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quarta-feira, 22 de maio de 2019

Flamengo renova com treinador e anuncia primeiras renovações no vôlei feminino


O Flamengo deu os primeiros passos para a montagem do seu elenco de vôlei feminino para a próxima Superliga Feminina.

Nessa terça-feira o clube anunciou a renovação do treinador Alexandre Ferrante, que foi o responsável por conduzir o Rubro Negro para a divisão de elite do vôlei nacional, após chegar a final da Superliga Feminina da segunda divisão.

Já nessa quarta-feira, as primeiras renovações foram confirmadas.

A oposta Angélica, uma das melhores atacantes da equipe, vai ficar por mais uma temporada. A ponteira Jéssica e a central Nandyala também renovaram.

Em entrevista ao site oficial do Flamengo, o diretor executivo de esportes olímpicos, Marcelo Vido abordou sobre a formação da equipe Rubro Negra e algumas questões importantes.

Confira:

RESPONSABILIDADE

“Sabemos a diferença, em termos técnicos e de investimentos, de disputar a Liga B e a Liga A. Nesse sentido, de uma forma novamente responsável, estamos montando uma equipe competitiva. Faremos o melhor possível com essa equipe"

ALUGUEL DA CAMISA

"Fomos procurados para fazer uma parceria onde o Flamengo só cederia a camisa e o nome, mas não é o nosso foco. Não vou entrar no mérito se é bom ou ruim, mas o Flamengo, até por ser uma equipe com história no voleibol e nos esportes olímpicos, tem que ter sua própria equipe”

EQUIPE COMPETITIVA COM ESTRANGEIRAS

"Queremos sim, em um espaço curto de tempo, buscar o título da Superliga A, mas nesse momento a ideia é ter uma equipe competitiva, equilibrando jovens talentos do clube com jogadoras experientes. Aí incluímos também atletas estrangeiras, porque o regulamento permite que tenhamos duas estrangeiras e o mercado de brasileiras, infelizmente, é escasso"

PATROCÍNIO

“Pensando dessa forma, foi uma diretriz da diretoria ter, juntamente com o Marketing, uma equipe exclusiva em busca desses recursos para o financiamento dos esportes olímpicos. Nesse momento, especificamente, para o voleibol. Com isso, essa equipe está sendo estruturada e irá responder ao Marketing. Já estamos tendo algumas novidades em vista para patrocínio da nossa equipe de voleibol, que deve ser anunciado nos próximos dias, assim como temos uma parceria com o Governo do Estado”

RODADA TRIPLA NO MARACANÃZINHO

 “Seria um sonho fazermos rodada dupla e até tripla, pensando em Maracanã e Maracanãzinho, com futebol, vôlei e basquete. Fazer com que a praça do Maracanã seja uma praça esportiva em que receba dois ou três eventos. É um sonho que esperamos que seja possível”

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Agora é oficial: Marcelo Vido continua na direção executiva dos esportes olímpicos

Em 2012 este blog entrevistou Marcelo Vido, ainda dirigente do Minas TC. Após a primeira vitória de Eduardo Bandeira de Mello nas urnas, Vido foi contratado para iniciar uma fase dura, mas necessária: os cortes de gastos.

Foram dispensados os atletas da natação e judô e ficou determinado que apenas as categorias de base continuariam.

Em seguida, deu-se início a todo processo de reestruturação financeira, obtenção de certidões negativas, aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal Rubro Negra e aprovação de projetos via incentivo fiscal, além do Anjo da Guarda Rubro Negro.

As boas notícias da semana continuam.

Agora sem Alexandre Póvoa, mas com Delano Franco, novo vice-presidente de esportes olímpicos da gestão Rodolfo Landim, que acerta ao manter Marcelo Vido na direção executiva.

O próprio Póvoa escreveu no twitter:


Há ainda um longo caminho a percorrer.

Em breve esperamos entrevistar o Delano Franco para conhecê-lo melhor.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Marcelo Vido deverá permanecer na direção executiva de esportes olímpicos do Flamengo

Após a saída de Alexandre Póvoa, o novo vice-presidente de esportes olímpicos, Delano Franco, assumiu a pasta, com a vitória de Rodolfo Landim em dezembro.

A grande dúvida era sobre a permanência do Marcelo Vido como diretor executivo.

Pois bem, nessa sexta-feira ambos estiveram reunidos na Gávea e praticamente selaram a permanência do Vido à frente da direção executiva. O anúncio oficial deve acontecer na segunda-feira.

Ganha os esportes olímpicos, ganha o Flamengo!

sábado, 29 de dezembro de 2018

Basquete - Super 8: Franca 75 x 79 Flamengo - MENGÃO CAMPEÃO


Após a eliminação precoce da Liga Sul-Americana, o Flamengo ressurgiu das cinzas com a conquista do Super 8, torneio que reuniu os oito primeiros colocados do primeiro turno do NBB, após vencer Franca no Pedrocão completamente lotado por 79 x 75.

Com a conquista sobre o atual campeão sul-americano, o Rubro Negro se classificou para a próxima Liga das Américas, que será disputada em outubro.

Gustavo de Conti arrumou a casa após ser eliminado da Liga Sul-Americana e chegou a cinco vitórias seguidas: duas contra Minas e Botafogo (pelo NBB e Super 8) e agora Franca.

Quem também ressurge das cinzas junto com o Flamengo e Anderson Varejão, que finalmente está conseguindo fazer a diferença para a qual foi contratado. Nessa competição, terminou com média de 16 pontos e foi importante em diversos momentos.

Marquinhos segue seu ritmo de colocar a bola em baixo do braço e resolver. Foram 29 pontos contra o Minas, 17 contra o Botafogo e agora 15 contra Franca na final.

No entanto, o grande nome e maestro desse time nessa conquista foi Franco Balbi. O argentino terminou com 14,6 pontos de média e 8,6 assistências por partida. Monstruoso o argentino!


O JOGO

A partida iniciou com Anderson Varejão assumindo as funções ofensivas. Os seis primeiros pontos foram do pivô. Os donos da casa, empurrados pelos seis mil francanos que esgotaram os ingressos da final, começaram melhor e abriram 13 x 8.

Balbi então começou a silenciar o Pedrocão. Com quatro pontos seguidos, após Varejão ter matado dois lances livres, o argentino colocou o Flamengo na frente do marcador: 14 x 13.

Na sequência, o armador ainda matou de três, deu assistências para Marquinhos também finalizar de três pontos e depois fez outra cesta, e o Flamengo abria sua maior vantagem: 25 x 17, obrigando Franca a paralisar a partida. Na volta, uma bobeira de Nesbitt, que poderia ter trabalhado os 24 segundos, e os donos da casa conseguiram matar de três para encurtar a diferença: 25 x 22.

Foram 18 pontos da dupla Balbi-Varejão dos 25 marcados pelo Rubro Negro no primeiro quarto.

O segundo período foi de baixo nível técnico. Franca não acertou nenhuma cesta de quadra, e terminou com apenas cinco pontos - todos de lances livres. Bom pro Flamengo, que abriu 9 x 0 logo no começo, fez 34 x 22 e foi para ir pro intervalo vencendo por 40 x 27.

Na volta do intervalo, as equipes seguiam alternando cestas, e o Flamengo controlando a partida e mantendo a diferença. Na metade do período, com uma cravada, Marquinhos colocou os visitantes com 16 pontos: 53 x 37, forçando o tempo técnico francano. Finalizando em 62 x 51 para o clube da Gávea.

A equipe de Franca, que nesse ano conquistou o Campeonato Paulista e da Liga Sul-Americana, não iria se entregar facilmente. E correu atrás para cortar a diferença.

Deryk abriu o placar Rubro Negro com uma bola de três: 65 x 53. Porém, na sequência, Alexey e Lucas Dias mataram duas bolas de três para o time paulista: 65 x 59 e dessa vez foi Gustavo de Conti que interrompeu a final.

Franco Balbi desafogou a pressão e matou de três: 68 x 59. Entretanto, Franca não desistia e seguia forte nos tiros de três pontos. Com uma bola de Cipolini, a diferença caiu para apenas três pontos: 70 x 67. Dessa vez foi Jhonatan, também de três, para colocar água na fervura paulista: 73 x 67, faltando pouco menos de quatro minutos.

O Flamengo de Gustavo de Conti não se intimidou com a pressão do adversário e conduzia bem seus ataques, esperando a melhor oportunidade. Olivinha, também de três, fez 76 x 67.

Franca ainda buscava o último suspiro e, com Jimmy, a diferença caiu para três pontos: 75 x 72.

No minuto final, eis que Jhonatan recupera a bola e entrega para Franco Balbi, livre, finalizar de três para marcar: 78 x 72  e salvar a pátria Rubro Negra. A cesta decisiva para impedir qualquer reação dos donos da casa. Só restava à torcida deixar o Pedrocão em silêncio, porque ali a festa já era do Flamengo.


ÚLTIMA CONQUISTA

Impossível deixar de destacar que essa foi a última conquista da dupla Alexandre Póvoa e Marcelo Vido à frente dos esportes olímpicos do Flamengo. Ainda torço para que Vido continue na direção executiva da pasta. Afinal, se manteve Carlos Noval como executivo de futebol, porque deveria ser diferente nos esportes olímpicos?

Infelizmente a chance da presença do Póvoa é praticamente zero, tendo em vista o clima eleitoral bastante acentuado.

A dupla mudou o patamar olímpico do Flamengo e, caso saia, será pelas portas da frente da Gávea.


AGENDA DO BASQUETE

Além do início do returno do NBB em janeiro, em fevereiro o Flamengo disputará a Copa Intercontinental de Clubes, no Rio de Janeiro.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Marcelo Vido: Mais um anúncio histórico para os esportes olímpicos nesta quinta-feira

Já fizeram tantas coisas: pela primeira vez os esportes olímpicos terminam um ano com superávit, ou seja, não dependem mais do futebol para sobreviver.

E vem mais notícia boa por ai. O que será, hein? Sei que será ligado ao basquete. Pré-temporada com equipes da NBA aqui no Rio? Renovação do patrocínio do basquete pela TIM? Vamos acompanhar.


sexta-feira, 27 de março de 2015

A independência dos esportes olímpicos do Flamengo

Atletas apoiaram a alteração do estatuto do clube, que possibilitou o recebimento de verbas públicas

Dia 04 de março de 2015 pode entrar no calendário Rubro Negro como o dia da Independência dos esportes olímpicos. Ou a libertação do futebol, porque não?

Hoje, futebol banca futebol e esporte olímpico banca esporte olímpico. Hoje, todos os esportes são autossustentáveis.

O basquete adulto é autossustentável até julho de 2015. O basquete da base, vôlei, natação, polo aquático, nado sincronizado tem verba garantida até fevereiro de 2016. A ginástica artística e o judô são pagos até abril de 2015.

Tudo isso graças a diversos meios de obtenção de renda para os esportes olímpicos: patrocínios direto, ICMS, Anjo da Guarda, Confederação Brasileira de Clubes e bilheteria e cota de jogo (basquete adulto).

Além das reformas estruturais:

- Ginásio Hélio Maurício – Reformado (banheiros, vestiários, pintura e programação visual) – Já inaugurado – Recursos oriundos da parceria com o Comitê Olímpico dos EUA. 
- Centro de Treinamento de Força e Condicionamento dos Esportes Olímpicos: Academia dotada com os equipamentos mais modernos para os atletas olímpicos - já inaugurada; Recursos oriundos de empresas através da Lei de Incentivo de ICMS. 
- Ginásio Togo Renan Soares – Reformado (vestiários e programação visual) – a ser inaugurado – Recursos oriundos da parceria com o Comitê Olímpico dos EUA. 
- Arena de Judô e Lutas: Depois de décadas com o mesmo espaço, teremos uma arena totalmente nova – a ser inaugurada; Recursos oriundos da parceria com o Comitê Olímpico dos EUA e da Lei Pelé (projeto já aprovado). 
- Ginásio Cláudio Coutinho – Totalmente novo e modernizado após o incêndio de 2012 – a ser inaugurado; Recursos oriundos da parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro, Lei Pelé (projeto já aprovado) e Comitê Olímpico dos EUA. 
- Piscina Olímpica – Depois de a antiga ter sido condenada e fechada, teremos na Gávea a piscina mais moderna do mundo - a ser inaugurada; Recursos oriundos de empresas através da Lei de Incentivo de ICMS e da CBC - Lei Pelé. 
- Outras obras (a serem anunciadas) serão realizadas nos espaços esportivos do clube – Saldo de recursos da parceria com o Comitê Olímpico dos EUA. 
- Vice-Presidência de Remo: Academia de Força e Musculação munida com os equipamentos mais modernos para os nossos remadores (já inaugurada); aquisição de 21 ergômetros (já recebidos - parceria com a Associação Olímpica Britânica) e aquisição de uma flotilha de 45 barcos novos (a receber com os recursos de um projeto já aprovado da CBC - Lei Pelé).

O Flamengo teve 47 atletas convocados para a seleção brasileira de diversos esportes e conquistou 67 títulos entre 2013 e 2014, mas é uma situação que, se hoje tem recurso garantido, precisa ser renovada a cada ciclo de incentivo fiscal.

Além de aproveitar o ciclo olímpico para se estruturar, formalizar parcerias, troca de experiência e ficar com os maquinários que serão utilizados nos jogos.

O começo foi duro, os cortes eram necessários. As críticas vieram de gente que não compreendia o que estava em curso ou não queria entender ou agia de má fé. 

Foi enviado a este blog um extraordinário relatório de gestão de 16 páginas com todos os dados da pasta comandada por Marcelo Vido e Alexandre Póvoa nestes dois anos.

Destaco alguns trechos (quem tiver interesse, encaminho por e-mail)

Escolinhas:



Gerência de Projetos incentivados: 


Anjo da Guarda:



Receita geral dos esportes olímpicos:




Receita via Confederação Brasileira de Clubes:




Parcerias com Comitês Olímpicos:

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Um dia histórico para os esportes olímpicos: TIM libera o dinheiro para o basquete. Judô e Ginástica agora são autossustentáveis

Um grande dia para os esportes olímpicos da Gávea. O dinheiro do patrocínio da TIM via Lei de Incentivo Estadual foi liberado e o Flamengo vai pagar os dois meses de salários atrasados.

São R$ 8,3 milhões. Para se ter uma ideia, a receita dos esportes olímpicos nos últimos anos era de R$ 20 milhões.

Segundo entrevista do diretor Marcelo Vido ao Globo Esporte, o basquete ainda não é totalmente autossustentável, pois depende de um percentual muito baixo de recurso até julho para cobrir todo o orçamento. A premiação pela conquista do último NBB não poderá ser paga com esse dinheiro, por que segundo a Lei de Incentivo, cada centavo precisa ser gasto com o time atual.

E o mesmo Vido confirmou que o judô e a ginástica artística são os dois primeiros esportes autossustentáveis.

O site do Ministério do Esporte não está atualizado para se confirmar os valores arrecadados de cada projeto. Por sua vez, falta o clube divulgar o quanto foi arrecadado no site do projeto.

Tudo isso só foi possível graças às Certidões Negativas de Débito, que possibilitou a aprovação de quatro projetos para serem captados via renúncia de imposto de renda. Hoje temos vários times com graves crises financeiras e salários atrasados. O Flamengo cantou a pedra lá em janeiro, se antecipou, teve que cortar na raiz, ouviu muita bobagem de precipitados, gente de boa fé, porém com um conceito totalmente errado de gestão, e agora colhe os frutos de uma administração responsável.


Jorge Luiz Rodrigues precipitado, mesmo com toda experiência jornalística, não captou o que estava em curso na Gávea. Isso com apenas três meses de gestão.


E um exemplo de como o conceito de gestão dos esportes olímpicos era mal aplicado. Trecho do post do gente boa Francisco Moraes. Precisaram romper com os vícios na Gávea. E conseguiram.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Último dia para ajudar no projeto Anjo da Guarda Rubro Negro


O Flamengo ultrapassou a marca de um milhão em doação via abatimento no imposto de renda, segundo o site Anjo da Guarda. O torcedor tem até o dia de hoje, 27 de dezembro, para fazer seu pagamento.

(Na lista de anjos, não encontramos o nome de Patrícia Amorim, Cristina Callou, ex-vice presidente de esportes olímpicos. Mas com certeza vão correr nesta sexta-feira para fazer sua doação dos 6%)

A brava dupla Alexandre Póvoa e Marcelo Vido, que comanda a gestão dos esportes olímpicos da Gávea, deu entrevista ao jornal O Globo de domingo. Confira alguns trechos:


O que o Flamengo está tentando fazer é sair do círculo vicioso no qual a maioria dos clubes está. Era uma bola de neve, o time não pagava imposto, devia a todo mundo. Se a gente não faz o que fez, o clube teria uma grande chance de parar. O Flamengo pagou este ano cerca de R$ 90 milhões de impostos. Antes, ninguém queria pagar esse preço. Pagar imposto é obrigação e, para nós, foi vital porque a partir daí conseguimos a certidão negativa de débito, o que nos permitiu partir para a lei de incentivo.
O déficit era em torno de R$ 18 milhões/ano no esporte olímpico. Era dinheiro que saía do futebol. Então, tinha todos os problemas que o futebol já tem, e ainda se criava uma briga sobre se o clube tem que ter esporte olímpico ou não. A gente quer que o esporte olímpico seja inteiramente autossustentável. Hoje, o deficit caiu para R$ 6 milhões, R$7 milhões. Já conseguimos patrocínio para o basquete, nosso principal esporte olímpico, e quanto aos outros (ginástica, judô, nado sincronizado, polo aquático, remo, vôlei), estamos correndo atrás. Quem não faz sacrifício, não se dispõe a pensar só no curto prazo, desiste, porque o futebol engole tudo mesmo.
É muito difícil chegar em uma empresa e pedir dinheiro se ninguém te conhece, mas depois que você faz o primeiro projeto, é mais fácil. Em 2015, vai ser mais tranquilo. O Minas é assim, o Pinheiros é assim. O Flamengo estava fora desse jogo. 
Nós estamos fazendo um plano diretor para a Gávea, que vai ser apresentado aos sócios no início do ano, no qual vamos fazer uma reformulação em todo o espaço. A gente nem sabe se o ginásio vai ficar ali. Temos uma verba aprovada para fazer o mínimo quando o plano diretor estiver pronto. A ideia é ter a ginástica de volta em fevereiro. Temos também um projeto para reconstruir a piscina. São várias frentes correndo ao mesmo tempo. 
É uma coisa totalmente nova, o Flamengo é o primeiro clube de massa a fazer isso. As pessoas não conhecem, então, dificulta um pouco a adesão, mas acho que vai aumentar até o dia 27, data limite por lei. A gente acha que mais importante nesse ano é deixar uma raiz porque o ano que vem vai ter de novo. Se estamos pagando R$ 90 milhões de imposto, que ele possa voltar de forma mais saudável, mais cidadã para o clube. 
Nós optamos por investir em um maior número de atletas, bolsas de estudo, moradia, capacitação de técnicos, competições nacionais e internacionais, equipamentos (para a ginástica, por exemplo), equipe multidisciplinar. Cada projeto tem uma beiradinha de ciência do esporte. 
O projeto está em fase final e o McDonald’s vai bancar a estrutura toda. Ainda temos que negociar com a prefeitura, associação de moradores, mas será uma arena de alto padrão, para quatro mil pessoas. A construção deve durar 12 meses. Se começar no ano que vem, já vai estar pronta, em 2016.

Depois de tudo isso, como não apoiar os esportes olímpicos? E se por acaso você não curtir os olímpicos, não deixe que o futebol pague toda a conta do clube.

Fui lá pagar meu boleto, no último dia. Não deixe de pagar o seu também!

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Projetos aprovados ultrapassam o valor da receita dos últimos anos dos esportes olímpicos


O Flamengo confirmou que teve os três primeiros projetos aprovados para captação: dois no âmbito Federal e um no âmbito Estadual, totalizando R$ 23,2 milhões. A receita dos esportes olímpicos nos últimos anos não chegava aos R$ 20 milhões.

Via Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal, o Flamengo teve um projeto de R$ 6,7 milhões aprovados para investimentos na natação, polo aquático e nado sincronizado e um no valor de R$ 8 milhões para o judô e a ginástica.

E pela Lei de Incentivo Estadual, o basquete adulto do Flamengo terá à sua disposição, fora os possíveis patrocinadores, o valor de R$ 8,3 milhões para a próxima temporada.

Na gestão passada, o Instituto Atleta Rubro Negro teve cinco projetos aprovados com total de R$ 6,6 milhões, mas conseguiu apenas R$ 750 mil em um único projeto. A atual diretoria, quando tomou posse em dezembro, conseguiu correr salvar mais R$ 562 mil em captação com a SKY, o presidente da Cielo e o diretor do Bradesco, cujo prazo se esgotava no último dia do ano. Contei essa história aqui.

O Pinheiros é o recordista com cerca de R$ 93 milhões aprovados e R$ 50,5 milhões captados (12 projetos).

Agora é fazer uma grande campanha de captação com empresas e pessoas físicas. Grande trabalho da dupla Marcelo Vido e Alexandre Póvoa.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Cerca de 42 mil torcedores acompanharam o Flamengo nos playoffs do NBB

Cerca de 42 mil torcedores acompanharam o Flamengo nestes playoffs do NBB, culminando com o tricampeonato brasileiro alcançado neste sábado. E poderia ter chegado aos 70 mil se a final fosse disputada em melhor de cinco jogos e esta chegasse ao quinto jogo.

Com o título e esse mar de gente sedenta por um Flamengo vencedor, só aumenta a responsabilidade da diretoria em manter e reforçar o time pra próxima temporada.

Para a final em jogo único o Clube conseguiu um patrocínio pontual. Agora a missão é garantir patrocínios que sustentem o time. Visibilidade e ginásios lotados não faltarão, a torcida abraçou o basquete como seu segundo esporte. Bom trabalho a Marcelo Vido e Alexandre Póvoa nesta empreitada.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Matéria do jornal Lance sobre a nova fase da natação do Flamengo. E ainda: César Cielo e Marcelo Vido

Ano passado o Flamengo foi campeão do Maria Lenk com um time formado por 60 atletas. Hoje o recordista em títulos disputa o campeonato com apenas nove atletas e todos juniores.

Matéria do Lance dessa sexta-feira revela a nova fase da natação Rubro Negra. Sem grandes estrelas, o grande destaque é o jovem Luiz Altamir, de 15 anos, que já tem três índices para o Mundial Júnior.

Na atual edição, o Rubro-Negro conta com apenas nove nadadores, sendo dois homens e sete mulheres. Sem marcar presença nos revezamentos, o maior destaque da delegação é Luiz Altamir Melo, de 15 anos. Ele é o único do Flamengo com índices para o Mundial Júnior de Dubai (EAU), em agosto: 200m livre, 400m livre e 200m borboleta. Contratado no início de 2012, o jovem nadador passou incólume ao corte. Do clube, recebe apoio com moradia, estudo, alimentação e ajuda financeira. Embora tenha esse suporte, ele lamenta não ter atletas mais experientes nos treinos.

César Cielo afirma que o Flamengo não lhe deve nada e que pode aceitar um convite para defender novamente o Rubro Negro. Ele que agora é patrocinado pela Adidas. No futuro pode ser importante para sua volta às piscinas da Gávea.

É difícil falar em um contexto geral. A minha relação com o Flamengo foi bem tranquila. Até brinco com eles que, se forem montar uma equipe em 2015, para não esquecerem de mim. Mas, mais do que amor pelo escudo do Flamengo, é um negó- cio. A diretoria abriu o jogo logo que assumiu, então não levo nenhum sentimento ruim. É uma pena porque o clube é o maior vencedor do Troféu Brasil. Ano passado, tínhamos torcida organizada. Então, com essa arquibancada fantasma, fazem falta. O clube não me deve nada, fizemos um acordo no fim de 2012.

O Executivo de esportes olímpicos Marcelo Vido disse que com as Certidões, o Flamengo prepara seis projetos para os esportes olímpicos e busca parceria privada para reformar o Parque Aquático.

1. Atual campeão do Maria Lenk, o Flamengo não tem como defender o título este ano. Como estão os projetos do clube para a natação?  
Estamos disputando a competição com uma equipe jovem, pois estamos apostando na base. Nossos atletas estão buscando os índices para o Mundial Júnior de Dubai, e o Luiz Altamir está com três.  
2. Então, estamos dentro do planejamento traçado quando assumimos. E o que o clube planeja para os próximos meses?  
Agora, com as certidões negativas, é possível fazer projetos via Lei de Incentivo ao Esporte. Desde fevereiro, estamos elaborando projetos, pois já tínhamos sido informados que as certidões seriam obtidas. Não é só para os esportes aquáticos, mas para todas as modalidades do Flamengo.  
3. No que consiste estes projetos?  
Estamos elaborando. Um clube pode apresentar um máximo de seis projetos ao Ministério do Esporte. Buscamos parcerias na iniciativa privada. Queremos reformar o parque aquático da Gávea.

domingo, 31 de março de 2013

Matéria do jornal O Globo revela como Pinheiros mantém suas modalidades olímpicas

Matéria do jornal O Globo desse domingo revela que o Pinheiros é o recordista e pioneiro na captação de verba federal desde que a Lei de Incentivo ao Esporte entrou em vigor, em 2007.

Foi criada uma gerência específica para a captação de aporte via renúncia fiscal, assim como também o Minas TC tinha sob o comando de Marcelo Vido, agora executivo de esportes olímpicos do Flamengo.

O Pinheiros teve cerca de R$ 93 milhões aprovados e R$ 50,5 milhões captados (12 projetos). Para o último ciclo olímpico (entre 2008 e 2012), conseguiu cerca de R$ 38 milhões (oito projetos). O clube investe em 16 modalidades olímpicas (alto rendimento e formação) e atualmente está captando para quatro projetos já aprovados (R$ 12 milhões). Não há lucro no meio olímpico. O lucro na visão dos pinheirenses é a ideologia, é a referência histórica.

Sua força é na categoria de base. Cerca de 70% dos atletas de alto rendimento são provenientes das categorias de base, como deve ser o pensamento de qualquer clube social, além da estrutura para os atletas de alto rendimento.

O Flamengo, via Instituto Atleta Rubro Negro, conseguiu aprovar uma série de projetos, mas o Ministério do Esporte barrou essa captação porque o Instituto estava ligado ao Clube que, até então, era devedor e não tinha a Certidão Negativa de Débito.

Por grande esforço dessa atual gestão conseguiram uma série de parcelamento e a Certidão Negativa chegou. Das seis necessárias, falta apenas uma, a da Fazenda Municipal. Com isso o Clube pode receber receitas pelos benefícios fiscais.

A matéria ainda fala dos clubes de futebol que ignoram os esportes olímpicos, mas o foco são os clubes de São Paulo. Cita, por exemplo, que o Santos não tem as Certidões, o São Paulo as tem, mas usa a Lei de Incentivo para seu CT de Cotia e um projeto de atletismo em uma comunidade carente. Já o Corinthians conseguiu recentemente sua Certidão e aprovou três projetos, totalizando R$ 41 milhões, mas também para investimentos em seu CT.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Clipping de notícias sobre os esportes olímpicos do Flamengo

Vamos ao clipping de notícias do dia com a repercussão sobre o fim da equipe adulta de judô e natação. Todos foram unânimes nos elogios, mas apontaram falha grave na comunicação de demissão dos atletas. E também tem novidade sobre o basquete e a parceria com o Comitê Olímpico Americano.

Confira:

Coluna do jornalista Rodrigo Capelo que lembra muito bem o CONFAO, Conselho dos Clubes Formadores de Atletas Olímpicos. O blog acompanhou essa luta dos clubes lá em 2010 pelo recebimento de uma parte da verba de loterias que o Mistério do Esporte tem dinheito. Segundo os dirigentes do Flamengo, existe na conta R$ 72 milhões, mas falta regulamentação do governo para a verba, enfim, ser distribuída.

O beco sem saída dos esportes olímpicos do Flamengo


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Entrevista do blog Bala na Cesta com o diretor de esportes olímpicos do Flamengo, Marcelo Vido. Entre os vários assunto abordados, o dirigente fala sobre o basquete, afirmando que ele precisa ser autossustentável para prosseguir, mas que não há hipótese da modalidade acabar.

Diz que para a próxima temporada terá três marcas de patrocínio na camisa. O basquete hoje é deficitário, mas com mais dois patrocínios do nível da LOTERJ e seus R$ 100 mil por mês, praticamente já banca uma forte equipe. Mas é importante lembrar que o marketing pode muito mais, e não "apenas" captar patrocínios.

Diretor do Flamengo, Marcelo Vido afirma: ‘Basquete precisa ser autossustentável’


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Bela análise de Émerson Gonçalves do blog Olhar Crônico Esportivo sobre os cortes dolorosos e necessários. Diz que antes dos cortes a nova direção do clube correu atrás das mais diferentes autoridades e órgãos públicos, com ligações diretas com os esportes olímpicos ou não. Infelizmente não deu me nada. E completa: "Fica difícil e completamente sem sentido acusar a gestão de Bandeira de Mello de estar retaliando a administração de Patricia Amorim, como fez Diego Hypolito. O mais correto é justamente o contrário: criticar a ex-presidente por gastar além do possível sem o menor lastro para as despesas."

Cortes dolorosos e necessários


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Interessante análise de Cedrick Willian, ex-ginásta a especialista no esporte. Afirma que o único senão do fim da ginástica adulta do Flamengo foi pelo fato dos atletas terem tomado conhecimento das demissões pela imprensa, mas que os cortes eram necessários.

E tem a informação de um projeto para a reforma do ginásio. Uma ampliação para frente, para funcionar apenas a escolinha, e o ginásio de treinamento ficaria, e teria duas marcas de aparelhos: Gymnova e Spieth. Dependendo da competição que fossem participar, os atletas alternariam o treino nas marcas. Uma academia de musculação seria feita no segundo andar, que poderia ser usada tanto para os atletas da ginástia quanto do judô.

Vamos ver.

Palavra do Especialista: Situação do Flamengo e ginastas pode ser passageira


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Blog de José Cruz toca numa questão primordial: o silêncio do governo. E faz uma série de questionamentos pertinentes.

 O desmanche olímpico e o silêncio do governo


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Blog de Alberto Murray sobre o fim da ginástica do Flamengo e uma análise precisa sobre a importância dos clubes para a formação de atletas olímpicos:

"...nem o Ministério do Esporte, nem o Comitê Olímpico Brasileiro dão a mínima para a base formadora das nossas delegações. Com tanto dinheiro público que jorra nos cofres do Comitê Olímpico Brasileiro, não é aceitável que não haja um projeto que faça com que os clubes, células mater do nosso esporte, mantenham e impulsionem seus esportes olímpicos".

Flamengo Abandona Ginástica Olímpica 


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Site AHE informa que o Flamengo reprovou o contrato e vai renegociar com o Comitê Olímpico Americano a fim de tornar mais equilibrado o acerto. Alexandre Póvoa, VP de esportes olímpicos afirma que os americanos podem contribuir mais que os 400 mil dólares em melhorias na Gávea.

Flamengo reprova contrato e vai renegociar acordo com comitê olímpico dos EUA


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Pelo facebook, Rosicleia Campos, treinadora de judô da seleção brasileira, afirma que não procede a informação de que foi demitida pelo Flamengo e garante que fica, apesar de lamentar o fim da equipe adulta. Sem dúvida, uma boa notícia. As categorias de base terão uma treinadora do nível da Rosicleia.

Rosicleia garante que fica no Flamengo: 'Sou funcionária e não contratada'

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A entrevista de Marcelo Vido à rádio Bradesco Esportes FM

O novo executivo de esportes olímpicos do Flamengo, Marcelo Vido, começou efetivamente seu trabalho nessa segunda-feira, dia 14 de janeiro, em virtude da transição do seu antigo clube, o Minas TC.

Vido deu uma entrevista dia 09, quarta-feira passada, à rádio Bradesco Esportes FM que gentilmente cedeu o áudio para o blog.

(Já marcamos uma entrevista com Marcelo Vido e Alexandre Póvoa para abordamos os assuntos relacionados aos olímpicos. Aguardem.)

Confira alguns trechos:

Desafio

O desafio é grande, o maior da minha vida, mas eu vejo pontos positivos, como por exemplo esse grupo que assumiu o Flamengo, que quer fazer uma gestão moderna com visão coorporativa. Esse foi o maior motivo de eu ter aceitado o convite. O segundo positivo é o Flamengo, a marca Flamengo, a força do clube. O terceiro é a cidade do Rio de Janeiro que será palco de grandes eventos.

Natação

Não renovamos com a natação adulta em função da falta de infraestrutura, da receita, mas estamos otimistas em dar um choque de gestão e voltarmos com uma equipe adulta em 2014. Nosso parque aquático tem que ser remodelado para que o atleta treine dentro da Gávea. O ídolo do Flamengo tem que estar próximo das categorias de base e o esporte precisa ser autossustentável. Então 2013 será um ano para trabalharmos a infraestrutura e a parte gerencial. Mas a equipe de base continua firme, treinando, para formamos atletas.

José Carlos Brunoro participou da entrevista e comentou a contratação do Marcelo Vido

O Flamengo sempre teve essa tradição, mas sempre teve dificuldades para dar continuidade aos esportes olímpicos e agora com a contratação de Marcelo Vido passa a pensar diferente, com estratégia.

Minas TC

Tem que ser semelhante à gestão que foi implantada no Minas TC, nos sete anos em que fiquei a frente. O esporte precisa ser uma unidade de negócio, ter vida própria, com suas receitas, despesas, resultados.

Patrocínio

Vamos buscar patrocínio para aquelas modalidades que tenham mais visibilidade, como é o caso do basquete do Flamengo. Vamos buscar patrocínio para esse final de NBB e também para os próximos anos. Para as modalidades com um pouco menos de visibilidade, temos que buscar recursos através de algum convênio, bolsa-atleta e também com empresa privada, mas sabemos que a dificuldade será grande em função da pouca visibilidade, e também conversar com as confederações para que essas modalidades tenham mais competições e uma maior visibilidade.

Marketing

Dentro da nossa diretoria teremos uma gerência de negócios e marketing, muito alinhada à vice-presidência geral de marketing (sob o comando do BAP) e toda a rede de comunicação que será naturalmente maior do futebol, mas tendo também autonomia para tocar nossa área.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Pinheiros consegue patrocínio para seus esportes aquáticos

O Pinheiros conseguiu aprovar vários projetos via Lei de Incentivo. Se não bastasse isso, ainda tem essa informação da coluna Painel Esporte Clube da Folha de São Paulo:

O projeto olímpico do clube Pinheiros acertou contrato de patrocínio de R$ 1,2 milhão com a Odebrecht até o fim de 2013. O acordo beneficia os esportes aquáticos do Pinheiros: polo aquático, canoagem, natação, maratona aquática, remo e saltos ornamentais. O clube já é o principal fornecedor de jogadores para a seleção brasileira de polo aquático. A Odebrecht, por sua vez, foi patrocinadora da candidatura do Rio para ser sede da Olimpíada-2016.

