segunda-feira, 8 de abril de 2019

Carioca 2019: Flamengo 1 x 1 Fluminense


No último Fla-Flu do estadual, o Rubro Negro empatou e, por ter ganho a Taça Rio teve essa vantagem, se classificou para a final do Estadual, cujo adversário será o Vasco.

Após o primeiro clássico, dias após a tragédia no Ninho do Urubu que ceifou dez crianças, o Fluminense saiu engradecido, forte, como se tivesse derrotado o Golias do futebol. O treinador Fernando Diniz foi incensado por ter imposto ao Flamengo ter apenas 38% de posse de bola, além de ter subido a marcação e tirado o Rubro Negro da zona de conforto.

Depois disso, três jogos, com duas vitórias do time da Gávea e um empate. E um saldo positivo para o Flamengo, que terminou o jogo de sábado com maior posse de bola: 52%, 14 finalizações e 335 passes contra 299 do adversário.

Mais do que resultado, Abel Braga conseguiu contra golpear e tirar do tricolor sua melhor característica: a saída de bola pé em pé, a zona de conforto em esperar uma defesa postada atrás da linha do meio de campo. Isso tudo subindo a marcação, pressionado a saída de bola e buscando a rápida recuperação, ainda no campo defensivo adversário.

(Fica mais difícil de entender por qual motivo o Flamengo não utilizou essa estratégia contra o Peñarol pela Libertadores, após um semana com os titulares sendo preservados para esse jogo)

No sábado, Abel promoveu a entrada de Uribe e ainda tentou uma novidade que, segundo Éverton Ribeiro, foi preparada na concentração, tendo em vista que não houve treinamento após o jogo de quarta-feira: a inversão de Bruno Henrique com Éverton Ribeiro, para confundir a marcação.

O primeiro tempo foi amplamente do time da Gávea. Que poderia ter vencido por dois gols e ainda jogando com um homem a mais, se não fosse as interpretações equivocadas da arbitragem.

E aqui vale um parêntese: do Fla-Flu passado, o Fluminense teve também um gol anulado logo no começo e transformou os 90 minutos em chilique contra a arbitragem, aumentando a temperatura da partida. Agora, o Flamengo foi extremamente prejudicado em dois lances crassos com menos de 15 minutos, mas em momento algum transformou o jogo num inferno.

Como o futebol não tem justiça, na única jogada trabalhada desde o campo defensivo, o Fluminense fez seu gol. No lance, Arão teve três chances de impedir a movimentação, falhou nas três tentativas. Também não pode ser o único responsável por esse combate.

Novamente a zaga do Flamengo falhou na bola aérea. Nas últimas cinco partidas, em quatro sofreu gols de cabeça: Fluminense (3 x 2), Vasco (2 x 1), Peñarol (0 x 1) e Fluminense (1 x 1). Dos últimos seis gols sofridos, quatro foram de cabeça.

Na volta do segundo tempo, já sem Uribe, Abel repetiu o mesmo equívoco do jogo contra o Peñarol e tratou de colocar Gabigol para correr na lateral e Bruno Henrique de atacante, talvez já o preparando para o jogo de quinta-feira, contra o San José.

No primeiro lance dos 45 minutos finais, bom passe do Diego para Bruno Henrique, que chutou e o goleiro tricolor fez ótima defesa. O Flamengo teve outra boa chance, após passe de Éverton Ribeiro e isolada de William Arão. Diego ainda teve uma outra chance, em finalização desviada pela zaga.

A torcida, na verdade, queria ver era Arrascaeta em campo. Precisou do Diego Alves fazer uma grande defesa - como tem defendido bem o arqueiro Rubro Negro, para Abel finalmente colocar o uruguaio em campo, aos 18 minutos.

E junto com Éverton Ribeiro, jogando mais na faixa central do campo, e tendo Gabigol finalmente voltado para onde deve jogar, o Flamengo viveu bons momentos. É muito bom vê-los juntos. Aos 23 minutos, o atacante marcou seu nono gol em 13 jogos e empatou a partida.

Vitinho ainda entrou no lugar de Bruno Henrique e manteve o forte volume ofensivo, aliado à marcação avançada, impedindo qualquer reação tricolor.

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