quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Copa do Brasil 2018 - Quartas de Final: Grêmio 1 x 1 Flamengo


Na Libertadores, o Grêmio tinha média de 60% de posse de bola. No Brasileirão, é o melhor com 56%. Jogando em seus domínios e após uma sequência de conquistas importantes, a equipe gaúcha sempre foi temida pelos adversários, que se fechavam em duas linhas de quatro a espera de uma bola.

Porém, do outro lado do campo, também tinha uma equipe que gosta de ficar com a posse de bola, não de forma infrutífera, mas ofensiva, criando oportunidades e agredindo o adversário.

Não poderia dar em outra coisa a não ser o grande jogo que se viu na noite dessa quarta-feira. Um duelo de muita intensidade, marcação forte, triangulações. Típico das duas melhores equipes do Brasil na atualidade.

Foi um Flamengo do jeito que a torcida gosta. A vitória não veio, a classificação ainda não está garantida, mas é unânime que a Nação está feliz e orgulhosa pela postura em campo dos liderados por Barbieri.

O Grêmio iniciou, de fato, a partida melhor. Com uma marcação incrivelmente alta, tentava sufocar a saída de bola Rubro Negra. Porém, o Flamengo não se intimidava. Jogando de forma consciente taticamente e sabendo de sua qualidade ofensiva, chegou três vezes com perigo: Marlos, Cuellar e Rodinei.

Na única jogada bem trabalhada pelos donos da casa, após ótima tabelinha de Léo Moura, a equipe gaúcha abriu o placar aos 37 minutos. O final do primeiro tempo foi o único momento que a equipe da Gávea não se encontrou.

No segundo tempo, quando todos esperavam um Grêmio, que jogou com reserva no final de semana, partindo para cima do Flamengo, que atuou com os titulares, para tentar liquidar a fatura, se deparou com um Rubro Negro amassando o adversário, colocando o tricolor gaúcho na roda, empurrando o atual campeão das Américas em sua defesa.

Mais especialmente a partir dos 16 minutos, após a entrada de Vitinho. O Flamengo teve 67% de posse de bola, finalizou incrivelmente 17 vezes ao gol, sendo nove chutes de dentro da área, com 324 passes contra 171, sem nenhuma finalização do Grêmio, que terminou o jogo com as 14 do primeiro tempo.

A então forte marcação alta do Grêmio não existiu. Era impossível manter o nível de intensidade durante todo o jogo. Esperava-se, de fato, um adversário melhor na etapa final, por ter focado exclusivamente para esse confronto.

O que se viu, porém, foi um Flamengo avassalador na meia hora final de jogo. Não deu oportunidade de contra-ataque ao adversário, antes mesmo da lesão de Everton, que seria a válvula de escape gaúcha.

O empate precisava vir, caso contrário, se ouviria do Renato Gaúcho que tudo foi friamente calculado, que o Grêmio soube sofrer e recuou para preservar seu time da maratona de agosto.

O gol de Lincoln, se antecipando à melhor dupla de zaga do Brasil, acentua a superioridade tática, que tirou o Grêmio da zona de conforto.

A criação da jogada do gol de empate também foi impressionante. O Flamengo teve a frieza e tranquilidade para, nos segundos finais, já nos 48 minutos, girar a bola de um lado para o outro, teve aproximação, triangulação, e o talento do Éverton Ribeiro. E tudo isso sem desespero de erguer bola na área de qualquer maneira. Foi tudo com a bola no chão.

No total, o Flamengo fez apenas cinco faltas. Isto jogando com apenas um volante.

É mérito demais para Maurício Barbieri. Que poderia sim ter mandado a equipe segurar o placar magro para tentar reverter no Maracanã. No entanto, tratou de mandar a equipe pra cima. Terminando com 58% de posse de bola em pleno campo do adversário e 20 finalizações.

Tem torcida que suporta e aceita sua equipe fechar com duas linhas de quatro e jogar por uma bola. A torcida Rubro Negra não. O Flamengo é vocacionado para o ataque, para a pressão, para se impor.

A torcida está feliz!

2 comentários:

Anônimo disse...

André, perfeito, a TORCIDA RUBRO NEGRA ESTÁ REALMENTE FELIZ E ORGULHOSA DO SEU TIME E DO JOGO DE ONTEM, lembrou o Flamengo de muitos anos atrás, o Flamengo que a muito não assistíamos, e concordo com o seu argumento final, não somos torcedores que aceitam o time retrancado jogando por uma bola, eu particularmente acho horrível e covarde equipes que se comportem assim, porém, são escolhas, e temos que aceitar, só espero que esse estilo de jogo não se consagre mais uma vez vencendo o campeonato, pois, só faz com que o futebol brasileiro se apequene, qdo a essência do futebol brasileiro são jogos e equipes como as de ontem.
Ambras estão de parabéns!!!!

Ruy Moura disse...

Finalmente, o Flamengo que queremos ver jogando! que vença esta maratona de jogos e seja o Campeão!