Azedou a relação da turma do Bom Senso com os clubes.
Nas reuniões preliminares se falava em acordo, pontos comuns e algumas arestas a serem aparadas. Agora cada parte apresentou um projeto e o governo vai decidir qual colocará em votação.
As principais divergências são o prazo para o início das punições em caso de não cumprimento, o teto para os gastos com o futebol e quem faria parte do conselho para fiscalizar as obrigações acordadas.
Os clubes querem que possíveis punições sejam aplicadas somente daqui a cinco anos. Já o Bom Senso quer que a pena seja aplicada em 2016. Nesta questão concordo com a turma do Bom Senso.
Apresentar Certidões Negativas e pagar salários em dia de atletas e funcionários não podem ser obrigações prolongadas por tanto tempo. É questão fundamental de avanço do futebol brasileiro para ontem.
Os clubes não querem uma limitação no teto de 70% para gastos com futebol. Alegam que a obrigação de não apresentar déficit em seu balanço financeiro em cinco anos já seria o suficiente. Podem ter razão.
Por fim, ainda tem divergência sobre quem faria parte da Comissão que fiscalizaria o cumprimento das exigências. A CBF quer cinco, o Bom Senso sete. De acordo é que o órgão entre em vigor 90 dias após a assinatura da Lei.
Vamos ver quem ganha esse cabo de guerra com o executivo.
2 comentários:
Inicialmente parabéns pelo blog! Sou seu leitor assíduo, embora nunca tenha feito comentários antes.
Sem mais delongas, concordo com você, André, e com o Bom Senso no que concerne à aplicação de sanções já em 2016 para os clubes que descumprirem essa "Lei de Responsabilidade". Visto que, essa medida obrigaria todos os clubes a se ajustarem já em 2015. Uma vez que como você escreveu "Apresentar Certidões Negativas e pagar salários em dia de atletas e funcionários não podem ser obrigações prolongadas por tanto tempo. É questão fundamental de avanço do futebol brasileiro para ontem". Ademais, a aplicação de sanções só daqui a 5 anos pode fazer com que os clubes não mudem de postura e daqui a 3 ou 4 anos alegam ser "impossível" cumprirem a lei, forçando uma prorrogação de prazo aplicação de sanções.
SRN,
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