quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Flamengo começa a vender ativos que não estavam incluídos no pacote do contrato de transmissão com a TV Globo

Em 7 de abril de 2016 o Conselho Deliberativo aprovou a renovação do contrato de televisão com a TV Globo para o período de 2019 a 2024.

Neste pacote estão inclusos: Tv aberta, fechada e PPV. O blog contou a história aqui.

Atualmente, o Flamengo recebe R$ 170 milhões. A nova divisão para a tv aberta em 2019 será: 40% igualmente para todos os clubes, 30% de acordo com a audiência e 30% conforme a classificação do último campeonato brasileiro. Ou seja, a posição do campeonato desse ano influenciará para a divisão das cotas em 2019. Enquanto isso, muitos clubes cresceram os olhos na premiação da Copa do Brasil e abriram mão do campeonato mais importante do país.

O ganho Rubro Negro será no PPV. Nos atuais moldes, a divisão é feita em pesquisa do IBOPE apenas nas capitais. No novo contrato, as pesquisas serão realizadas também no interior dos estados

Lembrando que pela assinatura do contrato, o Flamengo teve direito a R$ 120 milhões em luvas, que foram distribuídas da seguinte forma: R$ 70 milhões em 2016, R$ 30 milhões em 2019 e R$ 20 milhões em 2020.

A grande novidade é que dessa vez o pacote aprovado pelo CoDe não incluiu transmissão via internet, transmissão internacional e a venda de placas no estádio.

E o Flamengo já começou a negociar por conta própria esses novos ativos. Conforme informou em primeira mão o ótimo site Mundo Rubro Negro, o departamento de marketing do Flamengo fechou um acordo para venda de propaganda estática em jogos do Campeonato Brasileiro.

A empresa, cujo nome não foi revelado, pagará R$ 12 milhões anuais pelo espaço das placas publicitárias do Maracanã em jogos da equipe, pelo período de dois anos. Falta apenas a aprovação do Conselho Deliberativo Rubro Negro para que a parceria seja oficializada.

A CBF quis intermediar para os clubes a venda das placas no estádio, o que daria cerca de R$ 5,5 milhões para cada um. Porém, Flamengo e Corinthians rejeitaram a proposta por entenderem que, negociando de forma individual, poderiam ganhar mais. E ganharam!

Quer dizer, só aí já tem: R$ 42 milhões para 2019: R$ 30 milhões de luvas do contrato assinado em 2016 e R$ 12 milhões pela venda das placas.

Quanto as transmissões internacionais, a CBF, novamente, buscou intermediar a venda. Após concorrência, foi oferecido um valor de R$ 550 milhões por quatro anos, para ser dividido entre os clubes.

Outra vez Flamengo e Corinthians não aceitaram assinar o contrato, até porque outra empresa ofereceu um valor maior: R$ 815 milhões. E já surgem novas empresas querendo entrar na disputa.

E novela continua.

Resta, por fim, a negociação para a venda da transmissão via internet. Que ainda não está sendo discutido, pelo menos publicamente.

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