E o Ninho ganhou essa exclusividade.
Confira:
Após a eleição de Rodolfo Landim, o nome da Patrícia Amorim ficou muito forte para assumir essa diretoria. De que forma existiu o contato contigo e como se deu essa conversa até seu sim?
Foi extremamente simples. Eu estava voltando para o Brasil após um ano no exterior e o Landim me ligou, perguntando se eu topava o desafio de levar os esportes olímpicos do Flamengo a um novo patamar. Aceitei porque achei (e acho) a tarefa fascinante tanto do ponto de vista racional (potencial da marca Flamengo, etc.) quanto emotivo (sou flamenguista, fui atleta do clube e nele passei momentos maravilhosos no passado).
Ainda estamos chegando em março. Nesse tempo de vice-presidência, qual sua avaliação do quadro atual dos esportes olímpicos do Flamengo no que diz respeito à gestão administrativa e estrutura?
Encontrei uma equipe de uma forma geral muito boa e motivada, e modalidades em estágios distintos de desenvolvimento. Quanto à estrutura física, destaque positivo para o parque aquático, mas problemas em outros equipamentos.
O clube, graças às certidões negativas, conseguiu forte investimento via Anjo da Guarda, incentivo fiscal e via Comitê Brasileiro de Clubes. De que forma pretende continuar nesse trabalho de captação de recursos?
Este é um lado importante do nosso planejamento. Queremos aumentar expressivamente o volume captado; diversos clubes com menos expressão que o Flamengo têm obtido recursos incentivados mais vultosos. Para isso, está sendo montada uma equipe de marketing dedicada exclusivamente aos Esportes Olímpicos, com metas agressivas de captação. Uma série de iniciativas estão sendo boladas para incrementar o financiamento via patrocínios diretos e incentivados. Por exemplo, campanhas para trazer para os Esportes Olímpicos patrocinadores com ticket insuficiente para o futebol, e maior presença de nossos atletas olímpicos de ponta nas ações de captação e ativação.
De que forma imagina a estrutura em termos de cargos para os esportes olímpicos para uma efetiva profissionalização?
A estrutura dos Esportes Olímpicos se encontra hoje bastante profissionalizada. As melhorias em que estamos focando agora são em termos de processos, código de conduta para técnicos e atletas, etc.
Marcelo Vido continua à frente da direção executiva. Como foi essa conversa, essa renovação junto ao Flamengo?
A conversa foi extremamente tranquila. O Marcelo concorda com o direcionamento que pretendemos dar, e com as prioridades escolhidas. Em termos macro, compartilhamos a meta de transformar o Flamengo no melhor clube do país no conjunto dos Esportes Olímpicos, através de mais financiamento e aprimoramento contínuo de gestão.
Quais seus planos, suas ideias para os próximos três anos? Onde pretende deixar os esportes olímpicos Rubro Negros?
Nosso objetivo é alcançar a liderança nacional em esportes olímpicos. Para isso são necessários maior financiamento e aprimoramentos na gestão. Estamos desenvolvendo, por exemplo, um projeto de franquia nacional das Escolas de Esportes visando a geração de recursos e a maior captação de atletas para a base.
Um aspecto que achamos importante melhorarmos é a comunicação e feedback dos atletas e pais com relação a nossa estrutura. Para isso, estamos criando comitês de pais em cada modalidade, que se reunirão todo mês com os gestores. Também estamos desenvolvendo uma pesquisa semestral de satisfação com pais e atletas, em App, com o qual obteremos análises estruturadas e rápidas sobre as questões críticas de cada categoria.
Com relação ao CUIDAR, centro de inteligência do esporte que é um grande diferencial do Flamengo, teremos um Portal do Conhecimento no site do clube. Haverá artigos, prestação de contas das ações mensais e informações importantes da medicina, nutrição, preparação física, fisioterapia, fisiologia, massoterapia e cases de atletas que melhoraram desempenho e saúde por meio do CUIDAR.
De que forma avalia o plantel do basquete, o trabalho e o investimento feito?
Depois de uma grande restruturação da comissão técnica e atletas, após um período de grandes conquistas, a equipe foi arquitetada com uma nova filosofia, mas sempre com o objetivo de conquistar todos os campeonatos de que participamos. Já conquistamos o Super 8 (Copa do Brasil), que nos classificou para a próxima Liga das Américas, a partir de outubro/19. A equipe é muito equilibrada com atletas experientes, atletas em fase de desenvolvimento e jovens talentos.
Após a saída da SKY, o clube ainda está sem patrocinador máster forte há três anos. Há alguma previsão nesse sentido? E em termos de renovação do patrocínio via ICMS com a TIM?
Desde janeiro de 2018 contamos com o patrocínio master da Thinkseg e o contrato termina em dez/19. O contrato de incentivo via ICMS está aprovado para a atual temporada e a TIM continua como nossa incentivadora/patrocinadora.
O vôlei está disputando a Superliga Feminina, está invicto e com boas perspectivas de disputar a divisão principal na próxima temporada. De que forma está vendo esse processo? E quais os planos para esse aumento de investimento.
A equipe técnica do vôlei, capitaneada pelo Alexandre, vem fazendo um excelente trabalho com recursos escassos, e esperamos subir para a Superliga A. As meninas estão de parabéns pela postura guerreira em quadra. Se chegarmos lá, serão necessárias ações para a obtenção de maior financiamento, dado que o custo sobe bastante. O objetivo é não só chegar à Superliga A, mas estar entre os melhores do país.
A natação voltou a investir com nadadores adultos no ano passado. O investimento vai continuar?
Sem dúvida. Implementamos neste ano o Núcleo de Natação Fla Barra com um modelo inovador de gestão e parceria junto ao COB. Também contratamos atletas para comporem a equipe júnior, buscando a renovação e integração nas equipes de ponta.
2 comentários:
Ótimo saber que estamos bem representado.
Que saudades do Alexandre Póvoa, muito mais paixão nas respostas.
Postar um comentário