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terça-feira, 15 de maio de 2018

Basquete: José Neto deixa o Flamengo após seis anos


José Neto chegou ao Flamengo em 2012 para substituir o argentino Gonzalo Garcia, que havia sido eliminado na semifinal do NBB para São José, mesmo contando com Kammerichs e David Jackson de estrangeiros, o pivô Caio Torres, que estava na Espanha, além de Marcelinho e Duda em seu elenco.

Com a chegada de Neto, o Flamengo fez uma limpa, mantendo apenas Caio Torres, Marcelinho e Duda. Foram contatados Benite, Marquinhos, Olivinha, Kojo, Gegê e Shilton.

E começava uma época de ouro para o basquete da Gávea. No ano seguinte o elenco foi ainda mais qualificado com as chegadas dos inesquecíveis Nicolás Laprovittola e Jerome Meyinsse.

Depois chegou o campeão olímpico Walter Herrmann e o Flamengo conquistou os títulos mais importantes da sua história: em 2014 foi campeão do estadual, NBB, da Liga das Américas e do Mundial com um forte esquadrão: Laprovittola, Benite, Marquinhos, Herrmann e Meyinsse, tendo no banco Gegê, Marcelinho, Olivinha e Felício.

Desde a saída de Laprovittola o clube busca outro armador, o que tem sido tarefa difícil: Rafael Luz, Fischer e Cubillan já passaram pelo posto e ninguém consegue substituiu o argentino à altura.

Nesse meio tempo, após três temporadas, Jerome Meyinsse também deixou a Gávea e voltou para a Argentina.

Em seis anos, foram quatro títulos brasileiros, a Liga das Américas e o Mundial. Mas também muitas derrotas que deixaram marcas, como as já relatadas nesse blog.

José Neto merece respeito por ter colocado o basquete Rubro Negro no topo do mundo e mantido por quatro anos uma hegemonia nacional. No entanto, os dois últimos anos não foram nada bons. Percebe-se claramente um esgotamento técnico, que o ciclo estava, de fato, encerrado.

Tentou-se ainda esticar por mais uma temporada mesmo após rodar em plena quartas de final para um Pinheiros após abrir 2 x 0, porém, dessa vez, não teve outra escolha e não ser iniciar uma grande limpa no elenco, começando pela comissão técnica.

terça-feira, 9 de maio de 2017

Basquete: A eliminação precoce do Flamengo no NBB

O final de semana não foi só de alegrias pelo título carioca contra o Fluminense. Na sexta-feira o Flamengo perdeu para o Pinheiros e foi desclassificado em plena quartas de final do NBB.

O atual tetracampeão brasileiro foi eliminado pela primeira vez na história do Novo Basquete Brasil nas quartas de final. O Rubro Negro também jamais havia perdido um quinto jogo de playoffs em casa.

Após abrir 2 x 0, a equipe da Gávea conseguiu perder três vezes seguidas para o Pinheiros, sendo duas vezes em pleno Tijuca. Infelizmente, foi um vexame épico.

Foi uma temporada complicada e de grandes problemas dentro e fora de quadra: campeão sem jogar o estadual contra o Vasco, perda do patrocínio da SKY, fora da Liga das Américas por problemas da CBB, inúmeras contusões, jogadores que não renderam. Mesmo diante desse cenário, o Flamengo terminou em primeiro lugar na fase de classificação.

Como nas duas últimas temporadas parecia que a equipe deslancharia nos playoffs quando abriu 2 x 0 logo de cara. Porém, pensou que fecharia em qualquer uma das três partidas seguintes, e a cada derrota, enchia de confiança o adversário, ficando, por fim, impossível derrotá-lo na quinta partida, principalmente pela imensa deficiência da defesa.

É preciso nomear os jogadores que não corresponderam e que frequentaram mais o departamento médico do que a quadra.

Ricardo Fischer e Humberto foram uma decepção. Quando Fischer finalmente ficou à disposição, não rendeu o esperado. Já Humberto só voltou nas quartas de final e fica impossível qualquer avaliação.

Mineiro também começou pessimamente a temporada e cresceu apenas nos últimos jogos.

JP Batista baixou sua atuação: no ano passado teve média de 13,1 pontos e nessa temporada terminou com 11,8 pontos de média. Só que tinha o Meyinsse pra rodar.

Outro americano que não funcionou: Rakeem Hollins, que veio para substituir Jerome, não funcionou. Pela falta de dinheiro, outra vez chegou um gringo meia boca e que pouco ajudou no rodízio com JP Batista.

Os jovens também não tiveram uma atuação destacada.

Quem se salvou foi o trio velha guardo do basquete da Gávea: Marquinhos, Marcelinho e Olivinha. Além do Ramon, decisivo em várias vitórias.

Ainda sem nenhuma informação oficial, o ciclo de José Neto à frente do Flamengo parece ter se encerrado, na opinião deste blog, em que pese mais um ano de contrato. Foram quatro brasileiros, uma Liga das Américas e um Mundial. Inegável que entra para história.

Evidente que nem tudo foi alegria nessa caminhada. Essa eliminação para o Pinheiros, após abrir 2 x 0 e permitir a virada, entra para a galeria do segundo maior vexame. Entretanto, nada se compara à semifinal da Liga das Américas 2016, quando vencia por 17 pontos de vantagem um Bauru sem Alex e Fischer: 74 x 57, faltando sete minutos para o final do jogo e conseguiu a proeza de levar 26 pontos e perder a partida.

A barca deve ser grande. É aguardar!

sexta-feira, 14 de abril de 2017

Entrevista: José Neto, técnico do basquete Rubro Negro


Após o primeiro lugar na fase de classificação do NBB, o Flamengo aguarda o vencedor da série entre Pinheiros x Vasco. A equipe paulista lidera por 2 x 1 e joga a quarta partida no Rio, nesta sexta-feira para fechar.

Para comentar sobre o momento do Flamengo, o blog entrevistou o técnico Rubro Negro José Neto.

Confira:


Talvez pela primeira vez no Flamengo você pega um elenco que não tenha dez adultos. Como tem sido essa experiência, sabendo da responsabilidade de dirigir um clube que tem obrigação de brigar por todos os títulos?

Acredito que, em todos os lugares e em todas as áreas, é necessário estar se adaptando às necessidades do momento. Iniciamos uma temporada com algumas dificuldades para a formação do elenco e, com um esforço muito grande, o Flamengo teve a dignidade de querer formar uma equipe competitiva. Tivemos que substituir alguns jogadores adultos por alguns jovens que estavam tendo a primeira oportunidade na categoria adulta. Todos nós envolvidos no trabalho, mais do que lamentar, focamos em trabalhar com este desafio de mais uma vez formar uma equipe vencedora. Temos uma equipe de trabalho muito competente e comprometida, que sabe lidar muito bem com as dificuldades e que sabe focar no objetivo, que é brigar pelos títulos das competições que participamos.


O Flamengo em algumas temporadas tem tido dificuldade em alguns jogos para fechar os jogos. É instabilidade emocional, falta de controle? O que falta pro time  terminar bem as partidas?

O jogo de basquete é muito dinâmico. Quem acompanha o basquete de alto nível sabe que uma diferença conquistada durante a partida não é sinônimo de vitoria antes que ela termine. São diversos fatores que influenciam na manutenção desta diferença. Portanto, esta dificuldade de fechar alguns jogos (isso não é uma ação frequente), não é uma dificuldade exclusiva do Flamengo. Isso ocorre em diversas equipes do mundo devido ao alto equilíbrio que a modalidade propicia no alto nível. Mesmo assim, sabendo desta situação, é um aspecto que temos trabalhado constantemente para que nossa equipe consiga manter uma vantagem conquistada durante a partida e que assim possa nos dar a vitória, que é o que buscamos acima de tudo.


