Daniel Gonçalves, ex-coordenador científico do Flamengo, cujo cargo ainda está vago |
Com apenas 12 jogos disputados no ano, o Flamengo enfrenta sérios problemas na preparação física dos jogadores.
Escrevi aqui no Ninho que o clube foi referência nos últimos três anos, sendo um dos times com menos jogadores contundidos.
No entanto, em três meses, o Rubro Negro tem sete jogadores frequentando o departamento médico. No ano passado, até março, apenas Arão estava machucado.
Hoje, O Globo e Coluna do Flamengo foram a fundo e trouxeram informações importantes e preocupantes.
No Coluna, é revelado que o clube está sem um coordenador científico, desde a saída de Daniel Gonçalves para o Vasco. Segundo relato do jornalista Venê Casagrande, o coordenador científico é responsável por sistematizar uma comunicação mais efetiva entre as principais áreas da ciência do futebol e também atua no controle de carga, que consiste em criar mecanismos para abordagens mais complexas na preparação dos atletas, envolvendo treinamento mental, físico e cognitivo.
Outro ponto revelado é que Abel Braga está ignorando as áreas técnicas e científicas na hora de aplicar os treinamentos. Um exemplo: na sexta-feira, véspera do jogo contra o Vasco, o Flamengo preparou um treino de 40 minutos com trabalho focado em jogadas de bola parada, visando um menor desgaste dos jogadores. No entanto o treinador ignorou esse planejamento e, por 40 minutos, e fez um treinamento de movimentação e só depois aplicou o que foi preparado. Ou seja, o treino, um dia antes do clássico, durou quase o triplo do previsto.
Coincidência ou não, Vitinho teve uma lesão no adutor da coxa esquerda durante a partida contra o Vasco.
O atleta que chegou na metade do ano passado e, sem pré-temporada, não teve qualquer contusão. Já esse ano, sem atuar todos os jogos e participando da pré-temporada, já se machucou.
Já O Globo informou que os dados de controles de cargas individuais para os jogadores não estariam sendo usados da maneira correta pelos novos profissionais. E que Abel tem realizado treinos longos, vários coletivos durante a semana, prática nada usual no futebol moderno.
Imagina a dificuldade de Abel Braga em entender os dados de um analista de desempenho tático, por exemplo? Complicado!
Mais bizarro ainda é saber que o novo preparador físico, Alexandre Sanz, que havia trabalhado com Marcos Braz em 2009, antes de ser contratado, estava nada mais nada menos atuando em treinamentos funcionais na praia.
É muita mentalidade amadora trazer o amigão que estava treinando funcional na praia pra trabalhar em um esporte de alto rendimento e tendo o maior orçamento da história. Marcos Braz foi bem nas negociações do futebol, mas muito mal nessas escolhas.
Era para o Flamengo ter o melhor staff: os melhores médicos, fisiologistas, preparadores físicos, auxiliares permanentes, analistas de desempenho. Só os tops do mercado.
É preciso corrigir esses absurdos imediatamente, para evitar que a temporada seja jogada no lixo por incompetência na composição dos integrantes da comissão técnica do clube.
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