quinta-feira, 17 de maio de 2018

Libertadores 2018: Flamengo 2 x 0 Emelec


Foram três eliminações seguidas na fase de grupo da Libertadores. E sempre de forma dramática, com gols nos minutos finais. As coisas pro Flamengo nessa competição nunca foram agradáveis.

Para evitar a quarta eliminação, bastava vencer o Emelec no Maracanã. Ou teria que arrumar ponto na Argentina contra o River.

Era nítida toda essa carga emocional sob os jogadores. A pressão para vencer e escapar de uma nova eliminação foi ainda mais sentida quando, por incrível que pareça, o Flamengo conseguiu o seu gol, logo no começo do segundo tempo.

O Rubro Negro, que deveria matar o jogo no contra-ataque, era quem levava os contragolpes.

Com sete desarmes do monstruoso Cuellar, o Flamengo recuperou 34 bolas, recorde dessa edição da Libertadores, no entanto, da maioria das vezes, entregava de bandeja para o adversário.

Era um time nervoso, sem organização para atacar e se defender. Teve momentos que parecia pelada, tamanha as jogadas toscas que aconteciam. Espero que tenha sido mais pelo peso de ser um jogo decisivo de Libertadores do que falta de trabalho tático da comissão técnica.

A bola não parava no ataque, quem pegava já partia para o ataque de qualquer maneira, era só correria. E o Emelec conseguia boas trocas de passes e movimentação que envolviam a defesa Rubro Negra com certo perigo.

O começo de jogo foi todo do Emelec, que parecia mais confortável em campo, impondo uma marcação mais alta e complicando a saída de bola.

Somente por volta dos 20 minutos que o Flamengo conseguiu pressionar e criar as melhores chances. Juan cabeceou duas vezes na trave e Dourado perdeu boa oportunidade dentro da pequena área.

O gol logo depois do intervalo tinha tudo para encaminhar uma boa vitória. Porém, não existe jogo tranquilo quando se trata do Rubro Negro na Libertadores.

Precisando da vitória, o Emelec não se intimidou com a força da torcida no Maracanã e buscava o empate.

A falta que faz o Guerrero é impressionante. Toda bola tocada para o Dourado, de costas para a zaga, era perdida. Não lembro de nenhuma jogada que tenha passado pelo atacante e resultado em continuidade.

Paquetá estava em uma noite ruim, Diego melhorou no segundo tempo, mas o show mesmo foi de Éverton Ribeiro, que assumiu a função de craque do time ajudando na transição e fazendo os dois gols da vitória. Já vem há jogos sendo o melhor desse meio de campo.

Não faltou raça, o time correu muito, lutou até o fim para garantir a vitória. Jonas poderia ter entrado antes para melhorar a marcação. Diego Alves salvou de forma incrível um chute colocado já depois dos 40 minutos. O goleiro ainda tirou uns minutos fazendo cera nos momentos de desespero.

O alívio só veio nos minutos finais, com o gol de falta do Éverton Ribeiro.

A equipe lidera o Brasileirão, está nas quartas da Copa do Brasil e nas oitavas da Libertadores. A parada para a Copa do Mundo será primordial para corrigirem as deficiências desse elenco, especialmente na zaga e um atacante pro lugar do Guerrero, porque Dourado não conta.

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