quinta-feira, 14 de março de 2019

Libertadores 2019: Flamengo 3 x 1 LDU


É muito significativo que o melhor jogo da temporada tenha sido justamente no primeiro jogo em casa na Libertadores.

Pela segunda rodada, o Flamengo derrotou o LDU por 3 x 1 e lidera o grupo 4 com seis pontos.

Esse foi o jogo mais esperado, porque contra o Fluminense o empate era do Rubro Negro. Contra o San José a altitude foi uma grande vilã. Contra o Vasco, time reserva. Dessa vez não. Contra o LDU, com mais de 60 mil presentes, titulares presentes e a obrigação dos três pontos, o time de Abel Braga não poderia jamais jogar esperando o adversário. 

E foi o Flamengo que toda a torcida quer ver. É muito talento, é muito jogador bom para fazê-los atuar visando apenas um contra-ataque e entregando a bola pro adversário.

Os primeiros dez minutos foram os únicos momentos de equilíbrio do jogo. Depois disso o LDU foi completamente amassado sob o comando de Éverton Ribeiro. O Rubro Negro pressionou os equatorianos, sempre trocando muitos passes em direção ao gol e criando várias chances.

Novamente em jogada trabalhada, como já havia sido contra o San José e Vasco, de pé em pé, o Flamengo abriu o placar. Boa movimentação de Diego e passe na medida para Éverton Ribeiro fazer 1 x 0.

O que se viu dali em diante é pra colocar no rol de jogos-exemplos: o time não recuou, não ficou satisfeito com vitória magra e tratou de colocar toda sua técnica em campo.

A equipe Rubro Negra passava dos 70% de posse de bola com trinta minutos, além de sete finalizações. Em certo momento chegou a ter 81% de posse. No entanto desperdiçava todas as boas chances criadas. E quando é partida de Libertadores, perder oportunidades de liquidar a fatura é muito traiçoeiro e o preço geralmente é cobrado.

Em bobeira de Diego, o LDU teve pênalti no final do primeiro tempo. Só que dessa vez tem Diego Alves no gol, que salvou e impediu o empate.

Seria desastroso o Rubro Negro, após um primeiro tempo de gala, mais de 70% de posse e quatro grandes chances perdidas, ir para o vestiário com um amargo empate.

Convenhamos, em outros tempos esse pênalti entraria. Flamengo nunca teve a sorte ao seu lado na Libertadores. Parece que agora mudou.

No segundo tempo o Rubro Negro permaneceu com seu jogo forte, agredindo e não deixando o adversário jogar. Não foi a equipe do primeiro tempo, mas era seguro e consistente.

Dessa vez Arão foi de fato um segundo volante, conforme o mapa de calor:



Ao seu lado Cuellar seguia sendo um monstro. No total foram incríveis 78 passes corretos.



O segundo e o terceiro gol foram semelhantes. Após longa e paciente troca de passes, Arão encontrou Éverton Ribeiro, monstruoso, entre as linhas defensivas, meteu dentro da área para Bruno Henrique escorar e Gabigol fazer finalmente seu gol.

Éverton Ribeiro entre as linhas de defesa do adversário

Quando recebe tem três atacantes praticamente no um x um

O terceiro surgiu em passe de Renê para dentro da área, dessa vez Arão que escorou e Uribe, que havia entrado há 25 segundos, para marcar o terceiro.

Para manter o ritmo e intensidade do primeiro tempo, Abel Braga poderia ter colocado Arrascaeta bem antes, e não aos 40 minutos. Diego fez um bom primeiro tempo, com uma assistência, um gol perdido e ainda cometeu um pênalti. Mas cansou e fez o Flamengo desperdiçar bons ataques com passes altos e desnecessários.

Diego deveria ser o exemplo de seriedade até o apito final do jogo. Porém, resolveu dar um balãozinho na entrada da área. Na sequência, fez falta. Na cobrança a bola sobrou dentro da área e Trauco fez um pênalti desnecessário, com o jogador de costas.

É bom lembrar que em 2012 o Flamengo vencia também por 3 x 0 contra o Emelec com um jogador a mais. O time começou a fazer graça e tomou o gol aos 43 minutos do segundo tempo. E foi justamente esse gol que deu a vantagem do empate que seria do Rubro Negro para o Leon.

É preciso jogar sério até o final.

Nesse imagem é possível ver a imensa superioridade do Rubro Negro (de verde). E não é justo dizer que o adversário é fraco ou deu espaços. Foi o Flamengo que não permitiu o adversário jogar.


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