quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Cuellar demonstra insatisfação pelo ano sem título. Já Léo Duarte afirma que a temporada não foi desastrosa


Na semana passada, em entrevista, Léo Duarte, seguindo narrativa que está impregnada no Flamengo, disse que o ano, sem nenhum título conquistado, não foi desastroso.

"Desastrosa não (a temporada). Chegamos na semifinal da Copa do Brasil, passamos de fase na Libertadores, que não vinha acontecendo, e estamos brigando pelo Brasileiro. Sou flamenguista e lembro que antes a briga era embaixo".

Inicialmente, é falácia dizer que o clube brigava para não cair todo ano. Nos últimos seis campeonatos brasileiros antes da atual gestão assumir, em quatro a pior colocação foi um quinto lugar, em 2008. Em duas edições o clube ficou em 14º e 12º.

Já com Bandeira de Mello, aí sim o Flamengo ficou ameaçado de rebaixamento. Em 2013 o Rubro Negro foi o 16º colocado.

Nessa semana, finalmente, ouviu-se uma voz dissonante. O colombiano Gustavo Cuellar pediu reflexão e que teria que reconhecer que o ano não foi bom:

"Para a grandeza do Flamengo, o balanço não é positivo. Temos que brigar pelo título e ficamos fora na Copa do Brasil, Libertadores, Estadual... O ano não é bom e temos que reconhecer. Pela qualidade do elenco, já devíamos ter ganhado algo. Temos que refletir"

O volante, que passou longos períodos na reserva, pois Márcio Araújo era inexplicavelmente a preferência do Zé Ricardo, quase foi parar no Vitória. Graças à chegada do Reinaldo Rueda, o colombiano voltou a ser titular e pôde mostrar o grande jogador que é, dentro e fora do campo.

Não deixa de ser curioso que o jogador revelado pela Gávea não se sinta incomodado com a falta de conquistas e, o volante vindo lá da Colômbia, seja claro e verdadeira ao demonstrar insatisfação por aquilo que todo torcedor já sabe: o ano não foi bom.

É essa mentalidade que o próprio Rueda tentou mudar quando esteve no Flamengo. Será missão do próximo presidente criar uma cultura vencedora e de incomodo com as derrotas, coisa que há anos não existe mais na Gávea.

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