O Flamengo perdeu patrocínio e reduziu seu investimento no NBB, mesmo assim garantiu o primeiro lugar na fase de classificação. Além disso perdeu vários jogadores por contusões e ainda está sem o Humberto. Como tem sido essa temporada? A mais difícil em se tratando de Gávea?

Sempre procuramos trabalhar com o propósito de tirar o foco do problema e colocar na solução. Focar naquilo que temos e não naquilo que tínhamos ou que não temos mais. Acredito que assim podemos atingir os objetivos, que não mudam se temos um time A ou B. Nosso grupo de trabalho entendeu isso muito bem. Mais que isso. Executa isso diariamente. Não quer dizer que desta forma está garantindo a conquista de um título, mas, com certeza, pode viabilizar esta conquista. Um outro aspecto fundamental foi a elaboração e execução do planejamento para que,neste momento, pudéssemos ter a possibilidade de chegar preparados para atingir o objetivo proposto.


Você conquistou todos os títulos possíveis pelo Rubro Negro. O clube pode conquistar seu quinto título brasileiro seguido. Como manter a motivação profissional?

Quando se consegue atingir um objetivo proposto, independente da área de atuação, provoca uma sensação incrível. Ter a possibilidade de novamente sentir esta sensação é o que te motiva a enfrentar todas as dificuldades de uma nova trajetória. Além disso, Flamengo esta associado sempre à vitória. Portanto, é com este espírito que nos preparamos para atingir a expectativa de uma Nação!


O cargo de técnico da seleção está vago. É seu sonho chegar à seleção? Há alguma tratativa nesse sentido com a Confederação?

Tenho um foco muito ajustado para as situações que dependem do meu trabalho. Procuro fazer o máximo para poder atingir objetivos e expectativas daqueles que depositaram uma confiança em mim. Atualmente, o que eu tenho em foco é o meu trabalho com o Flamengo. Aquilo que posso fazer de melhor para contribuir para mais uma conquista do Clube. Lógico que a Seleção Brasileira é um trabalho que, desde 2004, que foi minha primeira convocação, até hoje, faz parte da minha carreira. Ser o técnico do Brasil acredito que seja o sonho de qualquer técnico que trabalha no basquete brasileiro, mas não é uma preocupação que tenho no momento. Vou me preocupar quando for escolhido (se for escolhido) para assumir esta função. Agora, o foco está no Flamengo.


O Flamengo ficou de fora da Liga das Américas por problemas internos do basquete brasileiro, pela crise na gestão da CBB. Como você avalia o futuro do basquete brasileiro?

Uma questão complicada, porque é antes de mais nada um assunto político. É necessário primeiramente que a FIBA retire a punição do Brasil para que possamos voltar a ter representantes (seleções e clubes) no cenário internacional. Acredito que internamente muitas coisas precisam ser melhoradas no nosso basquete para que possamos ter uma representatividade maior à nível internacional. São mudanças que precisam ser iniciadas urgentemente, em várias áreas, para que possamos desfrutar dos benefícios à médio/longo prazo. A Liga Nacional, juntamente com os clubes envolvidos, já contribuem significativamente buscando promover uma estrutura profissional para a modalidade. Mas o país, sendo muito grande, é necessário ter uma abrangência maior para a prática da modalidade. Sou um eterno otimista, portanto acredito que podemos ter um futuro promissor do basquete brasileiro.


Existiu alguma conversa no sentido do Laprovittola voltar? Após ele deixar o San Antônio?

Nico foi um jogador que deixou boas lembranças ao basquete do Flamengo. É uma pessoa que tivemos o privilégio de poder conviver. Teve uma passagem pela NBA e hoje está tendo uma oportunidade de jogar em alto nível na Europa. Apesar de ter um contato frequente com ele, não houve nenhuma conversa no sentido de voltar ao Brasil.


Pinheiros ou Vasco?

Temos como hábito não escolher adversários durante a temporada. Estamos nos preparando para jogar contra qualquer uma destas duas equipes na próxima fase e conseguir vence-las para seguir em frente na competição.

terça-feira, 2 de junho de 2015

A temporada de José Neto: o melhor treinador do Brasil outra vez


Na temporada passada muitos não quiseram reconhecer José Neto como o melhor treinador porque argumentaram que ele "tinha em mãos uma equipe forte".

Como se a equipe jogasse por si só. Que bastaria um time recheado de grandes jogadores que o resultado seria automático. Como se ter bons atletas tirassem os méritos do Neto.

Eduardo Agra, comentarista da ESPN, foi certeiro, à época, quando elegeu o treinador Rubro Negro o melhor do campeonato: "Fazer um time de estrelas jogar como equipe, com doação, com coletivismo, acho mais difícil do que fazer um time médio".

Essa temporada é a prova cabal de que não basta montar uma seleção que se conquistará todos os campeonatos. Guerrinha, técnico do Bauru, teve em mãos um dos melhores elencos dos últimos anos, aclamado por todos, porém precisou de cinco jogos nas quartas e semifinais e foi varrido na final pelo Flamengo.

José Neto teve fases turbulentas e os questionamentos vieram, alguns justos. A demora por vezes em pedir tempo, parar o jogo e impedir a reação do adversário é um dos seus grandes problemas. Ter mantido Herrmann e Marcelinho de titulares nos custou seis derrotas no primeiro turno do NBB e atuações sofríveis. Ter usado pouco o Felício quando Meyinsse não vinha bem é outro ponto.

Mas vejo alguns pontos positivos, como o enfrentamento ao Marcelinho Machado e ter tido o aval da diretoria. Foi a partir dessa punição que o Flamengo voltou aos trilhos e conseguiu cinco vitórias seguidas, sendo três dessas disputadas em São Paulo e sem o experiente jogador: Franca, Pinheiros e Palmeiras.

E fez Benite crescer ofensivamente, conseguindo média de incríveis 19,2 pontos nessas cinco partidas e, com Olivinha de titular, viu um Flamengo marcando mais e fazendo boas marcas defensivas, sofrendo média de 64,2 pontos, inferiores aos 80,1 pontos por jogo.

Na 11ª vitória consecutiva novas mostras de um José Neto com sangue nos olhos e querendo sacudir a equipe. Contra o Rio Claro e já com o terceiro lugar garantido o treinador fez a torcida no Tijuca silenciar incredulamente os cantos tamanho a surpresa, e depois aplaudir, pela bronca dada: Neto ficou irritado e indignado com a postura do time defensivamente e parecia querer sacudir um a um.

Nas 22 últimas partidas deste NBB (12 pelo segundo turno e 10 pelos playoffs), o Flamengo venceu 20, perdendo apenas as duas para São José nas quartas de final.

Justamente nessas duas partidas, o time voltou a demonstrar um basquete irregular. Entretanto a equipe se uniu antes do quinto jogo das quartas de final contra São José, lavou roupa suja e conseguiu uma vitória espetacular: 98 x 64.

Com Olivinha e Benite de titulares o Flamengo marcou demais na semifinal e final. Basta lembrar os quase seis minutos que deixou Limeira sem pontuar no quarto final da primeira partida da semifinal e depois ter limitado o forte ataque do Bauru a menos de 70 pontos nas duas partidas finais. Foi o grande diferencial do Flamengo nesse playoffs.

Na temporada passada esse blog escolheu José Neto como o melhor do Brasil. Pelo metade final da temporada, pelas grandes atuações contra duas grandes equipes na fase decisiva, pela postura de sacudir o time após uma dura eliminação em casa pela Liga das Américas, o blog repete a premiação ao treinador Rubro Negro como o melhor do NBB.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Flamengo volta suas atenções ao NBB. E uma conversa com o treinador José Neto


O Flamengo agora volta suas atenções para o NBB. Depois da classificação para o quadrangular da Liga das Américas, a equipe Rubro Negra enfrenta o Bauru, fora de casa, às 19h:30min.

