Carioca 2019: Flamengo 2 x 1 Fluminense

O Flamengo entrou em campo preservando Diego e Gabigol, e não tinha Cuellar e nem Arrascaeta, que chegou poucas horas antes da partida.

O pensamento Rubro Negro está no Peñarol, adversário da semana que vem pela Libertadores.

Já o Fluminense entrou com todos os seus titulares poupados do clássico de domingo, justamente para estarem inteiros nessa semifinal de Taça Rio, que valia muito mais para o tricolor do que para o Rubro Negro, que já tem vaga garantida na semifinal do Estadual.

Tecnicamente o time das Laranjeiras sabe que é inferior, então resolveu superdimensionar o clássico e elevar a uma pressão gigantesca. 

A narrativa seria superar na força e na vontade o rival rico e poderoso. Após vencerem o primeiro Fla-Flu, a tônica na comemoração foi de que dinheiro não entra em campo, que no gramado é 11 x 11.

Só que do outro lado não tem mais jogadores que sentem esse tipo de situação. O Flamengo rico e de contratações milionárias também luta, corre, tem raça e joga com o coração. 

Foi assim que conseguiu a vitória já nos acréscimos jogando com um a menos durante todo os 45 minutos da etapa final. 

Um dos méritos de Abel Braga foi ter aprendido com o primeiro Fla-Flu e não deixado a equipe ficar esperando o adversário atrás da linha do meio de campo. No domingo, fez dois gols assim, e ontem o time Rubro Negro adiantou a marcação para pressionar a saída de bola tricolor, além de tentar recuperar a bola ainda no campo de defesa.

No primeiro tempo a posse de bola era do Fluminense, mas que praticava o fatídico arame-liso, e pouco ameaçava. 

O gol Rubro Negro saiu após um chute despretensioso de Vitinho, no rebote, assistência de Bruno Henrique para Renê marcar um belo gol. 

O Flamengo passou a dominar o jogo e a criar as melhores chances. E novamente perdeu várias ótimas oportunidades, principalmente com Uribe - após roubar uma bola na grande área, e Bruno Henrique.

Eis que minuto final do primeiro tempo, Bruno Henrique faz uma bobagem e é expulso após dar um chute no adversário.

Com um a menos, sem seu melhor e mais desenvolvo atacante, o jogo parecia à feitio do Fluminense, que precisava apenas do empate para garantir a vaga.

Mesmo com dez em campo o Flamengo não se fechou por inteiro e por vezes avançava a marcação para tirar o adversário da zona de conforto. 

Após o empate, o time de Fernando Diniz fugiu completamente de suas características, recuou e entregou a bola ao Rubro Negro. 

E na base da garra e da superação, o Flamengo conseguiu o pênalti no final para fazer 2 x 1, em cobrança magistral de Éverton Ribeiro.

Não foi um grande jogo, mas quem disse que um clássico precisa sempre ser uma aula de futebol para ficar guardado na lembrança do torcedor?

O torcedor Rubro Negro vai lembrar para sempre que seu time estava com alguns reservas, jogando com um a menos o segundo tempo inteiro, contra um adversário que foi poupado justamente para esse jogo, que precisava da vitória e mesmo assim conseguiu o resultado à fórceps, mostrando que não é um time só de cifras milionárias.