segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

As duras batalhas do Flamengo fora da Gávea

A atual direção do Flamengo não trava somente uma guerra interna contra uma oposição nociva, mas também começa a enfrentar duras batalhas fora da Gávea.

A primeira delas começou com o IPHAN, na briga pela obtenção das licenças para iniciar a construção da Arena Multiesportiva. O processo está parado desde o dia 21 de outubro no órgão. A prefeitura do Rio parece nem um pouco empenhada em ajudar o Flamengo.

O basquete Rubro Negro ficou sem lugar para jogar em plena cidade olímpica contra o Pinheiros pelo NBB no ano passado e foi punido. Os alvarás para a liberação do Tijuca não foram julgados a tempo pela justiça e a partida não pôde acontecer.

A Liga Nacional de Basquete não aceitou o pedido pro Flamengo jogar na Gávea e, ao invés de marcar nova data com a responsabilidade do Rubro Negro de pagar os gastos da partida, enviou denúncia ao Procurador. O STJD  levou o Clube a julgamento e pela primeira vez na história um filiado foi punido com a perda de pontos por essa circunstância.

E o pior veio hoje à tarde: O Flamengo solicitou à Liga que tornasse público os laudos de todos os ginásios que recebem partida pelo NBB. Entretanto, a Liga Nacional de Basquete simplesmente se recusou a publicar o solicitado sob o véu de "ausência de previsão estatuária". Voltamos ao tempo de CBB e do Grego dirigindo o basquete brasileiro?

É inacreditável a postura do presidente paulista Cássio Roque,  ex- Limeira, contra um dos fundadores da Liga e o atual campeão do mundo. A hegemonia Rubro Negra nesses dois últimos anos está incomodando demais a turma.

Alexandre Póvoa, vice-presidente de esportes olímpicos, observou o que foi escrito aqui neste blog sobre a não-punição ao Bauru pela impossibilidade de jogar contra o Basquete Cearense por causa das goteiras, em nota oficial divulgada pelo site do Clube:

De um lado, tivemos uma denúncia enfática assinada pela Liga Nacional de Basquete no texto enviado à Procuradoria, acerca do episodio da partida contra o E.C. Pinheiros; de outro, vemos o esquecimento da Liga em denunciar o Bauru Basket, que uma semana antes teve seu jogo, em casa, contra o Basquete Cearense suspenso por conta de múltiplas goteiras em seu ginásio. Este jogo só foi realizado no dia seguinte. Cabe lembrar um dos artigos no qual o Flamengo foi enquadrado no julgamento no STJD - Artigo 211 do CBJD: "Deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infraestrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização".

E por fim, se não bastasse todo o desgaste em tantas frentes, vem a dura luta contra a FERJ e seu autoritarismo que estamos acompanhando.

A realidade hoje são instituições que tratam seu principal parceiro de forma desproporcional e sem transparência, Prefeitura que trata o clube mais importante, o de maior torcida na cidade e o único a investir em esportes de alto rendimento no Rio com desdém e sem a mínima vontade de ajudar e uma Federação que age como se sobrevivesse por si só.

Para o Flamengo só resta a torcida mesmo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não é fácil André, a administração correta dessa nova diretoria incomoda muita gente, tenho certeza que muitos no intuito de perturbar o ambiente estão trabalhando contra o Flamengo nos bastidores, a eles não interessa o clube forte caminhando com as próprias pernas, a torcida tem que se unir e aderir em peso ao sócio torcedor, só assim poderemos ter autonomia e recursos para continuarmos nossa recuperação.

SRN,
Ferdinand Junior

Antonio Ferreira disse...

Qual a saída? O que o Flamengo pode fazer legalmente? Colocar os juniores pra jogar o carioca? Participar de torneios e amistosos no exterior? Assim deixaríamos o estadual esvaziado e deficitário... Propor a criação de uma Liga Estadual? Vcs tem alguma idéia?