Estão de volta o ala Marquinhos e o armador Gegê.

O blog entrevistou o treinador José Neto, confira:


Vimos um Flamengo na Liga das Américas, mesmo com apagões, diferente do NBB. Qual foi o grande diferencial de um time para uma competição e para outra?

Temos uma equipe experiente, com jogadores sabendo muito bem que no formato da LDA todos os jogos são decisivos. Mesmo com um grupo limitado nas rotações devido às ausências do Marquinhos e Gegê, pudemos suportar bem a qualidade das três equipes e a sequência das partidas. O Flamengo sempre teve um diferencial que é a equipe, e agora não foi diferente.


A suspeita de dengue do Marquinhos  te deu a oportunidade de voltar com Olivinha de titular e o Herrmann na ala. Essa escalação te agradou? Vai manter o Herrmann na posição três?

Temos uma equipe com jogadores de qualidade que permite que o quinteto inicial seja mudado sem problemas. Esta alteração do Olivinha iniciando a partida já ocorreu contra o Paulistano no NBB, antes do problema de saúde do Marquinhos. Portando o quinteto inicial não é uma preocupação.


Laprovittola começou a temporada jogando mal, bem diferente do ano passado. Porém nos últimos cinco jogos ele tem sido o protagonista. Como tem sido esse processo de fazer o argentino voltar a atuar bem?

Nicolas é um jogador de muita qualidade. Como todo mundo, pode passar por momentos de dificuldades. Mas isso pra nós já é passado. Isso também é um trabalho de equipe em que todos puderam ajudá-lo neste momento.


O Flamengo ainda tem alguns apagões durante os jogos. Contra o Malvin a diferença chegou a cair para seis pontos e você interviu pedido tempo e o time reagiu. Contra o Pioneros a diferença era de 17 e conseguiram virar. Essas inconsistências são trabalhadas de que forma?

O basquete é um jogo dinâmico. As duas equipes que foram citadas são equipes de qualidade com jogadores experientes. Não vejo como um apagão da nossa equipe mas como uma melhora do adversário que precisamos conter. Da mesma forma que abrimos uma diferença a nosso favor não pela fragilidade do adversário mas acredito que pela qualidade da nossa equipe.

Temos um trabalho de preparação pro jogo excelente realizado pela comissão técnica , onde procuramos passar aos nossos atletas as situações mais utilizadas pelo adversário para que possamos estar preparados.


Como estão Marquinhos e Gegê para os próximos jogos? 

Estão liberados pelo departamento médico. Agora é colocá-los gradativamente para que possam estar em condições ideais.


Como derrotar o Bauru com seus 13 jogos invictos?

Jogando um basquete que acredito ser necessário para vencer qualquer adversário. Praticando uma excelente defesa e fazer um jogo coletivo ofensivamente.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

José Neto sobre a postura dos seus atletas para a final do Mundial: "Acho que só pensam nisso"


Está quase chegando a hora. Daqui a pouco a bola sobe para a primeira partida do Mundial de clubes.

Às 21h:30min Flamengo enfrentará o campeão europeu Maccabi Tel Aviv. No domingo às 12h acontece o segundo jogo.

Segundo José Neto, em entrevista ao Globo Esporte, o foco dos atletas está totalmente voltado para o histórico título mundial:

"Acho que só pensam nisso (em fazer história pelo Flamengo). Talvez não exista motivação maior do que disputar um campeonato como este. Ter uma possibilidade como esta. Vejo todos eles conscientes da situação. Estão focados na disputa deste título. Tudo isso é fruto de uma temporada que fizemos, um prêmio que a gente não pode jogar fora. Vamos tratar muito bem disso. Estamos vendo com bons olhos uma possibilidade boa de fazermos história pelo Flamengo"

Em entrevista ao Bala na Cesta, José Neto foi certeiro ao dizer que a conquista do Mundial não seria o fim, mas um começo de visibilidade Rubro Negra em âmbito mundial.

"Eu não sei como os outros enxergam isso, mas vou te dizer o que eu penso exatamente sobre isso tudo. Sobre o Mundial, sobre os três jogos que faremos na NBA e tudo mais. Quando se fala muito assim em coroação parece que é situação final. E não estamos vendo assim dessa forma. Estamos vendo como um começo. Um começo de visibilidade do Flamengo em âmbito mundial, um começo de visibilidade do nosso trabalho em âmbito internacional e também uma grande valorização dos atletas. Por isso não estamos olhando como uma coroação de nada. Não, não. Nós queremos dar continuidade ao que estamos fazendo. E há muita coisa, mas muita coisa mesmo a melhorar, a desenvolver, a evoluir. São situações históricas não só para o Flamengo, como também para o basquete brasileiro. Não temos o direito de achar que é qualquer coisa porque decididamente não é bem assim. São fatos muito importantes. E vamos jogar sabendo dessa importância, sabendo da representatividade que um título mundial traria não só para o clube, mas também para o basquete brasileiro de um modo mais amplo."

quarta-feira, 4 de junho de 2014

José Neto, o melhor treinador do NBB


Muitos escolheram como o treinador do NBB o Paco Garcia, do Mogi, que sem dúvida fez um trabalho brilhante: nas oitavas eliminou o Pinheiros, nas quartas o Limeira e fez uma série duríssima contra o Flamengo na semifinal.

Outro ponto que se argumentou a favor do espanhol foi de ter pego uma equipe média e levado longe. Mas não são argumentos suficientes para vencer José Neto.

A tentativa de não reconhecer o seu desempenho porque "tinha em mãos uma equipe forte" é pífia. Eduardo Agra, comentarista da ESPN, foi certeiro: "Fazer um time de estrelas, jogar como equipe, com doação, com coletivismo, acho mais difícil do que fazer um time médio".

Foi engraçado, porque poucos colocaram jogador Rubro Negro na seleção do NBB, pois o argumento era de que "o forte do time seria seu jogo coletivo". Ora, então Neto merece o troféu de melhor treinador por fazer de um elenco recheado de bons jogadores um basquete sem estrelismo.

Além disso, não dá pra ignorar a responsabilidade de se conduzir uma equipe como o Flamengo. Todos os times entram sem responsabilidade, José Neto não, ele precisava entrar todo jogo, todo playoff, com a missão de levar o Clube ao pódio mais alto.

E o fez. Foi um líder nas adversidades. Quem vê o time hoje e não acompanhou a temporada, pensa que foi tudo mil maravilhas. Durante a demora de concluir a negociação com a TIM para executar o patrocínio via ICMS, foi ele quem segurou a barra de treinar uma equipe com os atrasos salariais.

Dentro de quadra, o desfalque de Vitor Benite logo na terceira rodada, depois concluiu-se que seria por toda a temporada, foi um agravante. O jovem Gegê precisou virar titular. Não pôde também contar com seus principais cestinhas: Marcelinho voltando de contusão sem o melhor ritmo e a estreia do Marquinhos apenas na metade do campeonato, sendo necessário usar uma estratégia de jogo até então nova para o recém chegado Nicolas Laprovittola, que respondeu muito bem à responsabilidade, sendo o cestinha nos cinco primeiros jogos, anotando: 22, 29, 30, 18 e 21 pontos, respectivamente.

Quem não se lembra de duas derrotas acachapantes: contra o Minas por 84 x 66 e contra o São José em casa por 81 x 59?  Depois desse jogo o Flamengo juntou os cacos e derrubou a invencibilidade do então líder Limeira, fora de casa, por 88 x 67, e no último jogo do ano venceu o Bauru também fora de casa por 96 x 94, começando aí uma sequência de vitórias que culminaria com o primeiro lugar faltando incríveis quatro rodadas do considerado o NBB mais equilibrado da história.

