A grande surpresa deste Final Four chama-se: Guaros de Lara. Pela primeira vez uma equipe da Venezuela chega à fase final da Liga das Américas e com boa chance de conquistar o campeonato.
Para saber a visão deles sobre o Final Four, o blog entrevistou o jornalista Francisco Vega.
Confira:
- Qual o clima entre a imprensa venezuelana sobre esta fase final da Liga das Américas?
A imprensa, meios de comunicação e mídia on line no esporte permanecem na expectativa de outro resultado histórico como aquele alcançado pela seleção de basquete da Venezuela, que se classificou no ano passado para os jogos olímpicos. Como a nível de clubes e equipes profissionais não terá alcançado um sucesso significativo para mais de uma década e nunca tinha organizado uma Final Four da Liga das Américas, na Venezuela. É um prazer para o país e Barquisimeto receber três grandes times do Brasil como Baurú, Flamengo e Mogi das Cruzes.
- Guaros vai sediar o Final Four da Liga das Américas, que demonstrou ter grande força econômica e política. Mas foi criticado por ter jogado as três fases da competição em casa. Como vocês e o Guaros estão tratando desse assunto?
A organização de Guaros Lara deu uma guinada desde a chegada de Jorge Hernandez e Luis Sojo em janeiro de 2012. Talvez recebe críticas porque ele não ganhou o título na LPB venezuelano apesar dos investimentos substanciais para melhorar a equipe e dar outro rosto para Domo Bolivariano e expectativas de crescer. A partir do momento que produziu a mudança de propriedade, os novos proprietários foram enfáticos sobre seu desejo de ganhar rapidamente e gerar uma hegemonia e isso tende a elevar críticas. Seus proprietários têm financiado e organizado torneios nacionais da equipe, como o Sul-americano de 2014 ou Sul-americanos desse mesmo ano e agora vai fazer o mesmo no Sul-americanos femininos 2016. A capacidade financeira dos proprietários Guaros para sediar a três do sexo masculino e fases também anda de mãos dadas com os resultados obtidos no campo.
- Guaros na partida contra o Flamengo, perdeu dois lances livres para enfrentar Mogi e não Bauru?
Pessoalmente eu perguntei o treinador Nestor "Ché" Garcia após o jogo na zona mista e me disse para "só queria o relógio estava exausto" e não estava escolhendo rival, mas em nossa opinião, quando Damien Wilkins perdeu tiros, ficou claro que Guaros queria evitar o Baurú e preferiu um rival contra o qual ele já tinha jogado antes, como a Mogi das Cruzes, que ele enfrentou nas semifinais da Liga Sul-americano em novembro de 2015 e contra o qual perdeu 74-64. Nesse jogo que marcou diferenças Tyrone Curnell e Shamell Stallworth. Bauru e Flamengo jogou a final do NBB no seu país e agora é eliminado por um lugar na final. Isso não significa que Guaros têm mais fácil contra o Mogi. A este nível, não há time fraco e para ser campeão não há nenhuma maneira de ganhar duas vezes.
- Qual é a grande força, grandes talentos individuais Guaros?
Guaros deixou de ser uma equipe mais no LPB, para ser um dos melhores desempenhos na defesa desde que chegou Nestor "Che" García em 2014. Foi a defesa que levou ao fim da LPB 2015 contra Marinos de Anzoátegui. No ano passado, a equipe começou a usar o relógio de 24 até o fim para atacar, a bola gira mais para encontrar o seu melhor arremessador localizado e tornou-se menos previsível no ataque. Certamente, então você precisa ter Heissler Guillent, seu capitão e armador lesionado tendão de Aquiles, mas não é uma equipe que depende de indivíduos. Existem várias opções para o lançamento e marcando no ataque, embora seja verdade que desde a lesão de Guillent vieram sobre a mão de importados: Damien Wilkins, Zach Graham e Tyshawn Taylor.
- Ingressos esgotados para o Final Four?
A venda começou na quinta-feira para apreciar os dois dias de competição com os mesmos preços normalmente pagos para jogos da Liga Venezuelana de Basquete, então os fãs terão a oportunidade de vir. Ele até convidou para assistir a torcida da equipe rival Guaros na final da LPB 2015, o Marinos, para acompanhar a torcida do Guaros, procurando mostrar que a rivalidade esportiva é saudável e não deve haver lugar para violência nos tribunais. Guaros é agora o representante da Venezuela, além das cores de cada equipe. O Domo Bolivariano é o cenário com a melhor média de público na LPB e seguro de casa está cheia.
- Em uma possível final contra o Flamengo, qual seria sua estratégia para derrotá-lo?
Se Guaros for rival em uma final contra o Flamengo, acho que Guaros teria que ficar focados 40 minutos no perímetro de defesa, uma vez que é uma equipe com um monte de jogadores de qualidade, incluindo Marcelinho Machado. Flamengo tem quase duas equipes, um monte de profundidade e experiência no banco, anotadores com bom tiro de média, a mobilidade, laterais com grande habilidade e armadores rápidos. Flamengo teve uma porcentagem ofensiva e tiro colisão na primeira metade do jogo semifinal contra a fase Guaros e que foi usada para tirar uma vantagem substancial. A intensidade é o nome do jogo e o Flamengo não vai errar duas vezes. Chegar no último quarto com uma boa vantagem, com a obrigação deles partirem pra cima, daria ao Guaros a chance de vencer, desde que não caia na armadilha de competir com bolas de três. É jogo pra cesta no garrafão e contra-ataque em velocidade. E claro, trabalhando posse, sem desespero.
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