabriel, que deve entrar no lugar do Mugni.

Até que Léo Moura faz uma brilhante jogada, um lindo chapéu, e Éverton marcou seu primeiro gol desde sua volta. Que lhe dê confiança, porque será útil demais ao Rubro Negro.

Realmente, a vibe do Flamengo, aquela velocidade unida à boa marcação do final da temporada não existe. É um meio de campo com novas características, que pode chegar ao nível competitivo se, por exemplo, o Paulinho voltar a jogar o que sabe. Qualidade para isso tem.

Para quarta-feira agora, jogo importantíssimo da Libertadores contra o Emelec, o time terá o apoio de um Maracanã lotado para se inflamar e conquistar os primeiros três pontos na competição.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Estadual 2014: Flamengo 2 x 1 Vasco


O Flamengo evitou uma bela fadiga e um princípio de crise se completasse a terceira derrota seguida, com a vitória de virada contra o Vasco por 2 x 1.

Tudo que Jayme não precisava era turbulência nesse tempo em que precisa ter para remontar o meio de campo do Flamengo, que acabou. Amaral, Elias, Luiz Antônio, Carlos Eduardo e Paulinho saíram do time e agora a missão é encaixar uma nova formação com o variado elenco disponível.

No primeiro tempo o time foi completamente dominado pelo Vasco. A única saída de bola era na velocidade individual tresloucada. Não se via troca de passes, inversões, tabelinhas, nada. A marcação do Flamengo antes compactada, agora está espaçada e começando na entrada da grande área, não existe combate na altura do meio de campo.

O adversário com três, quatro passes em velocidade chegavam sempre pela esquerda. Curiosamente o gol foi pela direita. Outra vez: o que fazia Amaral, que não auxiliava o André Santos e permitia o Douglas jogar sozinho? Amaral enlouqueceu. Elias lhe deu uma confiança para jogar mais do que pensa. Jayme precisa alertá-lo.

Com 15 minutos do segundo tempo, a situação mudou com as entradas de Gabriel e Muralha. O Flamengo acertou o meio de campo, avançou a marcação e passou a jogar em velocidade inteligente, com ultrapassagens e inversões. Ótimo jogo dos dois: Gabriel caía muito bem pela direita e Muralha fechou a marcação. Éverton até melhorou com a dupla em campo.

Lembro de uma bola que Barbio ganhou do André Santos e só havia o Muralha na sobra, que matou a jogada e saiu com categoria.

Alecsandro deveria ter entrado mais cedo. Ele só joga no limite, faltando dez, quinze minutos. Mesmo assim deu um belo passe de camisa dez para o Éverton chegar na cara do goleiro.
O Jayme tinha razão, dá pra ele e Hernane jogarem juntos em algumas circunstâncias de jogo.

Na zaga, Wallace anda tomando uns dribles complicados. Samir segue um monstro.

André Santos era para ser expulso. Difícil ele manter a seriedade o jogo inteiro. Quando joga firme, mostra que tem habilidade: deu dois excelentes lançamentos para Hernane e Gabriel. Quando joga como moleque, leva cartão bobo e faz besteiras.

O elenco é grande, o meio de campo acabou, mas ainda vejo muitas opções pro Jayme achar  time. Tem o Léo, o Feijão, o Gabriel e Alecsandro voando, o Sartori. Não perdi a esperança no Paulinho, ainda. Tem que encaixar a melhor escalação.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Estadual 2014: Flamengo 0 x 3 Fluminense


No primeiro grande desafio do ano, uma sapatada que ficou barato. O Fluminense venceu por 3 x 0 e empatou com o Flamengo na liderança na Taça Guanabara.

Agora já são nove gols sofridos em cinco jogos. E a defesa continua sendo o grande problema para Jayme corrigir. Se falta a compactação, não deu para entender Conca livre a partida inteira. E o que fazia o único volante marcador do time? Subia ao ataque, caía nas duas pontas, bem mais ousado do que o próprio Muralha, segundo volante. Uma simples orientação do Jayme mataria, ou pelo menos dificultaria, todas as ações ofensivas do Fluminense, que se concentrava nos pés do argentino.

O Flamengo teve muita dificuldade no ataque. Foi um time armado para jogar em velocidade, mas viu um adversário marcando muito bem, anulando a principal jogada pela direita com Léo Moura. Éverton e Elano estavam bem avançados e foram engolidos pela defesa tricolor, sobrava para Amaral e Muralha tendo que participar da linha de passe.