Os playoffs também não foram nada fáceis. Em duas oportunidades a equipe perdeu no Tijuca e seu viu obrigada a vencer fora de casa para não ser eliminada. E o Flamengo de José Neto se mostrou frio, vencendo as quatro partidas disputadas em dois caldeirões e fechando as séries sem precisar do quinto jogo.

José Neto melhorou demais na questão das faltas técnicas. De caçado pela arbitragem a praticamente sair ileso pelo crivo dos homens de cinza. Entretanto, foi muito cornetado aqui pelo rodízio no segundo período. Não pelas trocas, mas pela insistência em continuar com os reservas mesmo vendo o adversário crescer. A insistência com Shilton e suas faltas ofensivas em seu bloqueio mal feito, apesar de ter feito boas partidas defensivamente quando Meyinsse não dava conta de parar o pivô adversário mais forte fisicamente, deixando o Felício como terceira opção as vezes não dava pra entender. Outro ponto também foi na demora em pedir tempo, de parar o jogo, em certos momentos críticos.

Mas seus méritos foram bem maiores do que esses detalhes de um corneteiro que não vive o dia de treinos e a adrenalina de uma partida. Conquistar uma tríplice coroa depois de um caminho com tantos obstáculos, levar o time com tantos ótimos jogadores e mesmo assim manter o coletivismo como destaque não é pra qualquer um.

Parabéns José Neto, renovação já!

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Flamengo já planeja a próxima temporada do basquete

No Flamengo que dá certo, o vice-presidente de esportes olímpicos Alexandre Póvoa já planeja a próxima temporada do basquete.

Tratando como a temporada mais importante da história Rubro Negra, o Clube terá inúmeros desafios: o decacampeonato carioca - igualando o feito de Kanela em 1951-1960, o tetra do NBB, o bicampeonato da Liga das Américas e antes a disputa do Mundial e as duas partidas na NBA.

Póvoa, em entrevista ao jornal O Globo de hoje, afirmou que quer manter a base e reforçar o banco, e reforçar o time com atletas altos e fortes. E o primeiro passo é renovar com o José Neto já em reunião nessa segunda-feira.

Shamell em entrevista ao Globo Esporte disse que tem diversas propostas, mas a prioridade é, vejam só, ouvir o Flamengo. O ala do Pinheiros afirmou que já recebeu propostas do time da Gávea em outras temporadas e espera jogar a próxima ao lado do Marcelinho.


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

José Neto responde aos leitores do blog

José Neto com o time de basquete no Maracanã contra o Botafogo

Os leitores do blog tiveram a oportunidade de entrevistar o treinador do Flamengo José Neto. Eis as respostas:



1) Um dos obstáculos da última temporada foi a montagem de praticamente um novo Flamengo - ficaram apenas o Marcelinho, Duda e o Caio Torres. Dessa vez a base foi mantida. Qual o novo desafio para esse novo ciclo que começa?


Quando o trabalho é de continuidade, acredito que já saímos um passo a frente. Isso porque muitas coisas já estão adaptadas, como por exemplo a proposta de trabalho. Os conteúdos podem ser adaptados de uma maneira mais rápidas. O título do NBB da temporada passada foi uma conquista importantíssima para o Flamengo e para o nosso grupo, mas isso já ficou pra história! Agora o foco é outro. São os desafios desta temporada que acredito que vão ser ainda mais fortes, tanto no NBB como na Liga das Américas, e já estamos sentindo isso no Carioca com a participação infelizmente de poucas equipes, mas que investiram para esta temporada. O desafio é fazermos do Flamengo uma equipe ainda mais forte! Para isso, cada dia é importante para podermos evoluir e assim podermos atingir nossos objetivos.


2) Sem revelar suas armas aos inimigos, mas como você está imaginando o Flamengo agora sem um pivô pesado no garrafão? Qual a diferença tática do time agora com o Meyinsse? 

O basquete possui várias estratégias e táticas de jogo. Temos que usá-las de acordo com as características dos jogadores que possuímos. Na temporada passada tínhamos um time que nos permitia usar determinadas ações ofensivas e defensivas com um pivô grande próximo à cesta. Hoje temos outras estratégias para poder tirar o melhor de um pivô não tão grande mas com outras qualidades que serão exploradas. Gosto de ter um time versátil, onde os jogadores podem atuar em mais de uma posição. Tivemos muito disso a temporada passada e agora podemos ter novamente esta versatilidade entre os jogadores.


3) Como será o aproveitamento do Marcelinho? Ele está pronto para assumir a condição de 6º jogador - não mais de titular? 

Não acredito muito em um rótulo de titular. Esta é uma condição que pode ser mudada de acordo com a necessidade da equipe ou do adversário. Como eu disse anteriormente, gosto de uma equipe versátil e hoje temos esta versatilidade que permite termos mais do que 5 jogadores que podem iniciar a partida. Além disso, os atletas que compõem nossa equipe entendem perfeitamente esta situação, pois isto é benéfico ao time.


4) Caso Cristiano Felício for liberado para jogar no Flamengo (já foi confirmado), você admite jogar com ele mais o Jerome Myensse? 

O Cristiano é um jogador em formação! Ainda está adquirindo e aprimorando as habilidades para o jogo. Sendo assim, pensamos em oferecer a ele uma formação de jogador versátil, que consegue atuar mais de uma posição. Isto já aconteceu quando trabalhamos juntos nas Seleções Brasileiras que estivemos (Sub19 e Seleção de Novos- Universíade) onde ele atuou nas posições 4 e 5.


5) As contratações do Flamengo pareceram cirúrgicas, reforçando as duas posições mais carentes da equipe ano passado - um armador característico para alternar o ritmo dos jogos e uma rotação de melhor qualidade nos pivôs. Como foi essa discussão com a diretoria ? Como é a discussão com dois ex-atletas de basquete (Marcelo Vido e Póvoa ?)Você teve todos os seus pedidos atendidos ou houve vetos e/ou imposições ? 

Primeiro é importante lembrar que a equipe que tínhamos a temporada passada foi vitoriosa! Montar uma equipe não é tão simples como parece. Não é simplesmente trazer os bons jogadores para o time, mas fazer com que estes jogadores utilizem suas capacidades e habilidades para potencializar o time. Além disso, temos que ter uma estrutura (Comissão técnica e condições de treinamento) para que possamos desenvolver este grupo dia a dia. Esta é a necessidade para suportar uma temporada difícil, como teremos. Portanto para a montagem da equipe é necessário também colocar em questão a situação momentânea em que vive o clube e ser condizente com isso. Tudo isso é levado em consideração e resolvido internamente para o melhor do Flamengo.


6) Como você pretende fazer a rotação na posição 2 sem o Duda? 

A equipe é versátil! Podemos ter pelo menos cinco jogadores que possam atuar nesta posição. Não vejo problemas para esta rotação.


7) O time que está jogando a LDB vem atuando muito bem. Você acha que alguns desses jogadores, além do Gegê, poderão ter oportunidades no time principal durante o NBB? 

Temos em nossa equipe adulta sete jogadores desta categoria. Todos os outros podem jogar o sub22. A partir do momento em que treinam com a equipe, eles tem a oportunidade de jogar, seja no Carioca (o que já esta acontecendo), NBB ou Liga das Américas.


8) Como alguém vindo de fora e sendo vitorioso no clube, qual eram as suas impressões do Flamengo antes de chegar ao clube como Instituição; Do basquete e a estrutura da modalidade, projetos, integração com escolinhas e base; e sobre a torcida? 

O Flamengo é um sonho para todo atleta brasileiro. Poder ter uma rotina em um clube da importância do Flamengo e poder sentir a torcida que apoia a equipe em todos os lugares é o desejo de qualquer esportista. Pretendo fazer muito ainda pelo Flamengo. Não quero apenas dirigir uma equipe, mas quero ajudar o Flamengo ser referencia de basquete no Brasil. Estamos longe disso, mas no caminho para que possa acontecer. Quando falo em referência, quero dizer em transformar o basquete do Flamengo em um modelo de trabalho, desde a formação até o alto rendimento.


9) Recentemente temos visto a seleção americana e o time do Miami Heat jogarem um basquete de contra ataque, rápido, agressivo, com vários jogadores abertos e sem a presença de um pivô dominante. A seleção brasileira já foi conhecida por jogar esse tipo de basquete, de transição, com ótimos resultados. Assim sendo, pergunto: 

a) Qual é a identidade do basquete brasileiro, a melhor forma de jogarmos? E qual a maneira que você gosta que os seus times joguem? 

Existem várias "escolas" de basquete no mundo. O Brasil ainda não tem a sua muito bem definida. Cada treinador usa uma metodologia e tem seus princípios adquiridos de sua própria experiência. Particularmente gosto mais do basquete europeu, que tem em sua essência um jogo mais coletivo e tático em relação ao basquetebol americano. Apesar de que várias equipes da NBA, por possuírem jogadores que jogam o basquete FIBA, já adotem em seus sistemas ofensivos um jogo mais coletivo e variações defensivas, já que antes a defesa individual era a única permitida.


b) No NBB passado, conquistado pelo Mengão sob seu comando, naquela série invicta sensacional do Flamengo, o time estava jogando um grande basquete, rodando a bola, buscando o melhor arremesso, usando bastante do tempo de posse de bola no jogo de meia quadra ou jogando em contra ataque quando possível, enfim, jogando um basquete moderno, sem essa de ficar arremessando loucamente de 3 pontos. Em algum momento da campanha a equipe passou a jogar um basquete de muitos arremessos de 3 pontos, muitas jogadas individuais, arremessos sem um trabalho maior. Você concorda com essa análise? Se sim, o que aconteceu? 

Não concordo. A equipe sempre procurou jogar muito taticamente e desta forma conseguimos atingir objetivos importantes. Na temporada passada o Flamengo foi a décima equipe que mais tentou bolas de 3 pontos no campeonato. A quantidade de bolas de 3 pontos não significa que a equipe não joga coletivamente. O Flamengo na temporada passada foi a segunda equipe em eficiência do campeonato. Teve o melhor ataque da competição com média de 90 pontos convertidos por jogo e apenas 77 pontos sofridos (segunda melhor defesa do campeonato). Ou seja, fizemos muitos pontos e defendemos muito bem. Acredito que isto fez com que pudéssemos chegar ao título.


10) José Neto, o elenco está fechado ou pode chegar mais alguém? E qual a expectativa para temporada? 

Como citei anteriormente, temos sete adultos na equipe. Ainda temos espaço para outros jogadores se julgarmos necessário. Por enquanto vamos assim. A expectativa é de uma temporada muito dura. Muito mais difícil do que a temporada passada. Vários times investiram muito pra este NBB com objetivo de disputar o título. Alem disso temos uma competição duríssima, a Liga das Américas, que esta muito mais competitiva devido ao Mundial Interclubes criado pela FIBA à partir desta próxima temporada. Com certeza as equipes que disputarão esta vaga da América estão investindo muito e bastante motivadas.


11) Esse ano o planejamento da pré-temporada foi prejudicado em relação ao ano passado. Tivemos nenhum amistoso. Percebo que outros times já estão bem adiantados nessa questão. Isso não pode fazer diferença? Os adversários estão bem mais fortes. 

Este ano temos uma realidade diferente da temporada passada, onde tínhamos uma equipe praticamente nova e todos em condições de iniciar os treinamentos mais cedo. Este ano tivemos jogadores em recuperação de lesão e jogadores servindo às seleções de seus países. Tivemos que fazer um planejamento diferente, mas nada que impossibilite atingirmos nossos objetivos.


12) Neto. Sou do interior de São Paulo e tive a oportunidade de acompanhar os jogos do Fla-Basquete na cidade onde moro (Sorocaba) e na Capital (contra Pinheiros e Paulistano, inclusive no playoff). Primeiramente, queria agradecer pela campanha vitoriosa que fez resgatar o orgulho rubro negro na modalidade. Esperamos uma temporada ainda melhor, apostando na sensacional dupla de cestinhas Marcelinho/Marquinhos. A dupla pode jogar junto como titular? Ou um será um reserva à altura do outro? O Leandrinho que está livre no mercado tem lugar neste timaço? 

Como disse em outras respostas, acredito em um basquete de jogadores versáteis onde não temos um quinteto inicial fixo. Por isso é perfeitamente possível Marquinhos e Marcelinho não só começarem um jogo, mas atuarem juntos durante várias partidas. Um jogador como o Leandro tem espaço em muitas equipes do mundo e no Flamengo não é diferente, mas como também citei em outras respostas, montar uma equipe demanda ajustes que vão além de termos os melhores jogadores. Enfim, eu é que agradeço pela oportunidade de estar falando um pouco do nosso trabalho e principalmente sobre Flamengo. Sou de Itapetininga, que pertence à região de Sorocaba, onde você mora. Fico muito feliz de poder jogar com uma equipe como o Flamengo na minha região, onde sei que o basquete é uma forma de entretenimento para a população.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Os leitores do blog entrevistarão José Neto


O blog agendou uma entrevista com o treinador de basquete José Neto. Ele já passou pelo blog sendo o entrevistado por três vezes:

Uma no começo da temporada; Outra no meio da temporada quando o time ainda estava invicto; E por fim, fazendo um balanço da vitoriosa campanha do título do NBB.

Agora é hora do leitor fazer a entrevista com o treinador Rubro Negro.

Eu também farei a minha: "Um dos obstáculos da última temporada foi a montagem de praticamente um novo Flamengo - ficaram apenas o Marcelinho, Duda e o Caio Torres. Dessa vez a base foi mantida. Qual o novo desafio para esse novo ciclo que começa?".

Favor colocar o nome na hora da pergunta na caixa de comentários. Anônimos não serão aceitos. Questionamentos até quarta-feira antes do jogo contra o Coritiba.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Entrevista com José Neto, treinador de basquete do Flamengo


O treinador campeão brasileiro de basquete é o entrevistado do blog. Confira a conversa que tive com José Neto sobre a temporada do basquete Rubro Negro e os planos para a próxima temporada.


1) Qual a nota que você dá para essa primeira temporada pelo Flamengo? 

Um time que foi campeão merece uma nota só: 10! Uma temporada onde tudo contribuiu para crescermos como equipe e superarmos as dificuldades. Uma comissão técnica que não mediu esforços para cumprir suas funções e um grupo de jogadores altamente comprometidos com a proposta de trabalho.


2) Tirando a final, qual ou quais foram os jogos mais marcantes? Virada contra Peñarol, vitória na prorrogação contra o Bauru? 

Vários jogos marcaram a temporada. Sem dúvida esses dois mostraram a força do time e a determinação para superar dificuldades. Outra vitória importante foi na Liga Sul-americana contra o Regatas Corrientes como local, que acabou sendo campeão do torneio e da Liga Argentina, ganhando a final de 4x0.


3) O que você faria de diferente do que fez aqui no Flamengo? 

Para esta temporada não mudaria nada, mas para as próximas, se continuarmos do mesmo jeito, pode não ser suficiente. E necessário sempre dar um passo a mais. Outras equipes estão investindo cada vez mais e deixando o NBB mais equilibrado à cada temporada.


