terça-feira, 21 de agosto de 2018

A falta de meta por título no Flamengo, que contamina até o jovem e bom treinador Maurício Barbieri

Em participação no Bem Amigos no Sportv, Mauríci Barbieri destacou que a campanha do primeiro turno do Flamengo é a melhor da história do clube e afirmou que o objetivo é ir mais longe possível em todas as competições.

De fato é a melhor, no entanto, mesmo assim, terminou em terceiro lugar. É de amplo conhecimento que o histórico do Flamengo no primeiro turno do Brasileiro sempre foi complicado, melhorando e crescendo no segundo turno. Então a régua Rubro Negra sempre foi baixa mesmo e é bom que esteja subindo.

Longe de querer demonizar o treinador Rubro Negro, que parece sim ter boas ideias dentro de campo, é triste constatar que em pouco tempo Barbieri já foi lobotomizado pelo pensamento dominante da atual gestão.

Não se fala mais em títulos, mas em ir mais longe possível. Era hora do treinador e do dirigente de futebol estarem criando metas para o segundo turno: "Tantos pontos a cada rodada".

Agora está explicada a dificuldade do Flamengo em estabelecer metas. Fica mais fácil não ser cobrado, afinal, como reclamar, por exemplo, do sexto lugar do ano passado, se a meta da diretoria era a classificação para a Libertadores? Capaz de dizerem "quem falou em títulos foi a torcida, a nossa meta sempre foi a Libertadores".

Reinaldo Rueda saiu de forma cretina da Gávea, mas gostemos dele ou não, em 18/10/2017, faltando dez rodadas para o fim do Brasileirão, lançou o desafio: "Precisamos ganhar as dez partidas que restam. Essa é a meta que propusemos. Sabemos que será difícil, mas esse é o nosso comprometimento na reta final".

Alguém será capaz de planejar quantos pontos o Flamengo terá que fazer no segundo turno para ganhar o Brasileiro? Quando se estabelece metas, alguém precisa ser cobrado. Tudo o que falta hoje no Rubro Negro.

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