terça-feira, 18 de setembro de 2018

Flamengo não se planejou para disputar três competições seguidas e alega pouco treinamento para a má fase

Interessante matéria do jornal O Globo dessa terça-feira. O coordenador técnico científico do Flamengo, Daniel Gonçalves, argumenta que uma das causas da queda de produção da equipe é o fato de ter treinado apenas seis vezes nos últimos dois meses: de 18/7 a 16/9, sendo que o ideal seriam 19 treinamentos.

Para efeito comparativo, só nessa semana livre, a primeira após a Copa do Mundo, serão realizados três treinamentos.

Na estratégia adotada pela diretoria de priorizar todas as competições, o CEP foi responsável por recuperar fisicamente todos os atletas: "foram 18 jogos em dois meses sem lesão". Já a comissão técnica alega que, sem tempo para treinar, os reforços que chegaram depois não conseguiram o melhor entrosamento para acertar o sistema ofensivo.

Era evidente: todos os clubes pouparam seus elencos, montando dois times. Só o Flamengo manteve titulares três vezes por semana. Será que só o Rubro Negro estava certo e todos errados?

O calendário brasileiro é deficiente, isto ninguém discute. O problema é que todo mundo sabia que agosto seria terrível e a direção de futebol nada fez para abastecer o elenco, dando opções confiáveis para a equipe. Apostaram que poderiam jogador as três competições ao mesmo tempo, trocando duas, três peças aqui e ali.

Foram apenas três dias de folga em 60 dias, e o coordenador técnico científico atribuiu muito da perda de eficiência a um desgaste mental pelo estresse de viagens e jogos em excesso.

Erraram e feio, principalmente porque, nesse esquema adotado por Barbieri, o time precisa de muita intensidade e concentração.

Ano que vem a situação será a mesma: Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores no segundo semestre. O Grêmio aprendeu a lição no ano passado e montou dois times competitivos nessa temporada. Palmeiras tem duas equipes fortes.

Espero que dessa vez aprendam!

Um comentário:

Marcel Pereira disse...

André,
Não há planejamento que seja bom o suficiente para superar a falta de preparo de quem está tomando as decisões e não está adotando o caminho certo. Maurício Barbieri tem potencial, mas ainda não tem capacidade de ser campeão brasileiro e muito menos de conduzir um elenco em três competições ao mesmo tempo.
O calcanhar de Aquiles da gestão Bandeira de Mello, com larga vantagem para a segunda opção, foi a capacidade de escolha de técnicos... Foram erros do início ao fim, com uma pitada de falta de sorte por Mano Menezes e Muricy Ramalho terem ruído a corda.
Abs. Marcel Pereira