4) De uma equipe completamente reformulada, você acha que o Flamengo chegou ao ápice antes do esperado, lá no primeiro turno? Quando vieram as derrotas praticamente seguidas para Bauru, Franca e Brasília, chegou a temer que a equipe tivesse caindo de produção na hora decisiva? 

Acredito que o grande mérito desta equipe foi o planejamento elaborado de uma forma muito competente pela comissão técnica, e a execução do mesmo. Jogamos quatro competições na temporada e chegamos à final de três (Liga Sul-americana, NBB e Carioca), sendo que destas três, conquistamos dois títulos (NBB e carioca), perdendo a Sul-americana por pontos average depois de um tríplice empate em primeiro lugar. Muito difícil em uma temporada isto acontecer com os campeonatos tão disputados. Isso contando com todos os problemas de lesão que tivemos. Sem esquecer claro, que a equipe tinha sido recém formada. Portanto tínhamos controle do que estava acontecendo. Na Liga das Américas jogamos mal e o preço foi ter ficado fora do Final Four. Não cheguei a temer que a equipe caísse de produção na hora decisiva. Sabia claro, que não iria ser fácil, mas a preocupação era em como iríamos ser superiores ao adversário. Aí estava o nosso foco.


5) Como o grupo encarou a possível suspensão do Caio em plena final? 

Foi tenso! O Caio sempre foi uma referência para nosso ataque. Sem ele seria complicado. Teríamos que preparar a equipe para jogar de uma outra forma em pouco tempo. Felizmente prevaleceu o bom senso e a final teve mais brilho.


6) Na final você foi perfeito taticamente. A escolha pelo Zanotti que anulou o Robert Day e, pela primeira vez na temporada, utilizando juntos Caio Torres e Shilton. Como foi tomada essa decisão? 

Eu tinha algumas opções e esta foi uma delas. Talvez tenha surpreendido muita gente, mas era preciso correr um risco. Agora que passou, que deu certo, todos ficaram felizes e isso deixa feliz também. Pode ser que futuramente eu tenha que tomar outras decisões que não vão ser tão acertadas, mas este é o risco e é isso que motiva a querermos sempre ser melhores.


7) Torce pela mudança de regulamento na final do NBB? 

O jogo único foi decidido em um consenso pela necessidade momentânea em que se encontrava o basquete brasileiro. Hoje acredito que vivemos um outro momento que permite jogarmos um Playoff final. Vamos ver como isso vai ser decidido nas próximas reuniões.


8) Você tem mais um ano de contrato, quais os próximos passos agora junto com a diretoria? 

Montar a equipe e pensar na estrutura para trabalharmos a próxima temporada. Não tenho dúvidas que tudo pode ser melhorado. Empenho não está faltando por parte de todos os envolvidos.


9) Você levou algumas faltas técnicas nesses playoffs? Como foi segurar o ânimo, controlar mais o impulso com relação a algum questionamento da arbitragem? 

Só nos Playoffs? Você esta sendo generoso comigo! (risos) Tenho uma personalidade forte e é difícil aceitar coisas que não acho certo. É assim em tudo pra mim. Em casa, nos treinos, no clube, na seleção, etc. Em algumas situações é necessário ter um maior auto-controle, como por exemplo durante o jogo. Estou trabalhando isso e estou melhorando. Vamos ver se na próxima temporada as faltas técnicas diminuem.


10) Simulação de agressão também deveria ser punida? 

Tudo gira em torno de ação e reação. No esporte e na vida também. É necessário saber o que a causou. Espero que prevaleça a justiça sem demagogia.


11) O que falar dos 18 mil torcedores na final? 

O espaço para resposta e muito pequeno pra descrever o sentimento de ver a Nação na final! Uma só palavra é impossível para descrever esta paixão da torcida pelo Flamengo. Mesmo assim gostaria de deixar meu Muito Obrigado!

sexta-feira, 22 de março de 2013

Alexandre Póvoa e o basquete Rubro Negro

Confira o papo que o blog teve com o vice-presidente de esportes olímpicos do Flamengo, Alexandre Póvoa.

Segue:


DERROTAS

Tenho lido muitas opiniões não somente no seu ótimo blog mas também em vários outros canais. Respeito a opinião de todos, mas me reservo o direito de ter a minha, até porque já estive lá dentro de quadra e sei como as coisas funcionam.  Quando vem a derrota, todos têm aquela velha mania de achar culpados. Tivemos uma ótima reunião com a comissão técnica e diretoria na última segunda, onde todas as coisas foram colocadas com total clareza. Papo muito franco, mas que me deu a convicção que podemos nos recuperar.


DEZEMBRO ATRASADO

Pegamos o time com três meses de salários atrasados (os jogadores remanescentes com quatro meses por conta do mês de junho), além de diversas outras dívidas de aluguéis vencidos que estouravam todo o dia com ameaças de despejo de jogadores. Situação atual: Dos atrasados todos, pagamos tudo, ficando somente o mês de dezembro ainda está em aberto. Na nossa gestão, estamos em dia, tendo pago janeiro e fevereiro. Portanto, há somente um mês de salários atrasados, herdados da gestão anterior.


INVENCIBILIDADE

Sempre disse que era irreal o fato de estarmos 20 jogos invictos em uma Liga onde se o primeiro ou o segundo colocado jogarem mal, podem perder do terceiro até o sétimo, oitavo, sem que isso seja necessariamente uma grande surpresa. Lembrando que perdemos simplesmente o Marcelinho - na época todos defendiam uma tese falsa de que a saída dele foi positiva - e hoje estamos sentindo falta de um atleta com a experiência e o porte dele.


TIME EM FORMAÇÃO

Cabe lembrar que o time do Flamengo está em formação - está junto somente nessa temporada - e tem algumas carências no elenco sim. É sempre bom lembrar que o time de Brasília não está junto há "apenas" quatro temporadas - a história deles vem desdo o COC Ribeirão. Portanto, é totalmente natural que seja um time mais consistente.
Na minha opinião, o time fez uma pré-temporada espetacular, passou por cima de todo mundo quando ninguém imaginava, mas atingiu o auge antes do tempo, enquanto a escalada dos adversários foi mais contínua.


JOSÉ NETO 
É claro que, mesmo com essa explicação técnica, não há justificativa para uma queda tão brusca e aumento de irregularidade, que era o ponto forte desse time. Acho injusto, porém, as críticas fortes sobre o Neto, dado que ele trouxe o time até aqui com o saldo altamente positivo.

PRIMEIRO LUGAR

A diretoria e espero a torcida, têm que dar as mãos nesse momento difícil para acabarmos em primeiro nessa primeira fase. Aí termos 15 dias para descansarmos (alguns atletas estão claramente desgastados) e recuperar o padrão defensivo treinando, coisa que esse time não faz há muito tempo, por falta de espaço na agenda.

Só quero lembrar que o Brasília só ganhou de 10 pontos em casa, tanto de Suzano como Palmeiras, mostrando o equilíbrio do campeonato (o terceiro colocado tem 9 derrotas !).
O time do Palmeiras, então, cresceu assustadoramente no segundo turno. Temos que tomar muito cuidado com qualquer jogo dos seis que faltam. Só temos direito a um erro, isso se Brasília não errar nenhuma vez.

PROMOÇÃO NOS INGRESSOS
Se Deus quiser vamos ganhar esse jogo-chave contra Limeira amanhã e pode esperar promoção de ingressos para lotarmos o Tijuca para vencermos Suzano e Palmeiras (esse serão dois jogos encardidos). Aí sim, estaremos muito perto desse primeiro lugar tão importante.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Flamengo em quadra pelo NBB. É hora da reação!

É hora da reação para o basquete Rubro Negro. O time enfrenta hoje o Joinville fora de casa pelo NBB às 19h, o único campeonato que restou para levantar um troféu na temporada, tirando o Estadual que era mais do que obrigação.

Só que a fase é ruim. O time vem de quatro derrotas e viu o Brasília chegar a 16º vitória seguida esta semana ao derrotar o Paulistano. Porém, uma prova que toda equipe passa por instabilidade: Brasília vencia a partida tranquilamente quando no último quarto levou um 31 x 17, a diferença chegou a cair para apenas dois pontos e por pouco não perdeu o jogo.

O Flamengo precisa de seis vitórias em sete jogos para confirmar a liderança. Em reportagem hoje, José Neto afirmou que o time não está cansado, mas "deixou de fazer a manutenção na máquina" e que "isto é fatal para uma equipe que ainda está em formação".

O treinador Rubro Negro apontou falhas no sistema defensivo pelas últimas derrotas: "nós defendemos muito mal nas três derrotas que sofremos na Argentina. Simplesmente deixamos os adversários jogar. Nosso trabalho começa a partir de uma boa defesa".

É isso, se você defende mal, não tem contra-ataque e só resta o ataque no 5 x 5 para tentar vencer a partida.

No primeiro turno deu Flamengo: 94 x 67. A equipe catarinense está praticamente eliminada com uma campanha de 9 vitórias e 20 derrotas, tendo perdido as últimas três partidas para o Brasíla, Bauru e Liga Sorocabana.

O Flamengo precisa se impor logo no começo, mostrar que as quatro derrotas não abalaram a estrutura do time.

Vamos torcer!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Invencibilidade à prova contra o São José. E uma conversa com o treinador José Neto


O Flamengo mais uma vez colocará à prova sua invencibilidade no campeonato. O time enfrenta o São José fora de casa nessa terça-feira às 20h.

Será uma partida dura, principalmente porque a equipe paulista voltará a ter seu quinteto titular: Fúlvio, Laws, Dedé, Jefferson e Murilo.

Dedé e Jefferson que estavam machucados já estão de volta e o pivô Murilo que sacudiu o garrafão e eliminou o Flamengo no quinto jogo da semifinal do último NBB quando marcou 32 pontos e pegou 7 rebotes, começa no banco.

José Neto, treinador que vai buscar a 20ª vitória consecutiva, conversou com o blog sobre a fase do basquete Rubro Negro. Confira:


1) Deve ser motivo de grande alegria saber que "assistir ao imbatível Flamengo no NBB" foi o último interesse de Ary Vidal. Como treinador, como é ouvir isso? 

O basquete perdeu uma grande referencia que foi o Ary Vidal! Tudo o que ele fez pelo basquete brasileiro jamais pode ser esquecido. Saber que o nosso trabalho no Flamengo deu a ele alguma alegria é para nós da equipe um motivo de orgulho e satisfação de termos retribuído um pouco por tanta alegria que ele deu à nossa modalidade.


2) O jogo coletivo, o deixar de ter aquele cestinha com 30, 40 pontos que, ou ele resolvia, ou o time perdia e a defesa forte sempre foram um dos pontos mais importantes traçados por você. Dá para dizer que conseguiu esse objetivo? Onde e o que melhorar ainda nesse time? 

Acredito no jogo coletivo. Acredito que ainda podemos melhorar muito como equipe! Isso é o que temos buscado a cada treinamento e jogo. Precisamos melhorar aspectos de conceito de jogo defensivo (defesa fora da bola) e ofensivo (rotações ofensivas a partir de uma infiltração) por exemplo são quesitos que sempre podem ser melhorados.


3) Destaco o crescimento do basquete do Kojo, que tem assumido uma postura tática de marcação incrível, e os bons momentos do criticado Duda. Qual sua responsabilidade, qual sua instrução para esses atletas? 

A partir do momento em que os jogadores entendem sua função e sabem que podem contribuir para a melhora da equipe, a tendência é de trabalharem para isso e potencializar seu jogo. Isto vem acontecendo com os nossos jogadores. Mérito deles pela execução das estratégias propostas.


4) O time tem passado por momentos delicados da partida, quando permite a virada, contra ginásios lotados e não perde a cabeça, não se desespera. Coloca a bola em jogo e resolvem a partida. Isso é conversado, batido nos treinamentos? De onde vem essa calma e segurança pra decidir os jogos? 

Estar preparado para enfrentar as dificuldades previsíveis que o adversário pode oferecer e como executar estas ações talvez seja um dos recursos para ter o controle do jogo. Ter o controle do jogo não é somente estar a frente no placar, mas ter a possibilidade de vencer a partida. Os treinamentos são fundamentais para a aquisição dos conceitos de jogo. Por isso e importante conhecer ao adversário e treinar as situações que podem dar algumas vantagens e então a tranqüilidade para jogar mesmo em momentos complicados da partida.


5) Treinando o Flamengo, o que mudou na sua vida? Como você imaginava e como você encontrou a realidade? Como tem sido a estrutura de trabalho, a rotina, os ginásios cheios?

O Flamengo esta proporcionando todas as condições para podermos desenvolver o nosso trabalho de maneira adequada. Temos um grupo de trabalho com excelentes profissionais que contribui muito para o desenvolvimento do time.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

José Neto é o entrevistado do blog


O treinador de basquete do Flamengo, José Neto, é o entrevistado aqui do blog. O time recentemente voltou de uma excursão na Argentina, onde conseguiu uma vitória e duas derrotas, e agora volta suas atenções para a estréia na Liga Sul-Americana dia 23 de outubro contra o Hebraica do Uruguai.

Pois bem, confira a entrevista, enviada para assessoria de imprensa ainda em setembro e respondida agora, em virtude da rotina de trabalho do técnico.


Como foi o processo de montagem desse elenco? Você seguiu uma linha e dentro de uma concepção de jogo indicou jogadores que poderiam se encaixar no seu estilo desejado?

A montagem de uma equipe na minha opinião é um dos fatores mais importantes do trabalho. Tem que estar de acordo com a proposta que será implantada. Para estar de acordo, os integrantes do grupo tem que ter um perfil coerente com esta proposta. Acredito que conseguimos montar um grupo que tem este perfil. Agora, daqui pra frente, é o trabalho diário e o foco nos objetivos que não são fáceis de serem atingidos.


Qual é o modelo de jogo, qual a identidade que deseja para o Flamengo nessa temporada?

Acredito muito que o sucesso do trabalho esta no próprio trabalho do grupo. Pretendo montar um grupo forte. Usar estes grandes jogadores para formar um grande grupo, ou seja, trabalhar muito o jogo coletivo. Jogar coletivamente não significa que teremos 10 jogadores fazendo mais de 10 pontos todos os jogos, mas um grupo que saiba usar os pontos fortes individuais em prol da equipe e dos objetivos traçados.


Na temporada passada Gonzalo Garcia tentou implantar um sistema de jogo semelhante ao argentino. Com marcação forte, valorização da bola no ataque. E você foi assistente de outro técnico argentino, o Magnano, na seleção. Você imagina que o Flamengo possa jogar semelhante ao basquete argentino?

Cada equipe tem suas características. Cada técnico tem o seu perfil e usa aquilo que acredita para ter sucesso. Não existe uma receita. Eu estou convicto de que o sucesso acontece a partir dos envolvidos no trabalho, primeiramente, acreditando no que esta sendo realizado para que cada vez mais possa ser melhor. Isto nao é simples, porque não trabalhamos com apenas uma "cabeça". Mas com a cabeça de um
grupo que vai fazer acontecer aquilo que foi planejado. Portanto, tenho um desejo de que o Flamengo jogue como o basquete do Flamengo! Que possamos criar uma identidade a partir das características que temos no grupo


Caio Torres só volta em dezembro. Shilton é o primeiro reserva. A diretoria junto com a comissão técnica pensa em um estrangeiro para cobrir essa ausência?

