sábado, 7 de março de 2015

Crise política deve atrasar a aprovação do refinanciamento da dívida dos clubes

Em maio de 2014 foi aprovado pela comissão que analisava a dívida dos clubes o texto da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte. Na reunião, apenas Romário votou contra, não pelo projeto em sim, mas por não incluir a CBF no texto.

Depois disso o projeto ficou perambulando entre reuniões envolvendo clubes, deputados e Bom Senso FC (confira aqui, aqui, aqui, aqui e aqui) e em sessões da casa sem ser apreciado e deliberado com a justificativa de que era ano eleitoral. Como sabemos, em ano de eleição, Brasília para.

O governo neste ano entrou no jogo, ouviu diversos grupos e prometeu uma Medida Provisória com todas as contrapartidas necessárias e a obrigação de um novo modelo de gestão para moralizar o futebol brasileiro. 

Correndo em paralelo temos a LRFE, que virou um saladão, um texto bem ruim em comparação aos primeiros apresentados pelo deputado Otávio Leite. Foi contaminado pelo deputado da bancada da bola, o parlamentar Vicente Cândido, relator do novo projeto.

O problema agora é que o clima política em Brasília é péssimo. O ambiente não parece ser nada favorável para a resolubilidade do projeto em nenhuma das duas frentes. Conclusão: os clubes ficam prejudicados.

O Flamengo, por exemplo, que hoje paga R$ 4 milhões por mês em acordos federais, pagaria R$ 1,2 milhão. Isso com cálculos do ano passado, segundo o blog Balanço da Bola.

Confira notas da coluna Painel FC da Folha de São Paulo desse sábado:

O mal-estar instalado entre o Palácio do Planalto e o Congresso deve respingar no esporte, mais precisamente na medida provisória que trata do refinanciamento das dívidas fiscais dos clubes. Com um projeto sobre o mesmo tema em tramitação na Câmara, parlamentares estão dispostos a não aprovar o texto produzido pela Casa Civil e pelo Ministério do Esporte. Essa atitude fará com que a MP não se efetive como lei. 
Editada, a medida provisória terá até 120 dias para ser aprovada no Congresso e se tornar lei. Caso isso não aconteça, a MP perde efeito. 
Essa pressão dos congressistas tenta fortalecer o projeto de lei na Câmara, defendido por situação e oposição --Vicente Cândido (PT-SP) e Otavio Leite (PSDB-RJ). O plano da bancada da bola é votar o texto na próxima semana.

Nenhum comentário: