segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Estadual 2019: Flamengo 4 x 0 Cabofriense


Com o Flamengo já classificado para as semifinais da Taça Guanabara, precisando apenas do empate para ser o primeiro colocado do grupo e tendo como adversário o Cabofriense, mais de 49 mil torcedores estiveram presentes nesse domingo no Maracanã.

Isso tudo após os 46 mil na estreia contra o Bangu e os 34 mil contra o Boa Vista, contabilizando uma média de incríveis 43 mil torcedores por jogo. Algo está acontecendo desde o ano passado entre torcida e time.

E foi a melhor partida do Flamengo na temporada. Abel manteve o time titular, com o acréscimo de Bruno Henrique no lugar de Vitinho. E o Rubro Negro começou em ritmo alucinante, no embalo da Nação Rubro Negra, com muita velocidade, sempre de forma vertical e criando inúmeras chances.

No campo de vista tático, Abel finge enganar que está jogando com dois volantes. William Arão nem de longe atua como segundo volante clássico. É um meia atacante onde, não raras as vezes, se lança ofensivamente e não participa da transição defesa-ataque.

Em um jogo onde o Flamengo praticamente só ataca e não tem preocupações defensivas, pode dar certo, agora, quando for um jogo mais pegado, de combate no meio de campo, será o ponto fraco da equipe.

Diego sim era o responsável pela transição, por ligar a defesa ao ataque e foi um dos melhores em campo.

No primeiro tempo o Flamengo construía suas jogadas de pé em pé, com verticalidade, triangulações pelos dois lados.

O 1 x 0 ficou pouco. Uribe teve pelo menos três chances: uma preferiu tocar para Bruno Henrique, e as outras duas finalizou em cima do goleiro. E com os dois últimos artilheiros do Brasileirão no banco, fica difícil segurar a pressão.

Era pela primeira vez no ano uma equipe intensa, que sentia o clima da torcida, que subia a marcação e sufocava o adversário.

No segundo tempo o Flamengo continuava com sua linha de quatro marcando a posse de bola e conseguia realizar suas triangulações, quebrando a defesa adversária e acumulando chances desperdiçadas, até que, em assistência de Arão, Diego marcou um golaço de bicicleta.

Após desperdiçar mais uma finalização, Abel sacou Uribe e colocou Gabigol lá no ataque, dentro da área, pela primeira vez. Com a entrada de Arrascaeta no lugar de Arão, Bruno Henrique saiu da esquerda e foi para a direita.

E foi por aquele lado que Bruno Henrique encontrou o uruguaio dentro da área, como atacante, para fazer o terceiro.

E o gol para completar a goleada foi uma jogada que há muito tempo não acontece na Gávea. Uma contra-ataque de almanaque, para deixar registrado o que o adversário tem a esperar desse elenco cheio de talentos e craques.

Passe de Arrascaeta para Gabigol que colocou na medida para Bruno Henrique fazer seu terceiro gol em três jogos e fechar a goleada. Gol com a participação dos três reforços. Gol em apenas seis toques, todos de primeira.

Foi a primeira partida sem sofrer gols no Carioca. Foi uma apresentação que a torcida estava ansiosa para assistir. Foi um Flamengo que não se contentou em simplesmente vencer, mas em convencer, em jogar bem, em amassar o adversário e querendo golear. A equipe não se acomodou, parecia pilhada, vibrante, querendo mostrar para os 49 mil Rubro Negros o que podem esperar nessa temporada.

A posse de bola nem foi tão grande: o time da Gávea terminou com 53%, conseguindo 20 finalizações, sendo 10 certeiras. Além de 18 assistências que resultaram em chutes e cabeçadas. E sempre atacando dos dois lados do campo:

Posse de bola

No sábado o adversário será o Fluminense, aí sim o primeiro grande teste. Pode não ser um dos melhores elencos tricolores, mas em clássico e jogando uma semifinal, será o maior teste desse começo da temporada. E provavelmente contra um adversário que também valoriza e gosta de estar com a posse de bola, principalmente pela característica do seu treinador, Fernando Diniz.

A ver como o Flamengo se comportá diante da semifinal, cujo empate lhe é favorável.

Nenhum comentário: