segunda-feira, 17 de julho de 2017

Brasileirão 2017: Cruzeiro 1 x 1 Flamengo

Os adversários do Flamengo já sabem as armas para vencê-lo: permitir a intensa troca de passes Rubro Negra, não se preocupar com Márcio Araújo, empurrar Diego para longe da grande área, bloqueando as jogadas pelos pontas e isolando o Guerrero.

Renato Gaúcho não se furtou em mudar as características do Grêmio para jogar contra o Flamengo na Ilha. Confessou que jogou propositalmente um futebol feio.

Já no Mineirão lotado, quando todos esperavam um Cruzeiro ofensivo, buscando a vitória, o que se viu na verdade foi um futebol de time pequeno contra o grande: não quis nem saber de posse de bola e permitiu o time de Zé Ricardo trocar passes, já ciente da dificuldade de agressividade da equipe da Gávea.

Não há o "partir para dentro", as jogadas em verticais do Éverton Ribeiro, os volantes não chegam de surpresa para tabelar com Guerrero ou servir de opção para o passe com os pontas.

É um time burocrático, que uma vez ou outra tenta uma tabelinha ou uma tentativa mais aguda. Na primeira e única jogada do primeiro tempo, que contou com inacreditáveis 63% de posse de bola, Éverton tabelou com Guerrero e chutou rente à trave. De resto não teve mais nada, se não este domínio estéreo.

Antigamente, o único volante que chegava ao ataque era o Arão. Cuellar as vezes chega e faz boas jogadas, bons chutes, mas ainda fica muito preso e não demonstra ter tanto cacoete.

Márcio Araújo, então, uma negação em todos os sentidos. Já está virando manjado como os marcadores simplesmente abandonam a marcação quando o volante Rubro Negro está com a bola e já dobra no Diego.

Enquanto isso, Diego, que deveria jogar mais perto do Guerrero, tentando o passe vertical ou um chute perto da área, fica fazendo uma espécie de terceiro volante pela esquerda.

Mapa de calor do Diego contra o Cruzeiro

É matemático: falta gente no ataque.

Por isso a tentativa pelo Mancuello, deixando o time com um volante de ofício. Zé Ricardo busca voltar a ter um segundo volante que saía pro jogo para empurrar o Diego pro ataque.

O próprio treinador em entrevista ao O Globo disse que seria muito difícil escalar um time com Diego, Éverton Ribeiro, Éverton, Geuvânio e Guerrero. Pelo visto a necessidade falou mais alto. Contra o Grêmio, precisando do resultado, armou essa equipe. Só que depois bagunçou tudo.


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Evidente que há incoerências que demonstram um treinador sem convicção no que está fazendo: Berrío, que vinha acumulando bons jogos e gols, tem três partidas que não entra nem no segundo tempo. Mesma coisa o Vinicius Jr - nem relacionado. Ederson, Conca e Rômulo, então, parecem esquecidos.

É basicamente isso: muitas opções, o treinador parece não consegue encontrar o ponto certo e parece que seu limite bateu no teto. Não vejo perspectivas de melhoras por ação do treinador, mas pelo talento individual.

O Flamengo não se impõe contra adversários diretos pelo topo. Desde o Brasileiro passado mantém desempenho pífio contra rivais do G10. E se quiser continuar sonhando ainda pelo título brasileiro terá que vencer os próximos três jogos: Palmeiras e Coritiba em casa, e Corinthians fora.

4 comentários:

CBM disse...

Zé Ricardo é limitado, lembra o Dunga na seleção brasileira, onde os volantes ficavam presos e não jogava com armadores, com os jogadores muito abertos e jogando na individualidade.
No caso do Zé Ricardo é pior porque o volante que ele deposita inteira e total confiança(Márcio Araújo e mais 10), não consegue sair com a bola ao se posicionar como primeiro volante, não consegue atacar como segundo com os times deixando ele livre livre livre, os nossos armadores acabam sendo muito marcados e tendo que sair de perto da área, o resultado é que o time acaba evoluindo pelo lado e ficando obrigado a jogar bola na área.
A diretória através das contratações fica dando as dicas que o nosso técnico não entende, o elenco acaba ficando com muitas opções e piora a situação do técnico.
A diretória fica com medo de mandar o técnico embora e contratar um pior as experiências com o mercado foram terríveis Dorival foi ambicioso e só pensou no contrato maluco que a Patrícia Amorim tinha dado para ele, Mano Meneses não teve paciência com o clube, outros experientes mostraram que o nível dos técnicos é muito ruim(Vanderlei Luxemburgo, Cristovão Borges, Oswaldo de Oliveira, Ney Franco) o Muricy já não tinha condições de ser técnico.
Esse ano é torcer para classificar para libertadores é o máximo com Zé Ricardo e ganhar a primeira liga, copa do brasil, sul americana e pensar em opções no ano que vem.
Ronaldo Rueda do Atlético nacional está na pista
Xabier Azkargorta que levou a bolívia para copa e sempre faz os seus times bolivianos jogarem futebol interessante e fazerem as melhores campanhas na libertadores também
de repente torcer para o Jair Ventura sair do Botafogo ou Roger Machado do Atletico-MG ou Abel do Fluminense
Futebol do Zé Ricardo podem esquecer não vai dar pedal.

Caio Badaró disse...

Enquanto insistir com o inoperante Márcio Araújo a situação do Zé Ricardo ficará difícil. Jogadores como Vaz e Márcio Araújo comprometem! Invariavelmente, um deles errará e entregará o jogo.

Barreto disse...

Sera que o Fla tem realmente este elenco todo. Qual ojogador do Fla que realmente faz a diferença e pode decidir jogo em uma jogada individual? O que Diego e Everton Ribeiro fizeram hoje e contra o Cruzeiro? Este elenci é supervalorizado.

Paulo Marques disse...

Barreto,
pra você ver como um treinador incompetente destrói um time.