segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Taça Guanabara 2018: Flamengo campeão


O Flamengo cumpriu sua obrigação e conquistou a Taça Guanabara de forma invicta e sofrendo apenas um gol.

Jogando no Kleber Andrade, a equipe Rubro Negra derrotou o Boa Vista por 2 x 0 e conquistou pela 21ª vez. Em segundo lugar, bem distante, aparece o Vasco com 12 conquistas.

É a realidade do futebol carioca. Mesmo sem grandes investimentos, o Flamengo manteve a base e mantém a imensa superioridade em relação aos seus rivais. O que não significa certeza de vitória, mas a obrigação de sempre estar à frente destes.

No entanto, o foco hoje do Flamengo precisa ser além-Rio. Mais especificamente o dia 27, data da estreia na Libertadores contra o poderoso e super reforçado River Plate, que vive atualmente má fase: em 16 jogos, são sete derrotas e a 19º colocação no campeonato argentino com 28 clubes.

Após três eliminações seguidas na fase de grupo da Libertadores, o principal objetivo da Gávea deve ser a classificação para as oitavas de final. E para isso é preciso romper com os erros da temporada passada.

Um desses já foi vencido: o mono-esquema. Carpegiani aposta no 4-1-4-1, com Cuellar à frente da zaga, Diego com Éverton Ribeiro e Paquetá com Éverton buscando o diálogo, e Dourado na frente.

Outro bom sinal: em que pese ter alguns pontos fracos no time, os fracassados do ano passado, que eram titulares absolutos, foram embora.

É preciso reconhecer que Cuellar não faz a função sozinha e solitária de ajudar na distribuição. Diego por diversas vezes tem sido o segundo volante, sempre do lado oposto ao colombiano.

Hoje o Flamengo é um time que chega com bom número de jogadores ao ataque e força a marcação pressão. É matemático, quando se joga com um volante.

Problemas são dois: a recomposição precisa ser bem feita, principalmente por ter zagueiros lentos, e o time precisa de toques rápidos e triangulações pra fugir da marcação adversária. E pelo começo de temporada, é difícil chegar nesse nível.

No primeiro tempo faltou ser mais agudo, mais vertical, mais ameaçador. É realmente difícil jogar contra um time todo fechado. O Flamengo ainda não enfrentou, e dificilmente encontrará adversário disposto a agredi-lo. Por isso as chuvas de cruzamentos, única alternativa diante de um time defensivo e um meio de campo pouco profundo.

Carpegiani observou bem ao trocar o inofensivo Renê pelo agudo Rodinei. Novamente, o risco de sofrer um revés pela zaga lenta deverá ser bem calculado. No entanto, faltando 45 minutos para o título que era obrigação, não havia realmente outro jeito.

Contudo, faltava o jogador que quebrasse a linha defensiva adversária. E esse cara é o Vinicius Jr. A saída do Paquetá não foi bem entendida. Li hoje que pode ter sido um "castigo" pelo jovem jogador ter prendido demais a bola. Por ser.

Éverton, que não seria meu titular, caiu pelo meio e Vinicius Jr brincou pela esquerda. Ele é abusado, desequilibra mentalmente e taticamente o adversário. A marcação já espera a dobra e o espaço aparece. Quando perde a bola, ainda ajuda na marcação, cerca, pressiona e não deixa o oponente respirar.

O gol saiu com passe dos meias Rubro Negros: Diego, brilhante para Réver, e Éverton Ribeiro, perfeito para Vinicius Jr. Faltava esse jogador que faça o facão para receber o passe vertical.

Foram 20 finalizações, 13 de dentro da área, e o primeiro objetivo veio.

Agora é seguir na busca por acertar o time para o dia 27 de fevereiro. Tanto que Cuellar, suspenso para a estreia, deixou o jogo para a entrada do Jonas, que deverá ser o titular.

A foto que ilustra o post é do ótimo perfil: @1985edits.

Um comentário:

Julio Martins disse...

Cobra coral, papagaio vintém,
vesti rubro negro, não tem pra ninguém!!!