Notícia da coluna Painel Esporte Clube da Folha de São Paulo:
Corte. Entre outros motivos, o Flamengo dissolveu sua equipe de natação, encabeçada por Cesar Cielo, por causa dos altos gastos com o departamento. O setor gerava custos mensais de R$ 250 mil. A natação era um dos departamentos tidos como prioridade pela ex-presidente e ex-nadadora Patricia Amorim, que deixou o cargo anteontem.
Pois é. A equipe adulta de natação custava R$ 3 milhões por ano. Incrível como Patrícia Amorim não conseguiu em três anos um patrocínio pra manter o time que era seu xodó. No primeiro ano eram apenas César Cielo, Nicholas dos Santos e Henrique Barbosa. No segundo chegaram atletas do Pinheiros e, por fim, atletas que deixaram o Minas. O investimento foi gradativo, mas a receita não seguiu a mesma linha.
É impressionante como não usaram a imagem da equipe campeã brasileira para reformar o parque aquático ou a sala de musculação. Quer dizer, não tinha projeto algum de melhorar a estrutura ou deixar um legado, era simplesmente a contratação pela contratação.
Uma hora alguém teria que colocar o pé no freio para que os olímpicos cresçam de forma sustentável, ou até teríamos títulos brasileiros de natação, mas terminaria por aí, a herança seria apenas visível na sala de troféu.
A contratação do Marcelo Vido para ser o executivo dos esportes olímpicos, pela primeira vez a pasta terá um gestor reconhecido do mercado e que veio de um dos clubes mais importantes do Brasil, é a prova que a nova gestão está sim preocupada com os olímpicos, ou alguém acha que tiraram o Vido, então gerente de negócios e marketing do Minas TC, apenas para demitir ou contratar atletas?
Patrícia fez a escolha pela contratação de uma estrela e se deu muito mal, conforme comprova declaração dela após a contratação de César Cielo:
Já fui ao mercado, que está em ebulição. Agora vou encontrar os patrocinadores e não vou dizer que tem um projeto de trazer um grande nome. Já trouxemos. Vou dizer a eles que o investimento no Fla ficou mais vantajoso.
A nova diretoria resolveu fazer o contrário: primeiro investir na estrutura e trazer gente com competência e credibilidade do mercado para criar uma base para depois contratar atletas de alto nível.
Que o investimento na pasta dure por longos anos e não por capricho de uma ex-atleta que chegou à presidência e quer formar uma equipe do esporte que competiu.
2 comentários:
Não falte com a verdade...tinha patrocinio da gatorade, andré. E será que a nova diretoria com cielo, nicolas e os demais e ainda com o título de campeao brasileiro, nao conseguiria um patrocínio ? Acho que a nova diretoria é cheia de boas intenções,mas cometeu um tremendo bola fora,acabando com a natação que é tradicional do clube. Critico em varios aspectos a gestão anterior,mas os esportes olimpicos foram bem com ela e isso é inegável.Campeaono remo,basquete, ginastica,judô,polo aquatico, nado sicronizado e NATAÇÂO.e campeão na base também nesses esportes todos.
saudações rubro negras
Se tivesse patrocínio para pagar os R$ 3 milhões por ano apenas para a natação adulta, você acha, Marcos Antônio, que acabariam com a natação adulta?
E outra: não dispensaram a equipe adulta por falta de patrocínio ou por não ser autossutentável, se não teriam que terminar com todos os esportes do clube que são deficitários, mas sim porque não treinavam na Gávea. Esse, na minha opinião, foi o fator mais importante e, por agora, não teriam como reverter esse quadro, ao contrário do polo, remo, judô, basquete que estão todo dia por lá.
Repito: não acabaram com a natação, acabaram com o time adulto.
Agora me diga, foram bem em que aspecto? Ela está entregando a natação com três meses de salários atrasados e com uma piscina arcaica.
Me diga: qual a lógica de manter uma equipe campeã brasileira, cujos principais atletas não treinam na Gávea e quem realmente está lá todos os dias não usa uma piscina adequada.
Tem atleta de seleção brasileira postando no facebook que na Gávea eles fazem musculação e sauna ao mesmo tempo, para você ter uma ideia de que não basta "ganhar títulos", ou "irem bem", é preciso que seja construída uma base para que a turma se sustente, uma estrutura para a melhor forma física e uma categoria de base que possa quem se espelhar.
Pela primeira vez estão pensando nos esportes amadores como profissionais. Eu estou botando fé.
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