Cielo: "Um risco calculado"

Os fantasmas olímpicos de Vasco e Flamengo no final da década de 90 assustam a muitos, e mais recentemente os salários atrasados do time de basquete e até a ameça de greve do time na estréia do NBB 2008/2009.

O fato é que o Clube está correndo o mesmo risco do final da década de 90, mas dessa vez segundo o Harrison Baptista, diretor-executivo de marketing da equipe da Gávea, é um "risco calculado".

"É por isso que nós estamos correndo um risco ao fechar com atletas antes de termos todos os parceiros definidos, mas corremos um risco calculado. Estamos dando um passo de cada vez e fazendo a coisa de uma maneira em que a receita possa cobrir. Começamos colocando todo mundo em dia, levando o esporte para o momento zero. A partir daí, iniciamos um projeto para decolar. Estamos começando a crescer, mas com um planejamento calculado" afirma Harrison Baptista em entrevista ao site Máquina do Esporte.

O Flamengo trouxe Cielo, Henrique, Nicholas, os remadores Marcelo Silva, Gibran Vieira e Fabiana Beltrame e o lutador de judô João Gabriel Schilitter, mas até agora, não tem nenhum amparo e parceiros comerciais.

"O projeto olímpico do Flamengo é modular. Podemos fechar com um patrocinador máster, por exemplo, que seria um parceiro do clube para todas as equipes de esportes olímpicos. Mas também podemos negociar por modalidade ou agrupar times de acordo com a expressão e o tamanho do esporte"

O projeto do Flamengo apoia apenas sete esportes: judô, remo, nado sincronizado, pólo aquático, natação, ginástica e basquete, contra por exemplo, 30 modalidades que o Vasco apoiou na época. Depois em 2003 a diretoria vascaína cancelou o aporte anual de R$ 17,8 milhões.

Patrícia Amorim tem hoje 4,5 milhões e seu objetivo é chegar a casa dos 12 milhões.


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E além de usar o nome dele buscar novos parceiros, o Fla faz planos para aproveitar contratos que o atleta já possui, é o que informa o site Máquinha do Esporte.

Cielo fechou recentemente patrocínio com o Santander, somando agora a Panasonic, Correios, Arena, TNT. A última do campeão olímpico e mundial foi o acerto com a Visanet, que passou a se chamar "CIELO".

Segundo o site, todas essas empresas poderão associar suas marcas ao Flamengo por conta de Cielo, pois fechou com o nadador um acordo de remuneração mútua para acordos comerciais que envolverem as duas marcas.

Um dos motivos que levou o nadador a acertar com o Flamengo, foi que desde o início a diretoria avisou que treinos e competições serão prioridades para Cielo, ao contrário do Corinthians que seria mais publicitária e menos técnica.

Além disso, ele poderá usar todos os patrocinadores com os quais tem contrato - o clube oferecerá a essas marcas uma associação a toda a equipe de natação rubro-negra.

Sem atrapalhar os treinamentos e o trabalho técnico de César Cielo, o clube Flamengo pretende aproveitar a popularidade do nadador em várias iniciativas, sobretudo o lançamento de licenciados.

"Acho que a marca Cielo é muito importante e tem espaço para a gente pensar em ações promocionais, para usar um termo bem genérico. Obviamente, não queremos nada que possa interferir nos treinamentos ou na performance. Mas temos algumas ações planejadas para ele, sim", contou Harrison Baptista, diretor-executivo de marketing da equipe carioca ao site Máquinha do Esporte.

Como o contrato com o nadador foi formalizado há apenas dois dias, o teor dessas iniciativas ainda é mantido em sigilo.