quinta-feira, 16 de abril de 2015

Assembleia Legislativa do Rio propõe a obrigatoriedade de audiência pública para a construção da arena multiuso na Gávea

O Decreto nº. 2686 de 14 de novembro de 1931 manteve o aforamento do terreno ao Flamengo para o fim exclusivo de atividades desportivas, proibindo o uso de atividades econômicas.

Em 1997, foi aprovado um decreto pela Assembleia que manteve as proibições legais e ainda informou que o descumprimento da legislação acarretaria a nulidade de pleno direito do referido aforamento, revertendo para o Patrimônio Estadual, independente de indenização, os terrenos e quaisquer benfeitorias ou construções neles existentes.

Em 2005, o prefeito Cesar Mais aprovou o projeto de transformação da Gávea num centro de lazer e entretenimento integrado a um novo estádio para 25 mil pessoas. Por pressão dos moradores e contrariados pela decisão do prefeito, os deputados aprovaram na Assembleia Legislativa a Lei nº. 3002/05, que determinava que para construção de qualquer empreendimento imobiliário de lazer e entretenimento na Gávea seria necessária uma prévia autorização do Poder Legislativo Estadual mediante Projeto de Lei específico.

Depois tivemos a fatídica história de que o Maracanã seria privatizado em 2007, com a promessa do governador Sérgio Cabral de que o estádio seria entregue ao Flamengo. O que, como sabemos, não fora cumprido. O então governador revogou o projeto assinado por sua antecessora, Rosinha Garotinho e o clube ficou sem estádio e sem projeto. História que até hoje Márcio Braga relembra.

Pois bem, com o andamento do projeto da arena multiuso da Gávea sendo aprovada pelo IPHAN, restando a licença do CET-Rio, foram aprovadas duas emendas à Lei nº. 3002/2005 na Comissão Permanente de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Rio, nesta terça-feira, dia 14 de abril, por unanimidade, conforme publicação no Diário Oficial do Estado de hoje.

A primeira emenda aprovada acrescenta que, depois de todas as licenças, será obrigatório ainda ter  uma audiência pública com a participação da sociedade civil, visando o debate com diferentes correntes de opinião.

A segunda emenda acrescenta a vedação para a construção de empreendimentos residenciais e shopping centers.

Como podemos ver, a luta será árdua.

2 comentários:

Jose Carlos disse...

Marquemos bem os nomes desses que tentam adiar nosso sonho, vamos fazer campanha contra esses parasitas. Levar faixas aos estádios, fazer gritaria na internet, enfim vamos fazer eles sentirem o que é confrontar a Nação;
Agora uma dúvida: essas ''assembléias populares'' tem algum poder de veto? ou é só influência mesmo?

Dan disse...

Mesmas dúvidas do amigo José. Essa assembléia tem de fato poder de veto ou é apenas opinativa? Essa mudança é grotesca, eles são descarados contra o Flamengo, PARASITAS!!!