sexta-feira, 27 de março de 2015

A independência dos esportes olímpicos do Flamengo

Atletas apoiaram a alteração do estatuto do clube, que possibilitou o recebimento de verbas públicas

Dia 04 de março de 2015 pode entrar no calendário Rubro Negro como o dia da Independência dos esportes olímpicos. Ou a libertação do futebol, porque não?

Hoje, futebol banca futebol e esporte olímpico banca esporte olímpico. Hoje, todos os esportes são autossustentáveis.

O basquete adulto é autossustentável até julho de 2015. O basquete da base, vôlei, natação, polo aquático, nado sincronizado tem verba garantida até fevereiro de 2016. A ginástica artística e o judô são pagos até abril de 2015.

Tudo isso graças a diversos meios de obtenção de renda para os esportes olímpicos: patrocínios direto, ICMS, Anjo da Guarda, Confederação Brasileira de Clubes e bilheteria e cota de jogo (basquete adulto).

Além das reformas estruturais:

- Ginásio Hélio Maurício – Reformado (banheiros, vestiários, pintura e programação visual) – Já inaugurado – Recursos oriundos da parceria com o Comitê Olímpico dos EUA. 
- Centro de Treinamento de Força e Condicionamento dos Esportes Olímpicos: Academia dotada com os equipamentos mais modernos para os atletas olímpicos - já inaugurada; Recursos oriundos de empresas através da Lei de Incentivo de ICMS. 
- Ginásio Togo Renan Soares – Reformado (vestiários e programação visual) – a ser inaugurado – Recursos oriundos da parceria com o Comitê Olímpico dos EUA. 
- Arena de Judô e Lutas: Depois de décadas com o mesmo espaço, teremos uma arena totalmente nova – a ser inaugurada; Recursos oriundos da parceria com o Comitê Olímpico dos EUA e da Lei Pelé (projeto já aprovado). 
- Ginásio Cláudio Coutinho – Totalmente novo e modernizado após o incêndio de 2012 – a ser inaugurado; Recursos oriundos da parceria com o Comitê Olímpico Brasileiro, Lei Pelé (projeto já aprovado) e Comitê Olímpico dos EUA. 
- Piscina Olímpica – Depois de a antiga ter sido condenada e fechada, teremos na Gávea a piscina mais moderna do mundo - a ser inaugurada; Recursos oriundos de empresas através da Lei de Incentivo de ICMS e da CBC - Lei Pelé. 
- Outras obras (a serem anunciadas) serão realizadas nos espaços esportivos do clube – Saldo de recursos da parceria com o Comitê Olímpico dos EUA. 
- Vice-Presidência de Remo: Academia de Força e Musculação munida com os equipamentos mais modernos para os nossos remadores (já inaugurada); aquisição de 21 ergômetros (já recebidos - parceria com a Associação Olímpica Britânica) e aquisição de uma flotilha de 45 barcos novos (a receber com os recursos de um projeto já aprovado da CBC - Lei Pelé).

O Flamengo teve 47 atletas convocados para a seleção brasileira de diversos esportes e conquistou 67 títulos entre 2013 e 2014, mas é uma situação que, se hoje tem recurso garantido, precisa ser renovada a cada ciclo de incentivo fiscal.

Além de aproveitar o ciclo olímpico para se estruturar, formalizar parcerias, troca de experiência e ficar com os maquinários que serão utilizados nos jogos.

O começo foi duro, os cortes eram necessários. As críticas vieram de gente que não compreendia o que estava em curso ou não queria entender ou agia de má fé. 

Foi enviado a este blog um extraordinário relatório de gestão de 16 páginas com todos os dados da pasta comandada por Marcelo Vido e Alexandre Póvoa nestes dois anos.

Destaco alguns trechos (quem tiver interesse, encaminho por e-mail)

Escolinhas:



Gerência de Projetos incentivados: 


Anjo da Guarda:



Receita geral dos esportes olímpicos:




Receita via Confederação Brasileira de Clubes:




Parcerias com Comitês Olímpicos:

15 comentários:

Angelo disse...

Simplesmente espetacular, orgulho de ser rubro-negro maior a cada dia com essa diretoria. As equipes de vôlei e natação profissionais têm que voltar !

Marcel Freitas disse...

André, no terceiro parágrafo você fala que o basquete adulto é autossustentável até julho de 2013. Não seria até julho de 2015?

Ninho da Nação disse...

Opa, obrigado Marcel, corrigido.

Marcel Freitas disse...

De qualquer forma, torço para que os blues não permitam que a vaidade (quem vai ser o próximo presidente) atrapalhe o excelente trabalho que está sendo realizado na administração do clube.
SRN

DAVID disse...

Quem criticava com certeza era na má fé. E ouvi dizer de fontes seguras que o voleibol adulto está prestes a voltar. Se a Arena sair é certo.

