domingo, 8 de abril de 2012

Estadual 2012: Flamengo 2 x 1 Vasco


Por motivos particulares, infelizmente não vi o jogo. Acompanhar pelo twitter é muito sofrimento, pior que rádio. Lendo os jornais de hoje, Ronaldinho levou nota 7,5 do O Globo. Depois vendo os melhores momentos, vi que deu dois grandes passes: um para Júnior César logo no começo do jogo e depois um para Léo Moura no final da partida, fora o seu gol de pênalti e uma bola na trave em cobrança de falta.

Pra qualquer jogador seria uma boa participação, mas para quem ganha R$ 1,3 milhões e por ser o Ronaldinho, nunca terá um nível de satisfação. É fato que ele pode render mais, é claro que poderia ser melhor, a torcida sabe disso e está exigindo. Seu comportamento fora de campo, suas faltas aos treinos pela manhã só prejudica seu desempenho e piora sua relação com os torcedores.

Já a diretoria nem cogita a hipótese em perdê-lo. Não pelo seu desempenho dentro de campo ou pelo fenômeno de marketing - quatro meses sem patrocínio, mas sim pelas eleições em dezembro. Perder Ronaldinho seria para Patrícia Amorim perder seu maior cabo-eleitoral. Mas é bom ficar de olho porque pode ter efeito reverso.

Ainda mais porque o departamento financeiro tem até 30 de abril para dar publicidade ao balanço referente ao exercício de 2011, sendo que nem o de 2010 foi aprovado. O rombo não deve estar nada bonito. E com certeza só aumentará os ânimos políticos na Gávea.

Voltando ao jogo. É inegável que a volta do Deivid fez um bem danado ao time. Aumentou o volume ofensivo e agora não tem apenas o Love para decidir.

Botinelli que vem caindo de rendimento nos últimos jogos. Tem tido dificuldade para entender sua nova função, agora com Joel. Ora volta para compor uma linha de três volantes, ora cai como mais uma atacante e as vezes joga mais centralizado municiando os atacantes.

Realmente foi incrível a arrancada do Léo Moura mesmo nos minutos finais. Ele precisa ser mais acionado. No jogo de quarta-feira passada, depois do gol não fez nenhuma outra subida, apesar do clarão que estava na direita.

Pensando para quinta-feira, o time não deve mudar: continua com Willians de primeiro volante (não é a dele), Muralha (pouca gente notou, mas, depois das mexidas de Joel, ele deu dois passes perfeitos para Love que infelizmente perdeu as duas chances), Botinelli, Ronaldinho, Deivid e Love.

Vamos ver o que a Libertadores ainda reserva para o Flamengo.

4 comentários:

Unknown disse...

Em relação ao Leo Moura, ele ficou 85 minutos completamente desaparecido, não defendeu, nem passou do meio-campo. Nos últimos 5 minutos, resolveu avançar. Não sei se é orientação, se é insegurança dele. Não dá para entender. Creio que precisamos ter um volante para cobrir a lateral e liberar o Leo Moura de vez para atacar. Defender nunca foi a dele, então temos que usá-lo na única forma que pode render.

Quanto ao Bottinelli, eu gosto dele, pois dá mobilidade ao meio campo, faz a bola girar. Só que essa posição como 3º volante realmente parece atrapalhar, já que ele é muito leve para marcar e não tem arrancada para seguir os atacantes. E, com a total falta de mobilidade do resto do time, fica sem jogada, não tem para quem passar a bola. Nesse caso, talvez o time precise de alguém com mais pernas. Talvez o Camacho, mas ele também fica meio torto jogando mais atrás. Eu prefiro ver os dois mais adiantados.

Miguel Gonzalez disse...

O Flamengo sempre tenta usar o Estadual para esquecer seus micos e fracassos na Libertadores. Foi assim contra o Defensor, o América do México e agora neste grupo ridículo.

Mesmo que o Flamengo ganhasse todos os jogos do Estadual por 10 a 0, não vai apagar a vergonha internacional da Libertadores.

Fora Joel Santana e todos os jogadores que não querem treinar!

Estadual é o cacete!

Ninho da Nação disse...

Obrigado pela informação Ricardo.

Abraços.

Paulo Hora disse...

Foi como o Ricardo falou mesmo, o Ló Moura não estava jogando nada no ataque e no primeiro tempo ainda conseguiu sofrer com o William Barbio, mas ainda bem que este é m Negueba cabeludo.

A nota do Ronaldinho 7,5, que você estranhou é justa. Nos melhores momentos parece que jogou mais do que na verdade. O importante é que dessa vez ele não foi omisso, buscou o jogo o tempo inteiro, acertava, mas errava muito também.

Essa atitude deu mais confiança para os jogadores tentarem jogar com ele. O flamengo roubava a bola e logo davam no pé, no peito, aonde for ele domina né?

Mas sou muito cético ainda, acho que ele é muito muleque. Desde que deixou de ser o showman, que jogava fácil, precisa sempre ser cobrado e pressionado para render. Acho que, como ele nunca passou necessidade na vida e, muito menos, na carreira, pois só jogou em time grande e sendo "o cara", ele não aprendeu direito a valorizar o esforço para conquistar o que seja.