Esperamos em breve ler notícias desse tipo referentes ao Flamengo. Depois dizem por aí que os esportes olímpicos não são autossustentáveis. Quem trabalha sério e com gente competente, o mercado vai investir pra valer. Os jogos de 2016 estão chegando e o Clube corria sérios riscos de ver esse legado passar despercebido, mas com Alexandre Póvoa e Marcelo Vido, as esperanças são renovadas.

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Ainda sobre os esportes olímpicos do Flamengo


Notícia da coluna Painel Esporte Clube da Folha de São Paulo:

Corte. Entre outros motivos, o Flamengo dissolveu sua equipe de natação, encabeçada por Cesar Cielo, por causa dos altos gastos com o departamento. O setor gerava custos mensais de R$ 250 mil. A natação era um dos departamentos tidos como prioridade pela ex-presidente e ex-nadadora Patricia Amorim, que deixou o cargo anteontem.

Pois é. A equipe adulta de natação custava R$ 3 milhões por ano. Incrível como Patrícia Amorim não conseguiu em três anos um patrocínio pra manter o time que era seu xodó. No primeiro ano eram apenas César Cielo, Nicholas dos Santos e Henrique Barbosa. No segundo chegaram atletas do Pinheiros e, por fim, atletas que deixaram o Minas. O investimento foi gradativo, mas a receita não seguiu a mesma linha.

É impressionante como não usaram a imagem da equipe campeã brasileira para reformar o parque aquático ou a sala de musculação. Quer dizer, não tinha projeto algum de melhorar a estrutura ou deixar um legado, era simplesmente a contratação pela contratação.

Uma hora alguém teria que colocar o pé no freio para que os olímpicos cresçam de forma sustentável, ou até teríamos títulos brasileiros de natação, mas terminaria por aí, a herança seria apenas visível na sala de troféu.

A contratação do Marcelo Vido para ser o executivo dos esportes olímpicos, pela primeira vez a pasta terá um gestor reconhecido do mercado e que veio de um dos clubes mais importantes do Brasil, é a prova que a nova gestão está sim preocupada com os olímpicos, ou alguém acha que tiraram o Vido, então gerente de negócios e marketing do Minas TC, apenas para demitir ou contratar atletas?

Patrícia fez a escolha pela contratação de uma estrela e se deu muito mal, conforme comprova declaração dela após a contratação de César Cielo:  
Já fui ao mercado, que está em ebulição. Agora vou encontrar os patrocinadores e não vou dizer que tem um projeto de trazer um grande nome. Já trouxemos. Vou dizer a eles que o investimento no Fla ficou mais vantajoso.

A nova diretoria resolveu fazer o contrário: primeiro investir na estrutura e trazer gente com competência e credibilidade do mercado para criar uma base para depois contratar atletas de alto nível.

Que o investimento na pasta dure por longos anos e não por capricho de uma ex-atleta que chegou à presidência e quer formar uma equipe do esporte que competiu.

sábado, 29 de dezembro de 2012

Muitos só falam da saída de Cielo, mas a contratação de Marcelo Vido é o destaque

Quem acompanhou os números dos balanços financeiros dos últimos dois anos não foi pego de surpresa com a notícia da não renovação dos principais atletas de natação do Flamengo. César Cielo, Nicholas dos Santos, Joanna Maranhão, Léo de Deus, Tales Cerdeira e Henrique Barbosa estarão desempregados a partir de janeiro.

Mas por que nesse primeiro momento só a natação? Segundo o vice-presidente de esportes olímpicos, Alexandre Póvoa, pesou o fato das principais estrelas não treinarem no clube e não servirem de referência para as categorias de base, que continuarão sob a nova gestão.

É bom que se diga que "não acabou o projeto", até porque não existia um modelo a ser seguido de administração da equipe de natação. O que não pode é a contratação pela simples contratação. Por incrível que pareça, a piscina do clube é antiga, (como não utilizaram a imagem de um campeão olímpico paa reformar seu parque aquático?) vai precisar passar por reforma, e não conseguiram fazer da natação um modelo autossustentável, tanto que Patrícia vai deixando uma herança de três meses de salários atrasados.

Marcelo Vido

Muitos estão focando apenas na não renovação de Cielo e cia, mas esquecendo da excelente contratação de Marcelo Vido, ex-Minas TC, para ser o executivo dos esportes olímpicos. Ele já esteve aqui no blog dando uma entrevista sobre seu trabalho no clube mineiro, veja aqui. Já tinha citado o nome do Vido como excelente especialista da área aqui no blog também. Fico feliz que aceitaram a sugestão...hehe

Outros dizem que o Flamengo não pode abraçar o mundo e que o governo e o COB também tem suas obrigações, claro, porém o governo disponibiliza de mecanismos para incentivar o desenvolvimento dos esportes olímpicos, com a Lei de Incentivo Fiscal. Pinheiros e Minas fazem a festa, já o Flamengo, sem as Certidões Negativas de Débito, fica impossibilitado de usar desse benefício, mesmo utilizando o Instituto Atleta Rubro Negro.

Boa gestão ao Póvoa e Vido. Terão muito trabalho pela frente.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Entrevista: Marcelo Vido, gerente de negócios e marketing do Minas TC

Conforme prometido, segue a conversa que o blog teve com Marcelo Vido, gerente de negócios e marketing do Minas TC.

Ele fala sobre a necessidade da separação da administração do futebol e esportes olímpicos, sobre como funciona a estrutura financeira do clube mineiro, a Lei de Incentivo ao Esporte e chama atenção para a falta de visibilidade dos clubes na natação. O calendário de competições com a participação dos clubes é mínimo, só existem dois campeonatos brasileiros por ano - Maria Lenk e José Finkel, muito pouco para atrair patrocinadores, que por isso, preferem investir diretamente na imagem dos atletas famosos.

E afirma: "Não há a contratação de atletas sem o patrocinador".

Confira:


Geralmente os clubes de futebol têm seu departamento de marketing exclusivamente voltado para o futebol. O Corinthians quer formar uma equipe de marketing exclusivamente para desenvolver os esportes olímpicos. O caminho é esse mesmo?

