domingo, 21 de outubro de 2018

Brasileirão 2018: Paraná 0 x 4 Flamengo


O Flamengo iniciou a partida sete pontos atrás do líder Palmeiras. Enfrentaria um adversário que, em que pese ser o atual lanterna, sempre cria dificuldades ao Rubro Negro, especialmente quando joga em sua casa.

Somado ao fato da tradicional crise interna da Gávea, com a recusa do Diego Alves de viajar com a delegação para Curitiba. Evidente que pode se questionar a titularidade do César, mas Alves procurou o caminho mais covarde e injustificável sob qualquer aspecto.

Espero que a diretoria saiba gerir da melhor forma possível, sem perder o jogador.

Sigamos!

Dentro de campo o Flamengo de Dorival continuou seu progresso. Fez 10 gols nas últimas três partidas. Já são quatro jogos sem sofrer gol com o novo técnico. De quebra, a goleada contra o Paraná foi a maior vitória do clube na história dos pontos corridos jogando fora de casa.

Segundo o Footstats, na última três partidas, mais da metade das finalizações do time foram no alvo: 19.

É a mudança mais evidente. Os últimos treinadores do Flamengo se apoiavam muito na posse de bola, na imensa troca de passes, como se essa fosse a principal característica da história do clube. Com Dorival é uma equipe mais veloz, mais intensa, que busca agredir o adversário, que não se satisfaz apenas em ter o controle do jogo.

Outra mudança bastante perceptível é a marcação pressão na saída de bola. Tanto que, à exemplo do clássico contra o Fluminense, novamente outro gol surge após uma rápida recuperação. O campo fica mais curto e enfrenta uma defesa adversária desarrumada.

Fernando Uribe pressionou e recuperou a posse de bola, dando assistência de primeira para Paquetá abrir o placar.

O Paraná, que entrou com a missão de se fechar por inteiro, agora precisaria sair para o jogo e buscar alternativas ofensivas. Porém, não tinha qualquer qualidade para isso. O Flamengo terminou o primeiro tempo soberano com 65% de posse de bola e quatro finalizações.

No segundo tempo, o Rubro Negro viu nos pés de Vitinho suas melhores jogadas. Bem diferente do jogador preguiçoso e sem qualquer reação de alguns jogos atrás. Mais participativo, veloz e consciente de sua importância, foi parar dentro da área para marcar o segundo gol.

Reparem também outra característica: tinham três jogadores do Flamengo lá dentro.

Foi dele também a jogada de contra-ataque para o terceiro gol. Cortou com facilidade para o meio de campo e deixou Uribe na cara para marcar com categoria. Nos últimos três jogos, são quatro assistências e um gol. Contra o Paraná ainda foi o líder em desarmes certos: quatro.

O quarto gol é um símbolo desse novo Flamengo. Movimentação intensa de Diego perto da área, que busca tabela com Uribe fazendo importante papel de pivô. No rebote, Dourado marca o quarto gol para finalizar a goleada.

Por fim, Dorival aproveitou para tirar três pendurados para o jogo contra o Palmeiras: Everton Ribeiro, Vitinho e Willian Arão.

De forma consciente o Flamengo conseguiu manter a diferença para o Palmeiras, preservar seu elenco para a grande partida do ano e o melhor: deixando de ser arame-liso para se tornar goleador e voltando a ter uma defesa segura, que deixou de sofrer gol.

O título é bastante difícil. Talvez se Dorival tivesse chegado umas semanas antes, a chance seria maior.

Nenhum comentário: