segunda-feira, 17 de junho de 2013

Entrevista com José Neto, treinador de basquete do Flamengo


O treinador campeão brasileiro de basquete é o entrevistado do blog. Confira a conversa que tive com José Neto sobre a temporada do basquete Rubro Negro e os planos para a próxima temporada.


1) Qual a nota que você dá para essa primeira temporada pelo Flamengo? 

Um time que foi campeão merece uma nota só: 10! Uma temporada onde tudo contribuiu para crescermos como equipe e superarmos as dificuldades. Uma comissão técnica que não mediu esforços para cumprir suas funções e um grupo de jogadores altamente comprometidos com a proposta de trabalho.


2) Tirando a final, qual ou quais foram os jogos mais marcantes? Virada contra Peñarol, vitória na prorrogação contra o Bauru? 

Vários jogos marcaram a temporada. Sem dúvida esses dois mostraram a força do time e a determinação para superar dificuldades. Outra vitória importante foi na Liga Sul-americana contra o Regatas Corrientes como local, que acabou sendo campeão do torneio e da Liga Argentina, ganhando a final de 4x0.


3) O que você faria de diferente do que fez aqui no Flamengo? 

Para esta temporada não mudaria nada, mas para as próximas, se continuarmos do mesmo jeito, pode não ser suficiente. E necessário sempre dar um passo a mais. Outras equipes estão investindo cada vez mais e deixando o NBB mais equilibrado à cada temporada.


4) De uma equipe completamente reformulada, você acha que o Flamengo chegou ao ápice antes do esperado, lá no primeiro turno? Quando vieram as derrotas praticamente seguidas para Bauru, Franca e Brasília, chegou a temer que a equipe tivesse caindo de produção na hora decisiva? 

Acredito que o grande mérito desta equipe foi o planejamento elaborado de uma forma muito competente pela comissão técnica, e a execução do mesmo. Jogamos quatro competições na temporada e chegamos à final de três (Liga Sul-americana, NBB e Carioca), sendo que destas três, conquistamos dois títulos (NBB e carioca), perdendo a Sul-americana por pontos average depois de um tríplice empate em primeiro lugar. Muito difícil em uma temporada isto acontecer com os campeonatos tão disputados. Isso contando com todos os problemas de lesão que tivemos. Sem esquecer claro, que a equipe tinha sido recém formada. Portanto tínhamos controle do que estava acontecendo. Na Liga das Américas jogamos mal e o preço foi ter ficado fora do Final Four. Não cheguei a temer que a equipe caísse de produção na hora decisiva. Sabia claro, que não iria ser fácil, mas a preocupação era em como iríamos ser superiores ao adversário. Aí estava o nosso foco.


5) Como o grupo encarou a possível suspensão do Caio em plena final? 

Foi tenso! O Caio sempre foi uma referência para nosso ataque. Sem ele seria complicado. Teríamos que preparar a equipe para jogar de uma outra forma em pouco tempo. Felizmente prevaleceu o bom senso e a final teve mais brilho.


6) Na final você foi perfeito taticamente. A escolha pelo Zanotti que anulou o Robert Day e, pela primeira vez na temporada, utilizando juntos Caio Torres e Shilton. Como foi tomada essa decisão? 

Eu tinha algumas opções e esta foi uma delas. Talvez tenha surpreendido muita gente, mas era preciso correr um risco. Agora que passou, que deu certo, todos ficaram felizes e isso deixa feliz também. Pode ser que futuramente eu tenha que tomar outras decisões que não vão ser tão acertadas, mas este é o risco e é isso que motiva a querermos sempre ser melhores.


7) Torce pela mudança de regulamento na final do NBB? 

O jogo único foi decidido em um consenso pela necessidade momentânea em que se encontrava o basquete brasileiro. Hoje acredito que vivemos um outro momento que permite jogarmos um Playoff final. Vamos ver como isso vai ser decidido nas próximas reuniões.


8) Você tem mais um ano de contrato, quais os próximos passos agora junto com a diretoria? 

Montar a equipe e pensar na estrutura para trabalharmos a próxima temporada. Não tenho dúvidas que tudo pode ser melhorado. Empenho não está faltando por parte de todos os envolvidos.


9) Você levou algumas faltas técnicas nesses playoffs? Como foi segurar o ânimo, controlar mais o impulso com relação a algum questionamento da arbitragem? 

Só nos Playoffs? Você esta sendo generoso comigo! (risos) Tenho uma personalidade forte e é difícil aceitar coisas que não acho certo. É assim em tudo pra mim. Em casa, nos treinos, no clube, na seleção, etc. Em algumas situações é necessário ter um maior auto-controle, como por exemplo durante o jogo. Estou trabalhando isso e estou melhorando. Vamos ver se na próxima temporada as faltas técnicas diminuem.


10) Simulação de agressão também deveria ser punida? 

Tudo gira em torno de ação e reação. No esporte e na vida também. É necessário saber o que a causou. Espero que prevaleça a justiça sem demagogia.


11) O que falar dos 18 mil torcedores na final? 

O espaço para resposta e muito pequeno pra descrever o sentimento de ver a Nação na final! Uma só palavra é impossível para descrever esta paixão da torcida pelo Flamengo. Mesmo assim gostaria de deixar meu Muito Obrigado!

10 comentários:

Anônimo disse...

o sao jose ta anunciando a contratação do caio torres

Anônimo disse...

Perdemos o Caio Torres. Quem poderia vir para suprir essa lacuna?

Anônimo disse...

no basqueteria tem alguns torcedores do flamengo tão comentando que cristiano felicio ta chegando. e tão trazendo um pivo top os comentarios ta no final da pagina do mercadão

Elton disse...

http://www.fibasquete.com.br/rafael-hettsheimeir-pode-se-despedir-do-real-madrid/

Antonio Ferreira disse...

Se vier o Cristiano Felicio será bom. Tem que trazer o Rafael Hettsheimeir também. Dispensar o Shilton (como erra coisas simples, meu Deus!). Ah, renovar com o Olivinha... trazer outro armador, haja vista que o Kojo deve sair. O Thaichman (não sei se escreve assim... sorry) deveria voltar, é um pivo extremamente móvel e revezaria bem com o Olivinha. Renovar com o Duda. Bem com isso e com Marcelinho, Marquinhos, Gegê, Benite, faltando dois nomes para um ala/armador (pode ser gringo) e uma boa promessa (ala chutador) das seleções de base (Sub-19 e sel novos). Bem é isso. Minha opinião. Confoi na Diretoria, SRN. ST 21667

João Duarte disse...

há algum indicio de que o hettsheimeir pode realmente pintar na gavea?

Anônimo disse...
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Ruy Moura disse...

Pivô top, capaz de atrair a mídia e investidores, como estão comentando nos sites e blogs que falam de basquete só se for Nenê Hilário, Tiago Splitter ou Anderson Varejão ... quando muito o Rafael Hettsheimer. Ouvi falar também que o contrato do Kojo não seria renovado e que viria um armador experiente do mercado nacional e que joga em um time de ponta. Como os inimigos Fúlvio e Nezinho estão sob contrato, com esta característica só tem o Valtinho. Alguém faz ideia de quem sejam este pivô para o lugar do Caio Torres ou este armador para o lugar do Kojo?

Anônimo disse...

acho que pode ser o valtinho

Anônimo disse...

Armadores com este perfil que estão desempregados: Eric Tatu (temporada passada no Brasília) ou Luiz Felipe Lemes (temporada passada reserva do Fulvio no São José).