quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Brasileirão 2016: Palmeiras 1 x 1 Flamengo


Não sei se o Flamengo será campeão, mas sei que o orgulho voltou.

Cada time ganhou um ponto na noite desta quarta-feira, mas é o Rubro Negro que sai fortalecido após a bela atuação contra um Palmeiras nervoso, tenso em campo, mesmo jogando em casa, com torcida única e enfrentando um adversário jogando com um a menos desde o primeiro tempo.

Típico do Cuca: criou suspense na escalação do Gabriel Jesus - chegou a inclusive divulgar a escalação com Barrios de titular, como se fosse desestabilizar o time da Gávea, tentou a seu modo criar um clima emotivo, mas o resultado foi o Gabriel Jesus simulando pateticamente uma falta e Palmeiras assustado, sendo surpreendido por um Flamengo que partiu pra cima e acreditou na vitória menos em desvantagem numérica.

O Flamengo demonstrou novamente ter fôlego para enfrentar situações adversas. Já vinha acontecendo nas últimas três partidas (Figueirense, Ponte Preta e Vitória), entretanto, desta vez a amplitude foi maior e o time soube como ninguém enfrentar as dificuldades de jogar fora de casa, sem torcida e com jogador a menos, com bravura.

Os primeiros 10, 15 minutos foram de marcação avançada do time de Zé Ricardo. Pressionou pelos dois lados do campo. Mas aos poucos o Palmeiras encorpava o meio de campo e dominava, mas sem colocar o Muralha em perigo.

Até que Márcio Araújo, evidenciando toda sua fragilidade na marcação, no enfrentamento de jogadores rápidos, foi expulso. Zé vacilou em não ter tirado após o primeiro cartão e uma trombada logo depois.

Com um a menos, o treinador teve peito para tirar a grande estrela do time e manter os dois pontas. Foi inacreditável, mas deu certo. Zé queria evitar as jogadas pelas laterais e argumentou que Diego vinha de uma sequência de jogos duros. E mesmo assim o Palmeiras meteu 29 cruzamentos na área Rubro Negra. Era a única jogada possível. Não apresentaram mais nada, não giraram de um lado para o outro, não buscaram o passe qualificado na vertical. Era um time de uma nota só.

O Flamengo se fechou como pôde. Os zagueiros Réver e Vaz tiraram juntos 13 cruzamentos. Foram monstruosos nos cortes e mataram a única arma palmeirense.



Na única jogada de habilidade, originário de um lateral, Gabriel Jesus empatou.

Antes, Zé Ricardo tirou um dos pontas e escalou Allan Patrick que, à exemplo do jogo contra o Vitória, entrou bem. Surpreendentemente como um fantasma pela direita, sem marcação para fazer o gol, depois pela esquerda, escondendo e prendendo a bola no ataque.

Foi aí que o Flamengo criou duas ótimas chances de matar o jogo, infelizmente desperdiçou.

Uma substituição mais interessante que a entrada do Cirino, seria a entrada do Guerrero no lugar do esgotado Damião. O peruano consegue fazer melhor o papel de pivô e a bola ficaria mais no ataque.

Mas não há o que reclamar. Zé demonstra a cada jogo que sabe o que faz e tem convicção disso.

A zaga novamente expulsou o adversário de sua grande área. Dos 42 gols do Palmeiras no campeonato, 40 foram marcados dentro da área. Outra boa leitura de jogo do treinador Rubro Negro:


Já o Flamengo foi mais agudo e finalizou a maioria dos chutes na área paulista:


Um comentário:

JLD disse...

André, o Ancelmo Góis noticia que a Prefeitura liberou em definitivo a construção da Arena. Você pode apurar mais detalhes? Abs!