quinta-feira, 16 de abril de 2015

Com exceção do Flamengo, CBF, clubes e Federações não querem a obrigatoriedade de apresentar as CND antes dos campeonatos

O novo presidente da CBF assume hoje com uma missão: derrubar a MP do governo que refinancia as dívidas dos clubes com contrapartidas de gestão.

Apesar do Ministro dos Esportes George Hilton, em sessão ontem no Senado, ter afirmado que o texto da Medida Provisória não sofrerá alterações em seus princípios, clubes, Federação e a CBF se reuniram e preparam um documento com oito razões para modificar a MP, é o que informa o jornal O Globo dessa quinta.

A exceção é o Flamengo, que inclusive vem sendo criticado por ser favorável às contrapartidas.

Um dos itens de contestação é a exigência da apresentação das Certidões Negativas de Débitos antes das competições. Segundo o vice-presidente financeiro da CBF, Rogério Caboclo, a obtenção das CND pode demorar dois anos e os clubes não poderiam ficar esse período sem competir.

É uma piada, é uma afronta. O Flamengo, então maior devedor, conseguiu suas certidões em praticamente três meses de nova gestão: 03 de abril de 2013.

O desafio nem é gastar mais do que arrecada, inicialmente o clube que deseja as certidões precisa congelar ou cortar seus gastos e aumentar sua receita. O Rubro Negro agiu dessa forma: repetiu praticamente as mesmas despesas em 2013 e 2014: R$ 232 milhões e R$ 229 milhões, respectivamente. Controlando as despesas, subiu em 29% sua receita e hoje tem a maior do Brasil, superando os paulistas.

O Flamengo é a prova viva de que é possível. Muitos podem dizer: "mas com essa receita é moleza", mas esquecem que a dívida chegou a ser a maior entre os clubes, sem contar o nível de pressão que a Gávea atrai para enxugar os gastos.

Se a MP cair, que o governo execute via Receita Federal ou PGFN todas as dívidas fiscais dos clubes. O Rubro Negro é de fato, a vanguarda do futebol brasileiro.

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