domingo, 3 de julho de 2016

TCE-Rio pede bloqueio de R$ 198 milhões por fraude no Maracanã


Reportagem de O Globo revela o que o TCE-Rio resolveu dar prosseguimento aos processos de investigação das obras do Maracanã.

Lembrando: o TCE engavetou 21 dos 22 processos de investigação das obras do Maracanã. O Conselheiro José Maurício Nolasco era relator de 11 destes processos engavetados. Nolasco foi delatado por um ex-executivo da Andrade Gutierrez de ter recebido propina da empreiteira.

Embora os auditores do tribunal tivessem apontado irregularidades e pedido a devolução de R$ 93 milhões (à época), até hoje o TCE não havia tomado qualquer decisão sobre o assunto.

Seis anos depois, com uma filial da Lava Jato no Rio para investigar as obras do Maracanã, o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio determinou a unificação de todos processos para um relator: José Graciosa.

Graciosa, em relatório, pediu a condenação da Odebrecht e da Andrade Gutierrez. A votação será na terça-feira.

“O objetivo, como se vê, não era, apenas, a realização de um evento futebolístico, mas propiciar o farto desperdício de dinheiro público, o que, certamente, contribuiu em muito para as dificuldades que hoje atravessam os estados que sediaram estes eventos desportivos. É inegável e inevitável a afirmação de que melhor seria se o Estado do Rio de Janeiro, um dos Estados sedes da Copa do Mundo, tivesse gasto 1,2 bilhão de reais na saúde e educação”,

Pelo contrato original, a obra que custaria R$ 705 milhões teve a inclusão de 16 aditivos, que fez o valor saltar para R$ 1,2 bilhão.

E mais: técnicos do TCE-Rio revelaram que as duas reformas anteriores do Maracanã: em 1999 de R$ 54,3 milhões e para adequação ao jogos Pan-Americano de R$ 272,3 milhões foram perdidas com as obras para a Copa do Mundo no Brasil.

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