segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Brasileiro 2017: Flamengo 2 x 0 Atlético Paranaense


Enquanto todos esperavam um time misto para enfrentar o Atlético Paranaense, Reinaldo Rueda escalou a equipe que conseguiu a classificação para a final da Copa do Brasil, acrescidos de Rhodolfo na zaga e Diego Alves no gol e arrancou uma importante vitória por 2 x 0.

Com os três pontos o Flamengo chegou aos 35 pontos e assumiu a quinta colocação do Brasileiro a 15 pontos do líder Corinthians.

É o quarto jogo sob o comando do Rueda, que acumula duas vitórias no Brasileiro e uma classificação para a final da Copa do Brasil.

O maior mérito é unânime: a defesa organizada e, consequentemente, um Flamengo mais confiante.

No entanto, não é verdade afirmar que Zé Ricardo não organizava o sistema defensivo. Na temporada passada chegou a ser acusado de "atuar recuado, contra o DNA da Gávea". Entretanto, nas últimas atuações a defesa virou uma peneira e, somado ao psicológico de uma equipe abatida, virava presa fácil para os adversários.

Chegou ao ponto do Flamengo levar o mesmo gol por rodadas seguidas, sem o treinador ter capacidade de corrigir. Foi o ápice de um Zé Ricardo preso a suas próprias narrativas, culminando com uma escalação esdrúxula contra o Vitória, quando escalou Arão de primeiro volante e um time ofensivo, que nunca havia jogado junto, e ainda com Trauco na lateral. Completamente suicida.

Fica evidente que a chegada por si só de um treinador novo não seria motivo para um Flamengo mais organizado e confiante. Se não fossem as mexidas na escalação e  mudanças táticas, dificilmente o Rueda teria sucesso apenas pelo motivo do "fator novo".

A entrada do Cuellar, a saída do Trauco e o posicionamento mais agrupado da linha defensiva têm as digitais de Reinaldo Rueda. Além do êxito no estudo do Botafogo em apenas 10 dias, matando os pontos fortes e principais virtudes do adversário, obtendo uma classificação quando muitos apontavam um favoritismo para o alvinegro.

Diego que era figurinha carimbada armando a partida, não precisa de voltar tanto para fazer essa função. E Rodinei, também figura frequente no ataque, só sobe na boa, ficou disciplinado.


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Agora, após arrumar a defesa, Rueda parte para implantar outra sua característica: posse de bola agressiva. Com mais de 60% de posse de bola, o Flamengo fazia uma partida praticamente perfeita, sem ser ameaçado pelo Atlético Paranaense.

É uma posse de bola que procura não ser estéril e muito menos que não acabe em cruzamento, mas que termine em perigo para o adversário e controle do jogo que impeça o adversário de atacar, por óbvio.

No primeiro tempo o Flamengo conseguiu se desvincilhar da marcação por pressão inicial do CAP, graças ao talento de volantes que saem pro jogo.

E não era contra um adversário qualquer. A equipe de Curitiba era a melhor das últimas seis rodadas - cinco vitórias e uma derrota e vivia sua melhor fase no campeonato.

O primeiro gol saiu aos 16 minutos e Arão aos 30 minutos fez o segundo - a letalidade que por várias partidas faltou ao Flamengo.

Berrío seguia sua grande fase e infernizava a vida do Fabrício, faltando apenas ser mais certeiro nos passes. Mesmo assim foi dele a assistência pro gol perdido do Arão e chute rente à trave do Guerrero.

Na tentativa de reverter o placar, o time paranaense voltou com dois novos atacantes: Pablo e Douglas Coutinho. Até pelo cansaço, o Flamengo recuou e chegou a sofrer uma blitz, sem grande susto, mas era um jogo perigoso. Diego Alves não fez nenhuma grande defesa.

As duas linhas de quatro estão mais juntas, não tem espaço entre elas. E os laterais espremidos com os zagueiros. A marcação começa bem depois da linha do meio de campo e entrega a bola para o adversário.

Reinaldo Rueda poderia ter trocado antes. Saiu Berrío para entrada de Rômulo e logo depois tirou Cuellar para entrada de Vinicius Jr. O Rubro Negro respirou e, se foi certeiro no primeiro tempo, poderia ter matado a partida na etapa final se não pecasse tanto na finalização. Willian Arão tropeçou na cara do gol e desperdiçou o que seria o terceiro, e Guerrero chutou rente à trave.

No final foi uma chuva de gols perdidos e ótimas defesas do Weverton, que sempre agarra muito contra o time da Gávea. Rômulo deu uma linda cabeçada para defesa do goleiro. Juan e Guerrero ainda pararam no goleiro, que evitou uma goleada.

3 comentários:

João Paulo disse...

Parabéns ao pessoal do Extra que mostra que pelo menos alguém na imprensa entende de goleiro.

Claudio disse...

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Vamos Flamengo!!!
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E essa Taça nos vamos conquistar!!!

VAMOS FLAMENGO!!!

Barreto disse...

É uma grande ilusão achar que o Flamengo tem elenco para ser favorito em todas as competições que disputa. Um elenco que passou quase a temporada quase inteira sem goleiro e agora não tem um goleiro reserva em condições de jogar com um mínimo de segurança e nem laterais de bom nível. Jogar com Pará ou Rodnei ainda pode ser, mas com os dois ao mesmo tempo? Qual o jogador do flamengo que faz a diferença. Diego? Diego faz alguns poucos gols mas não cria nada. Este elenco precisa ser reformulado para a próxima temporada, se quiser ter um elenco realmente de nível, mesmo que ganhe a copa do Brasil. Não adianta mudar de técnico.