Na minha opinião é necessário a criação de 2 unidades de negócios, futebol e demais esportes olímpicos, com objetivos específicos e metas para as duas áreas. Não sei se precisa de 2 equipes de marketing, mas com toda certeza essas unidades de negócios, necessariamente, tem que estar alinhadas com o Mapa Estratégico ou Planejamento Estratégico da instituição. Tudo tem que estar integrado e uma visão sistêmica é importante para o sucesso do programa.


O Minas prova que é possível sim bancar os esportes olímpicos no país do futebol?

No Minas Tênis há 8 modalidades esportivas de competição (voleibol masculino e feminino, basquete masculino, futsal masculino, natação, judô, tênis, ginástica artística e trampolim). As modalidades são integradas desde o curso básico (crianças de 3 a 9 anos), escolas de esportes e equipes de competição (categorias da base). Toda a infra-estrutura dessas modalidades são custeadas pelo clube ou melhor esses investimentos são do clube. Para um melhor entendimento, em relação as equipes profissionais, todos os custos de viagem, hospedagem, alimentação, taxas de federação e confederação, comissão técnica, médico, fisiológico, psicólogo, NICE (Núcleo de Integração do Esporte) são bancados pelo clube. Os patrocínios são para pagamento dos atletas profissionais. Essa é a razão do clube nunca deixar de competir as ligas profissionais ou campeonatos brasileiros das respectivas modalidades. Quando, por algum motivo, não há o patrocínio jogamos com uma mais jovem formada no clube. Afinal a nossa grande missão é formar e desenvolver atletas contribuindo para a formação plena da cidadania.


Não seria a fórmula ideal ou o sonho de todo departamento de marketing unir as estrelas do futebol - Ronaldinho e Love, com as estrelas olímpicas do Clube - Marcelinho, Cielo, Fabiana Beltrame, Jade Barbosa, Daniele e Diego Hypólito?

Como ação de marketing, acredito que é muito interessante e tem um apelo muito grande na mídia. Mas no esporte, principalmente no futebol, existe um fator muito forte que é a paixão dos dirigentes. Nesse caso, a paixão pelo futebol é muito maior que qualquer outra modalidade no clube. Mais um motivo para que as unidades de negócios sejam independentes, mas integradas.


Como funciona no Minas. Como funciona a estrutura? Tem um orçamento próprio? Existe uma divisão da equipe de marketing por esportes?

Como respondi na questão 2, temos no clube 73 mil associados que gostam do lazer, educação, cultura e esporte. A nossa gerência (negócios e marketing) trabalha para o clube e não para um departamento. Entretanto, o esporte tem sua unidade de negócios própria com as metas para serem alcançadas. Mas também entendemos que o maior ativo (isso mesmo ativo) do clube é os associados. Não são as piscinas, quadras, edifícios ou atletas.
O clube possui orçamento para todas as áreas do clube. No esporte, a infra-estrutura entra no orçamento corrente do clube e a contratação dos atletas profissionais com o orçamento vindo dos patrocinadores. Não há a contratação de atletas sem o patrocinador.


O Flamengo encontra grandes dificuldades para conseguir patrocínio pra natação mesmo tendo em seus quadros um campeão olímpico e bicampeão mundial. O mercado olímpico não se aqueceu mesmo com a proximidade dos jogos olímpicos do Rio ou o problema é outro, já que o Minas tem o patrocínio da FIAT até 2016?

Apesar de a natação viver um momento muito interessante e promissor para os próximos anos, o produto natação precisa ser mais atrativo, principalmente o calendário de competições com a participação dos clubes. Como exemplo, o Grand Prix das Universidades Americanas. Temos que entender porque os patrocinadores não aportam recursos nos clubes formadores e que competem nessas modalidades. Porque preferem os atletas e não os clubes? No caso da Fiat, o projeto Rio 2016 tem suas metas de participação e resultados, um linguagem muito coorporativa incluindo meta de vendas de carros da marca para os associados do clube.


6 - Márcio Braga uma vez disse: “No Flamengo, o futebol sempre foi superavitário e sempre sustentou os demais esportes. Esse modelo morreu.” Tudo leva a um modelo profissional, onde de um lado ficará o futebol profissional e do outro o clube social?

No caso do Flamengo, vejo 3 grandes áreas de negócios;

* Clube Social
* Futebol profissional
* Modalidades esportivas

No caso do futebol, existem os recursos oriundos de 3 áreas - bilheteria, comercial (patrocínios, licenciamentos e merchandising) e direito de tv - não considerando a venda de jogadores, mesmo porque, na minha visão, é um ativo que o clube possui.

Nas modalidades esportivas, a única receita que podemos contar, exceto raras exceções, é o patrocínio. Mas um motivo que tenhamos um produto muito bem desenvolvido e atrativo. O NBB busca esse modelo mais moderno e profissional.



O Minas conseguiu várias captações via Lei de Incentivo ao Esporte. Existe dentro do Minas uma equipe especializada para tratar apenas desses projetos? Como funciona?

Sim, existe uma equipe especializada na captação do incentivo. Entretanto, a gerencia de esportes é a responsável pela elaboração e aprovação dos projetos, a gerência financeira (contábil) é a responsável por toda a prestação de contas junto aos orgãos oficiais e a minha gerência tem a responsabilidade da divulgação e aplicação das marcas dos incentivadores (deixo claro que essas empresas são incentivadoras e não patrocinadoras).


Qual a divisão da receita do Minas? Qual a porcentagem da receita que vem dos sócios e a porcentagem que vem dos patrocinadores? Como é feita a administração da verba para investimentos no clube social e para os esportes do clube?

O clube possui um orçamento em torno de 100 milhões por ano, sendo que 15 milhões (sem contar os recursos das leis de incentivo) foi a meta da nossa gerência alcançada em 2011 para os patrocínios em esportes, cultura, lazer e educação. A maior parte desses 15 milhões é para as modalidades esportivas. Quanto aos detalhes do orçamento do clube, preciso de mais informações da gerência financeira.