O Flamengo segue sua montanha russa nesse pós-Copa. Os bons momentos foram poucos. A regra tem sido as más performances. O resultado do mau momento: eliminação da Libertadores e a perda da liderança do Brasileiro, ficando agora a cinco pontos do líder São Paulo.
Após a Copa, a equipe de Maurício Barbieri conseguiu algo próximo de um futebol competitivo apenas contra o Grêmio pela Copa do Brasil, quando amassou o adversário em Porto Alegre e se comportou de forma valente para segurar o resultado no Rio de Janeiro, demonstrando ser capaz de atuar de duas formas diferentes e se adaptar de acordo com as situações.
O restante tem sido um Flamengo que voltou a ser a equipe de muita posse de bola e pouca agressividade, ou seja, o fatídico arame-liso de outros tempos. Faltam jogadores agudos, sobram jogadores de meio de campo que fazem apenas a bola girar, sem muita movimentação.
Vinicius Jr, com apenas 17 anos, era o jogador que buscava o improviso, a jogada que quebra a defesa, que surpreendente o adversário, o que é raridade no futebol brasileiro. Esperava-se que Vitinho desse resposta de imediato. Porém, futebol não segue a lógica de um carro, onde basta trocar uma peça que volta a funcionar.
A proposta que Barbieri conseguiu implantar antes da Copa deu resultado. Era um Flamengo que tinha a segunda melhor defesa, o segundo melhor ataque, era seguro na defesa, letal no ataque, sofrendo apenas um gol a cada dois jogos.
Esse Flamengo desmanchou. O aproveitamento de 75% despencou para 46,7% e a equipe enfrenta dificuldade dos dois lados do campo: sofre pelo menos um gol por partida e agora precisa de quase 13 finalizações por jogo para marcar. Antes precisava de apenas 6,9 chutes para fazer seu gol.
É preciso deixar as convicções de lado e tornar o Rubro Negro competitivo. Para isso perpassa por voltar a ter a defesa segura e compacta em primeiro lugar. O Flamengo não sofria gol porque tinha posse de bola altamente superior e fôlego para fechar suas duas linhas de quatro. Hoje, manter por teimosia o esquema de troca de passes infrutífera é pura teimosia de quem não sabe o que fazer para reverter os resultados ruins.
A maioria esmagadora das equipes do Brasileirão deseja justamente enfrentar esses times. Afinal, é muito mais fácil destruir do que construir. E quando do outro lado tem um elenco sem confiança, que troca passes de forma desenfreada, sem muita movimentação, estratégia, intensidade e ainda por cima não ameaça, é o paraíso perfeito. Pra que vai arriscar alguma coisa durante o jogo?
A próxima rodada será contra o Internacional, que não sofre gol há sete jogos!!! No Beira Rio, em dez partidas foi vazado apenas duas vezes.
É o momento do Flamengo engessar seu jogo e tornar mais imprevisível a forma de atuar para surpreender seus oponentes.
O próprio São Paulo teve uma queda de desempenho nos últimos três jogos. Bastava o Rubro Negro vencer o América-MG e o Ceará que voltaria a ser líder. Não tem nada perdido, o campeonato ainda não acabou, só não pode desperdiçar essas oportunidades.
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