Era um time frio, sem ousadia, sem vontade. Foi vergonhoso perder dessa forma justamente contra o Fluminense depois de tudo. (Faltou na sexta-feira a diretoria do Flamengo chegar antes do rachão e dizer: "Olha aqui, podem perder até pra mãe de vocês, mas vitória amanhã é obrigação". Porra!)

O segundo tempo então foi um horror. O time não encaixava a marcação de maneira alguma, corria atrás da bola como juvenis jogando contra adulto.

Bom, o que Jayme terá que fazer? Se não consegue compactar as duas linhas de quatro como no ano passado, eu vejo duas soluções:

Ou coloca o time com Amaral fixo, Cáceres de segundo volante e o Muralha fazendo a função do Luiz Antônio. E na frente Elano, Paulinho (Éverton) e Hernane.

Ou então escala o time com dois volantes de origem: Amaral e Feijão, com Elano pela direita, Éverton na esquerda e na frente Paulinho e Hernane.

Seria uma medida paliativa, ainda mais jogando fora de casa. Vejo dois problemas: Jayme não treinou a equipe assim e não tem o costume de fazer mudanças bruscas, pelo contrário, mantém a base alterando algumas peças. Vamos ver o que irá fazer para a estreia na Libertadores.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Estadual 2014: Flamengo 5 x 2 Boa Vista


Mais importante do que a goleada, do que manter o time invicto e líder da Taça Guanabara, foi ver que depois de muito tempo o Flamengo montou um elenco forte, sem uma grande estrela com a responsabilidade de resolver o jogo sozinho.

Sob um impiedoso sol, o Flamengo derrotou o Boa Vista por 5 x 2 com três gols de Alecsandro.

Mas o problema do time reserva é o mesmo do titular: a fragilidade da defesa. Jayme vai ter que treinar exaustivamente a compactação do meio de campo, como se comportar quando estiver sem a posse de bola, a cobertura nas subidas dos laterais. Foram seis gols em quatro jogos contra adversários pequenos, muita coisa. Isso em Libertadores é mortal.

Entretanto, é um problema corrigível. Deve-se levar em consideração também o começo de temporada, os adversários fracos, não tem aquela tensão e pegada de um jogo decisivo e as condições climáticas. Por isso o Fla x Flu, o primeiro compromisso sério do ano, deve ser um bom teste para analisar a competitividade do time sem todos esses fatores.

Gabriel foi o melhor da partida. Está mais confiante, rápido, cavou o pênalti e fez ótimas jogadas. A melhor foi quando deu um drible no meio de campo e lançou o Alecsandro. Pena que o assistente marcou impedimento. Este é outro que chegou sob olhares desconfiados, e agora já tem quatro gols, artilheiro ao lado do Hernane.

Boas estreias de Léo e do argentino Mugni. Razoável a estreia do Feijão.

O elenco foi bem montado. Há muito tempo um time reserva do Flamengo não era tão forte. Não tem nenhuma estrela, nenhum craque com a obrigação de decidir. Mas tem vários bons jogadores que não se furtaram em correr sob um calor absurdo na tarde carioca. Mesmo com a goleada, buscaram até o fim amplicar o marcador.

Para se ter uma ideia, na final da Copa do Brasil a primeira opção era o Diego Silva. Tempos difíceis para o Jayme, que agora tem várias opções para montar seu time sem precisar morrer abraçado com Carlos Eduardo.

Todos os times divididos pela comissão técnica foram testados. Os titulares ganharam ritmo, os reservas mostraram que podem ser úteis e os reservas dos reservas também brigam pela vaga na lista para a Libertadores.

A partir de sábado acabou a pré-temporada. Que venha a Libertadores!

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Estadual 2014: Flamengo 5 x 2 Macaé


Pronto, após um jejum de incríveis dois jogos, Hernane arrebentou, marcou quatro gols e o Flamengo goleou o Macaé por 5 x 2.

Se no ataque o brocador resolveu, o sistema defensivo está bem ruim. Como no jogo passado, o adversário criou várias oportunidades e Felipe fez ótimas defesas.

Os volantes estão saindo muito, até pelo vácuo provocado pela apatia do Carlos Eduardo. Amaral no ano passado era um primeiro volante, ficava à sombra do Elias, chegava de surpresa, e agora resolveu mostrar que não é um brucutu, que sabe sair com a bola, fazer lançamentos e ainda chuta bem. Bom pro ataque, mas a recomposição do time e a alternância das subidas dos laterais precisam ser bem feitas. Muralha segue evoluindo, mas não encontrou o tempo certo entre apoiar e marcar e ainda cobrir as subidas do André Santos.

Com o placar favorável, o time ficou prostrado atrás da linha de meio de campo na marcação e ainda assim corria perigos. O time joga muito espaçado, qualquer tabelinha desmoronava a defesa. É claro que tem que ser levado em consideração o nível de dificuldade do jogo, a falta de concentração e o forte calor, mas aquela compactação não acontece mais.

Jayme sempre trocou o Carlos Eduardo durante o segundo tempo, dessa vez já o tirou no intervalo e entrou Gabriel, em grande fase. A displicência do Carlos Eduardo no segundo gol foi um troço absurdo. É o ponto final, acabou.

Paulinho demonstrou um pouco de evolução, porém está longe de ser o jogador do ano passado. Se não melhorar, o Éverton é a opção.

Mais uma boa partida do Elano. Tem o passe refinado, é inteligente. Está comprovando que foi uma boa escolha do Flamengo.

A marcação na esquerda foi péssima. Sem o Paulinho fechando ali, Muralha sem ter uma boa recomposição e o Erazo sem ritmo, o Macaé aproveitou e criou suas principais jogadas por lá.

Para o jogo de quarta-feira, Jayme vai colocar o time reserva. E vai ter a semana para preparar os titules para o Fla x Flu no sábado, última preparação visando a estreia na Libertadores. É uma boa programação.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Estadual 2014: Friburguense 0 x 2 Flamengo


Não foi um bom jogo. A melhor partida taticamente foi a da estreia, mas tivemos alguns bons destaques individuais na vitória por 2 x 0 contra o Friburguense.

O banco foi decisivo nos dois jogos com os titulares. Se no ano passado a primeira opção era um Diego Silva ou um Val da vida, esse ano tem sido um inspirado Gabriel e um bom Alecsandro. É a prova de que o elenco está mais qualificado, e olha que faltam estrear o Éverton, Erazo, Mugni e Léo. (E o Elias!)

Mas Jayme terá que sacar o Carlos Eduardo, não tem jeito. Ano passado até tinha a questão tática, da posse de bola, mas o time tinha um Elias e um Luiz Antônio.

Hoje o meio ficou mais lento com Elano e Muralha. A saída de bola precisa ser organizada agora sem o Elias. A marcação também piorou. A compactação que Amaral e Elias davam à defesa era excelente, fechando com Paulinho e o Luiz Antônio nas laterais. Hoje o Paulinho ainda está longe do jogador do ano passado e o Elano não tem essa característica. O Flamengo permitiu muitas chances do adversário. Felipe fez ótimas defesas.

Pelo segundo jogo seguido a saída do Carlos Eduardo no segundo tempo provoca uma revolução. Gabriel outra vez entrou bem demais, está mais confiante e fez excelentes jogadas na direita. É simples jogar com Léo Moura.

Elano caiu pela esquerda e marcou um golaço, além de uma linda invertida. Sabe muito de futebol! Faltou essa movimentação dos pontas também com Paulinho. Se não fica muito previsível e estático. Com a disponibilidade de jogo do Éverton, Jayme terá muitas opções.

Os laterais estão em grande fase. Léo Moura fez um lançamento espetacular no peito do André Santos para o gol de Samir. O lateral esquerdo conseguiu sua terceira assistência em dois jogos. Temos um lateral que acerta cruzamento, vejam só, já foram dois. Só precisa manter a seriedade o jogo inteiro.

Amaral fazendo o simples, chegando como homem surpresa, apenas, pode ser bem útil.

Wallace e Samir continuam jogando em alto nível.

Deu para entender porque Jayme pensa em Hernane e Alecsandro juntos. Alecsandro quando entrou jogou também como um meia. Hernane teve duas chances, perdeu as duas. Com certeza está guardando sua broca para a Libertadores.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Campeonato Carioca: em três jogos, Botafogo e Vasco já pagaram para jogar

São quatro meses que os clubes perdem jogando esse enfadonho Campeonato Carioca, projetado para satisfazer as vontades políticas da Federação. É inaceitável que os clubes continuem sendo reféns dessa gente.

A lista de absurdos é longa:

- Jogos em campos amadores.
- Os clubes estão pagando para jogar.
- A FERJ lucra 10% todo jogo, ao contrário, por exemplo, da Federação Paulista que abocanha apenas 5%.
- Renda dividida com os clubes pequenos, ao contrário, por exemplo, da Federação Paulista.
- Aumento da premiação pelo título graças à tungada da FERJ ao dinheiro do contrato de televisão de Flamengo e Vasco.
- Mais da metade do patrocínio da venda do nome do Estadual e da placa de publicidades irá para os cofres da Federação.

Em três rodadas, o Flamengo teve um lucro de R$ 80 mil, o Fluminense pouco mais de R$ 10 mil. Já o Vasco e Botafogo tiveram que pagar para jogar, em pleno 2014, em plena época do futebol profissional, dos contratos milionários de televisão, da busca por novas receitas.

Eis os seguintes tuítes:


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Estadual 2014: Flamengo 2 x 2 Duque de Caxias


O time poderia ter ganho com facilidade. Sofreu gols bizarros, criou boas chances armadas por Elano e Léo Moura, porém viu Hernane perder ótimas oportunidades.

Na primeira partida com os titulares, o Flamengo buscou o empate contra o Duque de Caxias: 2 x 2.

Mas o que fez diferença mesmo foi a pegada na marcação. Estavam claramente sem o tempo de jogo. Parecia que os jogadores Rubro Negros estavam sempre um passo atrás dos do Duque. Não tem como poupar mais, será necessário escalar os titulares até a estreia da Libertadores.

O gol de empate foi antes dos 30 minutos do segundo tempo, havia muito tempo para buscar a vitória, entretanto o Flamengo não conseguiu depois disso pressionar e nem encurralar o adversário. Situação que seria normal em condições normais de uma partida contra um pequeno.

A marcação do meio de campo vai sofrer sem o Elias. Muralha tem suas qualidades, bom passe - não chega a ser tão incisivo no ataque, mas sua recomposição é lenta.

Elano mesmo sem ser um meia clássico, provou que pode ser útil nas cobranças de falta e nos passes verticais. Mas Jayme terá que escolher entre ele ou o Carlos Eduardo. E colocar o Éverton na esquerda e o Paulinho na direita com Léo Moura, que chegou bem à linha de fundo, apesar de não contar mais com o Luiz Antônio.

(Inaceitável a dificuldade história do Flamengo em regularizar seus reforços. O Éverton foi anunciado no ano passado!!!)

Gabriel já havia jogado bem nos dois primeiros jogos, na partida deste sábado correu muito e armou bons lances. Um começo animador, exatamente como no ano passado. Tomara que mantenha o bom futebol.

E o Jayme, sempre contestado quanto às substituições, fez duas certeiras: Gabriel e Alecsandro. E olha que ainda tem o Éverton, Mugni, Léo, Erazo. E quem sabe, ainda possa contar com o Elias.

sábado, 25 de janeiro de 2014

FERJ aumenta a premiação do Estadual fazendo graça com o dinheiro alheio

A desfaçatez não tem limite. O aumento da premiação pela conquista do Estadual foi a custa do suor alheio.

Essa é a FERJ que, além de forçar os clubes grandes a dividirem sua renda com os pequenos - em São Paulo isso não acontece, também cobra uma taxa de 10% em cada jogo - em São Paulo a Federação Paulista cobra apenas 5%, agora resolveu tungar o Flamengo e o Vasco.

Cada um perdeu 10% dos valores a que têm dinheiro da cota da televisão para que a Federação aumentasse a premiação do campeonato carioca.

A Federação vendeu o nome do campeonato para a Guaraviton, além de ter direito à renda das placas de publicidade, totalizando quase R$ 15 milhões. Mais da metade ficará com a entidade.

Leia o que informa a coluna Panorama Esportivo do jornal O Globo:


Ou os clubes colocam um ponto final de uma vez por todas, ou ficarão submetidos aos desmandos absurdos de uma Federação e serão eternamente cúmplices dessa vergonha.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Estadual 2014: Volta Redonda 0 x 1 Flamengo

O terceiro time reserva do Flamengo vai cumprindo bem seu papel. Com gol de Welinton, o Rubro Negro assumiu a liderança do Estadual com duas vitórias ao vencer o Volta Redonda fora de casa. Enquanto isso, vê seus rivais sofrendo na parte de baixo da tabela sem vitória no campeonato.

