segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Novo presidente do Flamengo: Rodolfo Landim


Em uma eleição para poucos, 61% dos sócios elegeram Rodolfo Landim para ser o presidente do Flamengo no próximo triênio.

Num universo de 40 milhões de torcedores, ver pouco mais de três mil sócios decidirem quem será o próximo dirigente máximo da Gávea é assustador.

À título de comparação, no mesmo sábado, o Internacional também elegeu seu presidente. Foram cerca de 64 mil sócios, que tiveram a opção de votar via internet, por aplicativo. 

É um dos pontos que pouco avançou nos últimos seis anos e precisa ser discutido. Sem falar o fato da eleição ser apenas em dezembro, uma semana depois do fim do Brasileiro. O certo deveria ser em outubro, para que a transição dos eleitos e o planejamento da próxima temporada não ficasse prejudicado. 

Politicamente, o Flamengo segue sendo tratado como clube de bairro, e dificilmente seus frequentadores e sócios vão querer que um torcedor lá da outro extremo decida quem vai administrar sua sede social. 

Esquecem, no entanto, quem sustenta a Gávea é esse apaixonado e fanático Rubro Negro. Basta pegar os balanços financeiros e conferir que a sede do Flamengo é deficitária e quem sustenta as quadras, as piscinas e a sauna é o futebol, ou seja, seu torcedor.



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Após seis anos de Eduardo Bandeira de Mello, a nova gestão será conduzida por Rodolfo Landim. A gestão de títulos escassos, de poucas conquistas e muitos fracassos pagou seu preço. Por mais que os avanços estruturais, financeiros e na base tenham ocorridos, ter conquistado apenas uma Copa do Brasil e o mais grave, ver que a gestão em nada aprendeu com os erros cometidos ano após anos, foram essenciais para a derrota de Lomba, que passaria até impressão de que teria uma postura diferente do atual presidente, porém, quando esteve à frente do futebol ficou engessado pelo autoritarismo, desmandos e isolamento de Bandeira. 

Landim, em sua campanha, não teve rodeios ou subterfúgios, não disse que "teriam avanços significativos ou que iria fazer diferente". Seu discurso foi baseado em uma promessa que quase nenhum dirigente fez: ser campeão, conquistar títulos, se incomodar pelo fracasso e muita cobrança. 

Que seja tratado não como ídolo, mito, herói, mas que seja devidamente cobrado como dirigente. 

Agora é hora de trabalhar. O Flamengo precisa voltar a conquistar títulos. O tempo já é curto!

2 comentários:

João Paulo disse...

São pouco mais de 3 mil sócios decidindo o futuro de uma entidade que interessa a 33 milhões do Oiapoque ao Chuí. Que administra anualmente 750 milhões.
Sobre o legado do Bandeira, é um marco importante, sendo que os fracassos do futebol historicamente não é exclusividade dele, pelo contrário. Das diretorias passadas, ninguém tem moral pra reclamar.
O primeiro desafio do Landim não são os títulos e sim provar que não é farinha do mesmo saco. Que não vai investir na base só pra vender. Que não vai vender seu principal jogador na temporada há 10 jogos do final do principal campeonato e fingir de conta que não fez nada demais.Que não vai transformar o clube num balcão de agentes.
Mas acima de tudo o Flamengo tem que trabalhar mais, ser mais competitivo, tentar sempre fazer mais que a concorrência.
Essa semana fez uma década do Ronaldo Bola no timão. Eles receberão o cara no mínimo 15 quilos além do peso, com os dois joelhos destroçados e transformaram as adversidades num sucesso absoluto dentro e fora de campo.
Se compararmos o que o Flamengo tentou fazer nos mesmos perfis com o Ronaldinho Gaúcho, fica nítido as diferenças de realizações. Historicamente o clube coleciona fracassos.
Eu torço pro pior clube do Brasil na relação orçamento/resultado. É esse o quadro que tem que mudar.

Cadu Rollo disse...

Primeiro ato do Landim: colocar Patricia Amorim na vice prediência dos esportes olímpicos...

É o que está se especulando.

Se a chapa roxa for começar o seu trabalho trazendo as velhas pessoas pra dentro do Flamengo (Patricia e Marcos Braz já confirmados), já começaremos com retrocesso.

Mas é o preço que a chapa roxa está pagando por se unir a TODO MUNDO pra ganhar a qualquer custo. Ta aí o custo.

Tirar o Povoa pra colocar a Patrícia é uma coisa de maluco.