sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Copa do Brasil 2017: Flamengo 1 x 1 Cruzeiro


Na primeira parte da decisão da Copa do Brasil, um empate com gosto amargo pro Flamengo, que abriu o placar, poderia ter marcado o segundo, porém levou um gol quando ninguém esperava. 

Uma das maiores verdades que já li sobre o time da Gávea atualmente é de que não existe jogo controlado pro Rubro Negro. Ontem, quando parecia tudo encaminhado pra vitória, uma falha individual colocou tudo a perder.

Geralmente esperam que a final seja um jogão, com grandes lances, belas jogadas e golaços. Dificilmente tudo isso vai acontecer. Quando se tem então dois jogos para decidir o título, aí que não vai rolar nada disso mesmo.

Jogando em casa, com apoio de mais de 60 mil torcedores, o Flamengo não pareceu em nenhum momento querer decidir o tetracampeão no primeiro jogo. Não subiu a marcação, não pressionou a saída de bola, não sufocou. Tocou muita bola, poucas, no entanto, de forma ostensiva e vertical.

Novamente o adversário veio com o famoso jogo reativo, nova moda chatíssima do futebol brasileiro. Pouca posse de bola, marcação dobrada e a busca por um gol. Teve duas chances e conseguiu acertar uma. Como não se encantar pelo jogo feio de se assistir, mas que tem sido eficiente? 

Afinal, deve ser mais fácil montar uma defesa sólida e segura, o próprio Rueda conseguiu em pouco tempo, do que um time que saiba o que fazer com a bola no ataque. 


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Pela televisão era notório, mas quando se assiste dentro do estádio fica ainda mais impressionante a bizarrice que é o posicionamento do Márcio Araújo. Ele se esconde sim entre os jogadores adversários e consequentemente não participa da saída de bola. É inexplicável entender o porquê de tanta preferência por este jogador. Fica ainda mais difícil de entender como permaneceu de titular o Brasileiro inteiro do ano passado.

Arão e Diego precisaram por diversas vezes voltar para ajudar na transição e faltava gente lá na frente pra dialogar com Paquetá, que se esforçava jogando de costas, mas sem a qualidade do Guerrero, óbvio. 

Por vezes Paquetá tentava puxar a marcação para Berrío e Arão chegarem na área. Diego conseguiu acertar bons lançamentos, mas a cabeçada de ambos não foi precisa.

No segundo tempo o Flamengo só cresceu e ficou perto do gol com a entrada do Cuellar. Arão passou a jogar mais perto da área e a buscar triangulações. Quase marcou após boa tabela com Paquetá. 

Faltou Berrío ser certeiro nos cruzamentos, acredito que não tenha acertado absolutamente nenhum. As jogadas aconteciam, mas ninguém fechava. Arão foi o único que se posicionou bem, porém chutou fraco.

Diante de pouca criatividade, Fábio não ter feito nenhuma grande defesa e um adversário feliz pelo empate, o gol do Paquetá foi um alívio. 

Quando o segundo gol parecia eminente, Arão quase marcou de cabeça, um chute desesperado, pois a defesa Rubro Negra estava toda fechada e o ataque cruzeirense não parecia inspirado, Thiago falhou desgraçadamente e o empate foi um banho de água fria.


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Os dois gols sofridos pelo Flamengo de Rueda foram da mesma foram: chute de longa distância e falha técnica de goleiros diferentes. 

Em outros tempos, os adversários, em todas as jogadas, lançavam bolas na área Rubro Negra contando com a fragilidade defensiva pelo alto. No final da era Zé Ricardo, o time da Gávea era atingido por uma sequência de gols, após passe vertical entre os laterais e os zagueiros. 

Agora não resta dúvida que na partida no Mineirão vão tentar qualquer chute de qualquer distância para aproveitar da instabilidade do goleiro - seja quem for, infelizmente. 

O próprio Thiago Neves confessou que esta foi uma estratégia do Cruzeiro no próprio Maracanã. É bom treinarem e bem o goleiro Thiago, que precisa ser mantido no gol.

É bom também evitar darem espaço. A concentração do sistema defensivo não poderá ter erro.

2 comentários:

Barreto disse...

É uma grande ilusão achar que Flamengo tem elenco para torná-lo favorito em todas as competições que disputa. Atravessou quase todo o primeiro turno sem goleiro e agora não tem goleiro minimamente confiável para jogar a copa do Brasil. Jogar com Rodney ou Pará ainda é admissível mas com os dois aí mesmo tempo é ridículo. Qual jogador do Flamengo que realmente faz a diferença? Diego? Diego tem feito alguns poucos gols mas realmente não tem tido o peso de um grande jogador. Mesmo que ganhe a copa do Brasil o Fla precisa de uma boa reformulação no elenco para torná-lo com elenco que muitos já acham que o Fla tem. Só trocar de técnico não adianta.

José Roberto disse...

Mr. Magoo já largou o osso?

Quando começa a era do profissionalismo no comando do futebol do Flamengo?