Mas o melhor da noite de ontem foi a entrevista que o presidente Eduardo Bandeira de Mello deu à ESPN. Confira:

 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Está tudo errado: aluguel caro, custo operacional absurdo, renda dividida com pequeno e a FERJ rindo a toa


Por pouco o glorioso Audax, que não colocou um torcedor no Maracanã, não lucrou mais do que o Flamengo na estreia do Campeonato Carioca.

Art. 14 do regulamento: O resultado financeiro da partida, apurado em borderô, será todo do clube que tiver o mando de campo, exceto quando houver a participação de qualquer um dos chamados clubes grandes (Fluminense, Botafogo, Flamengo e Vasco), casos em que a distribuição do resultado será na proporção de 60% para o vencedor, 40% para o perdedor e, em havendo empate, 50% para cada associação.

Com uma receita bruta de R$ 525 mil, 76% foi para cobrir as despesas da partida. Restou apenas R$ 121 mil a ser distribuído na proporção 60% x 40%. O Flamengo, abatendo a penhora do acordo com o TRT, levou para a Gávea R$ 56 mil. O Audax arrecadou o total de R$ 48 mil.

A FERJ abocanhou 10% da renda bruta. O aluguel do estádio foi de R$ 119 mil; custo operacional de R$ 105 mil (R$ 8,2 reais por cabeça) e despesa operacional de 20 mil. Simplesmente é impossível fazer futebol profissional dessa forma.

Comparando, a Federação Paulista cobra apenas 5% da renda bruta. No Pacaembu, o Palmeiras pagou R$ 48 mil de aluguel, sendo obrigado a pagar apenas 29% para cobrir as despesas, levando para casa R$ 184 mil, ou 46% da renda.

E ainda, os clubes grandes não são obrigados a dividir a renda com os pequenos. O Linense, adversário do Palmeiras, não levou nada para casa.

Ao final do Campeonato Carioca do ano passado fiz um post cobrando uma resposta dos clubes ao fato da Federação ter lucrado mais do que os autores do espetáculo. Pelo visto, nada foi feito. Pioraram a situação.

E a conta cai toda na suposta elitização do Flamengo. É foda!

Estadual 2014: Flamengo 1 x 0 Audax


Uma estreia razoável do Flamengo no Campeonato Carioca. Vitória de 1 x 0 contra o Audax. Único grande  a vencer na primeira rodada.

O mais impressionante e motivador foi o Jayme ter conseguido manter o mesmíssimo esquema da temporada passada, isto com o terceiro time e treinando em oito dias. Na marcação o time fecha com duas linhas de quatro e no ataque vai de 4-2-4.

Era um Flamengo organizado e correto taticamente. Teve Negueba e Gabriel invertendo nas pontas e voltando para marcar. O time brigou e jogou com raça. Conseguiu cedo o gol e se posicionou para buscar o contra-ataque, por essa postura matou o jogo do Mattheus de distribuição de bola entre os lados.

Jayme achou o Amaral escondido no elenco, agora está prestes a achar o Muralha. Vamos ver os próximos jogos. Mas sua entrada ontem no lugar do Negueba foi muito boa. Fez exatamente a função do Luiz Antônio, e ainda conseguiu um passe sensacional para o Mattheus sair na cara do gol.

Com o Muralha em campo, Mattheus se firmou mais como um meia. Ajudou o time a manter a posse de bola. Perdeu um gol onde era só chutar reto - o goleiro já havia dado o canto. Saiu vaiado, porém deve-se muito mais pela forma com que quase deixou Flamengo do que pela chance perdida.

Bom jogo do Gabriel. Deu grande passe para o Nixon e fez ótima tabelinha com o João Paulo. Lembrou muito a dupla André Santos-Paulinho.

É verdade que o Jayme poderia ter substituído mais cedo, tirado o Cáceres e colocado o Feijão, mas um dos trunfos dele é justamente esse: manter o time, repetir escalação. Vai ser necessário conviver com isso. As vezes com um elenco maior, mais opções confiáveis, o Jayme mude essa postura.