Jose Carlos disse...

Seria uma boa o Flamengo fazer de inicio uma parceria com o Rexona-Ades para o volei feminino (oferecendo a marca Flamengo, o espaço publicitário na camisa e a estrutura da Arena a ser construída, em troca do time atual passar a representar o Flamengo), aproveitando que uma das principais atletas da equipe, a Fabi, é flamenguista fanática e que Bernardinho sempre manteve laços com o esporte olimpico do clube, recentemente esteve em Orlando visitando o time de basquete; e para o volei masculino buscar um patrocinador (quem sabe a Oi, que chegou a bancar o time do Rio após a saida da OGX)e utilizar a base atual, que é campeã estadual com alguns reforços pontuais. E lógico manter o basquete no patamar alcançado, sempre buscando melhorias.

MBomfim disse...

Andre, viu isso aqui?http://m.oglobo.globo.com/rio/rede-de-hoteis-pode-assumir-antiga-sede-do-clube-de-regatas-do-flamengo-15713724

Anônimo disse...

Laprovittola diz que talvez ainda não seja a hora de ir à Europa

Entrevista dada à imprensa argentina, com a tradução reproduzida no link abaixo:
http://livroanacao.blogspot.com.br/2015/03/laprovittola-diz-que-talvez-ainda-nao.html

João Duarte disse...

Jose Carlos, o sonho é bonito, infelizmente impraticável.

A Unilever gasta milhões para manter esse dream team há mais de 10 temporadas justamente para expor as marcas rexona e ades. Por mais que na grande imprensa se use o nome Rio de Janeiro, nos jogos, nas ativações comerciais e tudo mais, a exposição das marcas é enorme.

Acho que o Flamengo tem que construir seu próprio time. Aprovar uma lei de incentivo, contratar jogadoras dentro da sua realidade e por aí vai.

Muito bacana seria usar a arena com pelo menos 4 equipes (basquete, futsal, vôlei masculino e feminino), isso garantiria evento quase todo dia, além de ser um ótimo lugar para shows médios nos finais de semana, assim como diversos eventos (festas, feiras, reuniões de grandes empresas). Se for mesmo uma arena com muita flexibilidade e pensada para ser eficiente em termos de custo (diferentemente do maracanã), essa nova estrutura pode representar não só um grande salto para os esportes olímpicos da Gávea como também pode transforma a Gávea numa unidade de custos auto sustentável também, seguindo as outras unidades do clube.

Ninho da Nação disse...

João, a ideia de usar a arena para shows e eventos é ótima, mas como tem aquela história do terreno ter sido doado pelo estado para fins esportivos, acho que não vai dar pra fazer isso.

Ninho da Nação disse...

Maneira a entrevista, anônimo. Tomara que fique mesmo. E que venha um bom armador pra revezar com Nico.

Ninho da Nação disse...

Ótimo, Bomfim, tomara que resolvam logo isso.

João Duarte disse...

André, não vejo isso como um problema de fato. Nesse sentido não há diferença entre o espaço da arena e o resto do clube, onde são costumeiramente feito esse tipo de evento não esportivo.

Jose Carlos disse...

A diferença é que os eventos que acontecem no clube teoricamente são de natureza recreativa (aniversários, confraternizações, etc) entre os sócios, sem visar obtenção de lucro. Se o clube passar a alugar o espaço para shows, eventos de empresas e outras coisas do gênero, visando obter lucro, ai pode se caracterizar o uso do espaço para práticas não desportivas. Na década de 90 era comum acontecerem shows na Gávea, o que acabou sendo proíbido justamente por conta dessa finalidade desportiva do uso do terreno. Quanto ao vôlei, se a questão é a exposição da marca, isso fica fácil resolver: coloca a marca nas camisas de jogo que vão a venda ao torcedor (só ai acho que vai gerar uma exposição que eles nunca tiveram) e no ginásio da mesma forma que é feito no Tijuca, com banners, placas, etc...Esses clubes de empresa não tem a mínima exposição na TV, os nomes são trocados pelos das cidades, nas entrevistas a câmera só destaca o rosto dos atletas pra esconder o patrocínio, os anúncios em volta da quadra são ignorados, etc;

Marcel Freitas disse...

Eu concordo com a questão da exposição de marca que seria muito maior caso esteja associada ao Flamengo. Porém, não sei se seria interessante, por exemplo, para a Unilever deixar de ter seu próprio time para patrocinar o Flamengo. Digo isso pois a Unilever deixaria de ter liberdade para definir quanto seria investido em cada ano, ademais poderia ter sua proposta coberta por outro patrocinador e se ver fora do projeto. É claro que não seria apenas isso que definiria essa situação, mas acredito que seria um dos aspectos a serem levados em consideração pela empresa.
SRN