Caio vem recuperando-se muito bem. Acredito que possa jogar antes do previsto. Tudo isto esta sendo avaliado para podermos trazer outro integrante ao grupo, seja ele estrangeiro ou não. Montamos o grupo com apenas um estrangeiro para que possamos usar este recurso caso necessite.


Como você ver a presença de clubes de futebol nos campeonatos de basquete? O Flamengo já está há um bom tempo e agora o Palmeiras?

Fui técnico do Palmeiras na sua volta ao basquete adulto recentemente. Conheci bem a estrutura lá onde existem pessoas sérias trabalhando com o basquete e visando voltar a elite a médio prazo. O Flamengo já é uma realidade de clube grande no basquete. Espero que possamos ter outros clubes investindo na modalidade! Se for clubes de "camisa" visando este desenvolvimento do basquetebol, não só no adulto, mas também criando raízes com o trabalho de base como é realizado no Palmeiras e Flamengo, melhor ainda! O basquete precisa ser cada vez mais popular para ter mais praticantes. Esta é a idéia!


Como avalia a estrutura do basquete Rubro Negro?

Estou gostando muito! Temos praticamente todas as funções necessárias para ter um bom trabalho sendo ocupadas por bons profissionais. A estrutura física acredito que possa melhorar e existe uma vontade grande do clube de que isto ocorra. Portanto, estou contente com o que temos ec om o que podemos melhorar ainda mais para as próximas temporadas.


Não falta no elenco um ala-pivô reserva para rodar com o Olivinha?
 
Não


Você pensa no Benite como armador ou na dois?

 O elenco tem jogadores versáteis que podem atuar em mais de uma  posição. O Vitor é um destes jogadores que pode atuar nas posições 1, 2 e 3.


O Flamengo está há três anos sem o título brasileiro, mas sempre está montando grandes elencos. Já sente alguma pressão para  recuperar a hegemonia nacional?

Não existe uma pressão maior do que a pressão interna, ou seja, uma vontade que eu tenho comigo mesmo de todos os dias dar o melhor. Títulos não se ganham antes das  disputas, se conquistam com trabalho diário e dedicação de todos os  envolvidos. O Flamengo montou uma boa equipe assim como outros times que tem o mesmo objetivo. O NBB é um campeonato cada ano mais forte. Todos  os jogos são importantes, mas campeonato de Playoff se decide no  playoff. Temos que buscar na fase de classificação a possibilidade de decidir em casa as séries dos playoffs e assim ter o apoio da torcida que com certeza é o sexto jogador em qualquer partida, ainda mais nas decisões!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Elenco do basquete Rubro Negro apresentado. Faltou apresentar a equipe de marketing


O Flamengo apresentou seu reformulado time de basquete para a temporada. Depois de quarto lugar nos últimos dois anos, restaram apenas três atletas: Marcelinho, Duda e Caio Torres.

No banco de reservas, saiu Gonzalo Garcia e chegou o auxiliar de Rubéns Magnano na seleção brasileira: José Neto.

Dentro de quadra, chegaram Vitor Benite ex-Limeira, Kojo e Shilton ex-Joinville, Marquinhos e Olivinha ex-Pinheiros, Gegê ex-Tijuca e Feliz ex-Brasília.

Assim como na última temporada, é um elenco para brigar por tudo que disputar, e principalmente para voltar a ser campeão brasileiro, depois do tricampeonato do Brasília.

Armação: Um dos dramas dos últimos anos estava na posição um. Com Kojo, Benite e Gegê, o time fica muito bem servido.

Alas: Marcelinho e Marquinhos serão os titulares, são bons chutadores na linha de três. Marquinhos tem uma infiltração fulminante, podendo deixar Marcelinho livre na zona morta para matar suas bolas. Tem ainda o próprio Benite como reserva, além do Duda.

Garrafão: Com Caio Torres, Shilton e Olivinha vai ficar interessante. Será um dos pontos fortes do Flamengo, mesmo depois da saída de Federico Kammerichs. Se existisse o campeonato de rebotes, seríamos os vencedores.

Treinador: O foco agora estará no treinador José Neto. E dele a missão de fazer esse grande elenco jogar, coisa que até aconteceu no primeiro turno do NBB passado, mas enfrentou turbulências no segundo turno, despencou da liderança e teve que decidir a vaga na quinta partida fora de casa contra São José. Vamos ver como será a filosofia de trabalho do bom Neto.

A primeira competição será o campeonato estadual, e nos dias 23 a 25 de outubro jogará a Liga Sul-Americana contra o atual campeão argentino Peñarol, o atual campeão uruguaio, Hebraica e um time chileno. A sede do grupo será em Mar Del Plata.

Alguns números dos reforços:

- Marquinhos: 17.34 pontos; 3.92 rebotes; 2.92 assistências

- Benite: 15.09 pontos; 3.39 assistências

- Olivinha: 14.39 pontos; 7.11 rebotes

- Kojo: 14.32 pontos; 5.42 rebotes; 4.90 assistências; 2,10 bolas recuperadas

- Shilton: 10.53 pontos, 7.11 rebotes



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Apesar do excelente nível do elenco formado, o Flamengo ainda carece de uma ação de marketing mais feroz. É preciso dar uma sacudida lá dentro para a turma acordar. O basquete já tem um espaço no coração da torcida, pelos altos investimentos dos últimos anos muitos torcedores imaginam que o esporte faz parte do estatuto (apenas o futebol e o remo fazem), mas já virou uma espécie de tríplice coroa informal entre a torcida.

E hoje, no dia de apresentação de mais um forte elenco, nada se faz para criar uma interatividade, uma promoção de camisa dos novos reforços, um kit com um sócio-torcedor, um carnê de jogos, desconto, nada. Fazem apenas uma coletiva e pronto, todo mundo volta pra casa.

Vamos ver se pensam em alguma coisa com a chegada do estadual e do NBB. Uma ação apenas, será que são capazes?

sábado, 2 de junho de 2012

José Neto é o novo treinador do basquete Rubro Negro


Com a saída de Gonzalo Garcia, o basquete do Flamengo já tem novo treinador. Trata-se de José Neto, que treinava o Joinville no NBB. O time catarinense mesmo com um elenco limitado e jovem, eliminou o bom Paulistano nas oitavas e só foi eliminado no quinto jogo pelo Pinheiros nas quartas de final. É um dos três indicados ao prêmio de melhor técnico do campeonato.

Segundo informações da imprensa do sul, Neto também recebeu proposta do Pinheiros, mas escolheu o time carioca. Chega trazendo seu auxiliar, Diego Falcão. O que indica que João Batista também deve deixar o time adulto. O contrato será de um ano e o anuncio oficial será na segunda-feira. 

O presidente do Basquete de Joinville, Leonardo Roesler, lamentou a saída de Neto, mas disse que respeita sua decisão: “Nossa prioridade era manter o Neto, mas chamou a atenção dele a possibilidade de disputar todos os títulos possíveis por um clube grande”

Neto está na Venezuela junto com a Seleção Brasileira masculina em preparação para o Sul-americano da Argentina, neste mês. Ele é o assistente técnico de Ruben Magnano na Seleção.

A renovação, pelo visto, começou. A escolha por um técnico jovem, que comandou a seleção sub-19 no Mundial e faz parte da nova geração de treinadores, com conhecimento tático, fugindo da pasmaceira atual do basquete brasileiro, me parece acertada.

Agora começa a definição do elenco.