segunda-feira, 1 de abril de 2019

Carioca 2019: Flamengo campeão da Taça Rio


Durante anos o Flamengo foi visto como um time que não conseguia decidir jogos importantes, que parecia não sentir a fervura de uma partida, que era indolente - ganhar e perder tanto fazia.

O que parece estar surgindo agora é uma equipe cujo adversário terá que pagar um preço muito alto para derrotá-la.

Que esses dois últimos jogos (Flu e Vasco) possam criar cascas de vitória nesse time. Milionário sim, de salários altíssimos, com certeza, de grandes jogadores, sem dúvida, mas que não deixa de lutar e jogar com o coração até o final.

Era tudo que a torcida sonhou. A união de forte investimento com jogadores se entregando até o apito final.

Nesse domingo o Flamengo entrou com seu time reserva e vários jogadores da base - 14 dos 20 relacionados, sendo que oito atletas entraram no decorrer da partida, e conseguiu vencer o Vasco nos pênaltis, após o empate em 1 x 1 no tempo normal, para conquistar a Taça Rio.

Com o título, o Rubro Negro enfrentará o Fluminense na semifinal do estadual, com a vantagem do empate. Na outra semifinal, o Vasco enfrenta o Bangu.


O JOGO

A partida iniciou com o Flamengo tomando a iniciativa, buscando triangulações e criou logo de cara uma boa chance. Mas a equipe não fazia uma boa atuação. Arrascaeta apagado, não acertava os passes na vertical e os lançamentos para dentro da área, e os volantes Ronaldo e Hugo Moura em tarde infeliz, contribuíram para um futebol de muita transpiração e pouca inspiração.

Somente com meia hora de jogo o Rubro Negro conseguiu criar a melhor chance, em cabeçada de Thuler.

O Vasco com todos os titulares era medíocre, e ainda teve que fazer duas substituições por contusão, o que só piorou o cenário. O time de Alberto Valentim buscava apoio nos cruzamentos e praticamente César não foi exigido. Mesmo tendo uma leve superioridade na posse de bola, não sabia muito o que fazer com ela.

Vitinho então resolveu chamar a responsabilidade e definir as jogadas por conta própria, arriscando o que é um dos seus pontos fortes e pouco explorado: a finalização. Foram três chutes em direção ao gol: aos 35, 44 e 46 minutos, obrigando Fernando Miguel a realizar ótimas defesas.

No segundo tempo o Flamengo parecia mais agrupado e buscando passes rápidos para chegar ao gol. Porém foi o Vasco que levou perigo e fez César participar ativamente da final pela primeira vez, ao defender belo chute de Marrony, aos nove minutos. No escanteio, na sequência, Tiago Reis cabeceou no primeiro pau, sem qualquer reação de Uribe, que estava na marcação, e abriu o placar.

O Flamengo então se lançou todo ao ataque. Os volantes subiam e erravam bastante, resultando em diversos clarões na defesa, que não foram aproveitados pelo adversário

Em substituição a Abel Braga, Leomir demorou, mas fez as substituições corretas. Aos 40 minutos saiu o zagueiro Thuler para entrada do atacante Bill. E dois minutos depois, por pouco, o Vasco não liquida a partida. Hugo Moura salvou a pátria.

Eis que aos 48 minutos, a ousadia é premiada, e o o jovem Bill, tendo apenas oito minutos em campo e fazendo sua estreia na profissional, cruza na medida para Arrascaeta empatar o jogo e levar a decisão para os pênaltis. Em dois jogos contra o Vasco, é o segundo gol do uruguaio, coisa que Guerrero, por exemplo, não conseguiu uma única vez.

Novamente o rival era machucado com um gol no finalzinho, mantendo a sina de não ganhar do Flamengo, em finais há 31 anos.

Na decisão por pênaltis, desequilíbrio de um Vasco abatido, que já estava comemorando a vitória no tempo normal, e festa Rubro Negra no Maracanã ecoando o grito de "vice de novo".

Com destaque para a defesa sensacional de César na cobrança de pênalti:


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