O próximo presidente, que espero sinceramente que não seja da turma da atual gestão, terá uma dura missão de praticamente refundar o futebol do Flamengo.
E não se trata de mera retórica.
Como disse o ex-jogador Petkovic hoje no Sportv: "O Flamengo está em crise. Flamengo está em crise técnica, crise física, crise de elenco, crise de confiança, psicológico, em todos os sentidos. Se perdeu tudo. Precisa de qualquer maneira recuperar isso".
Na véspera do importante jogo contra o Internacional, a diretoria Rubro Negra se reuniu com o elenco para cobrar uma mudança de rumo e a retomada das vitórias.
Nem essa resposta imediata os jogadores conseguiram dar. A equipe colorado iniciou o jogo aproveitando-se do momento ruim do adversário e tratou de subir a marcação, forçando o Flamengo a entregar dois escanteios em cinco minutos e conseguindo o gol em cruzamento do meio de campo, após nova falha de Léo Duarte.
A equipe gaúcha nem apresentava um grande futebol, porém, já era suficiente para não permitir o time da Gávea de jogar.
O gol logo no início, após uma formação mais conservadora, com dois volantes, não poderia ter sido pior. E ainda por cima teria que correr atrás para furar uma zaga que não levava gols há sete jogos.
Em 23 minutos Pará acertou mais cruzamentos que Rodinei. E Moreno teve duas boas chances de cabeça. Na primeira, foi em cima do goleiro. Na segunda, certo, no chão, porém Marcelo Lomba salvou.
No segundo tempo o Internacional era melhor quando o Vitinho acertou belo chute para empatar. Entretanto, nem deu tempo da torcida do Flamengo ser feliz. Em nova falha da zaga e do Arão, os donos da casa empataram.
O Flamengo ainda poderia ter empatado, mas quando se tem opção de Mateus Sávio para resolver uma partida decisiva não se pode querer outra coisa.
Não faltou raça, não faltou vontade. Falta organização, falta elenco, falta psicológico para superar os momentos de adversidade.
Todo mundo esperava que por ser ano eleitoral a diretoria atual se empenharia para empilhar títulos e trazer os melhores reforços. Que o foco seria total no futebol, nas vitórias, sem chance para erros, afinal, estão indo para o sexto ano - tendo conquistado apenas uma Copa do Brasil lá em 2013.
Que engano! Investiram mal na montagem do elenco, tomaram invertida de Rueda, colocaram Carpegiani que chegou para ser coordenador técnico e tiveram que apostar em um jovem treinador, e ainda contando com Carlos Noval, bom executivo na base, mas sem experiência de futebol profissional.
Enquanto isso, o presidente está em campanha política nacional e o vice-presidente de futebol está em campanha política para ficar mais três anos à frente do Flamengo.
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