quarta-feira, 4 de novembro de 2015

O sucesso financeiro continua, mas e o futebol? O que farão de novidade após três anos de fracassos dentro de campo?

O Flamengo fora de campo continua bem, obrigado.

No balancete divulgado neste mês de outubro referente aos nove primeiros meses do ano, o Flamengo informa que está sendo “um ano de transição e investimentos fortes nas suas atividades fins para que possa consolidar a partir deste o início de um novo ciclo vencedor no plano esportivo.”

O Flamengo subiu sua receita bruta e líquida, somados os últimos doze meses, e apresentou uma redução de despesas acima dos juros.

O endividamento líquido atingiu R$ 463 milhões, uma redução de 15,9% em relação ao valor de 30/6/2015 e redução de 30,9% em relação ao valor em 31/12/2014.

De 2013 até hoje, o clube já pagou R$ 332 milhões, entre dívidas e juros.

Com o ingresso Rubro Negro ao Profut, o ganho no superávit chegou aos R$ 89 milhões.

(A análise completa dos números pode ser lida no excelente blog do Émerson Gonçalves)

Que vença chapa azul ou verde (as duas únicas chapas com gente séria neste pleito), a gestão financeira continuará progredindo, mas o que esperar do futebol?

Mauro César Pereira, ontem no Bate Bola da ESPN, foi certeiro no comentário: o Flamengo não tem critério para contratar seu treinador - escolhe apenas por oportunidade ou por grife.

Se perguntarem porque querem o Muricy Ramalho, por exemplo, será que vão saber responder? Alguns meses atrás, sabiam porque queriam o Osvaldo de Oliveira? Ou o contrataram porque estava apenas no mercado? E o Cristóvão? É preciso um basta em tratar o futebol apenas com meras oportunidades que surgem.

Quando alguma chapa diz que pretende contratar um treinador estrangeiro: será que conseguem identificar o perfil do candidato? Ou apenas porque chegou à final da Libertadores?

Qual a filosofia que o clube pretende executar no próximo ano? Qual o perfil de treinador? Qual o estilo de jogo que o clube deseja em relação aos jogadores que estão no elenco x aqueles que pretende contratar x aqueles que encaixarão na característica do possível novo treinador? Vai ter novo técnico ou Osvaldo continua? Se continua, fica porque não encontrou ninguém ou porque este se encaixa no perfil desejado?

No episódio na suspensão dos cinco atletas, será que ninguém tinha conhecimento das farras pré-treino? Onde estavam Rodrigo Caetano, Biscotto ou Fred Luz que não enxergaram o clima péssimo no vestiário entre aqueles que queriam colocar o Flamengo no G4 e os que já estavam em ritmo de férias, poucos se importando com a boa receita e visibilidade em uma disputa de Libertadores?

No Corinthians é o Edu Gaspar que faz a intermediação entre diretoria e jogadores. Mas o ex-atleta não caiu de paraquedas: estudou e se capacitou para estar ali. E ainda tem o Alessandro, aquele mesmo ex-lateral e o Eduardo Ferreira como diretor-adjunto. Tudo sob a liderança do Andrés Sanchez.

Tite era conhecido como "empatite", passou um ano fora, se reciclando, estudando na Europa e continuou com suas características de forma uma defesa forte e evoluiu na forma de armar ofensivamente uma equipe, mesmo perdendo sua dupla de ataque titular. E mais: quando ataca é em bloco, quando defende é compactado.

Mesmo com zero de experiência no futebol brasileiro, tentaria contar com a experiência teórica do Leonardo. Contrataria Fábio Luciano, que está se preparando para assumir tal função, para ser o gerente do futebol, fazendo a intermediação entre vestiário e diretoria e sentaria com o Muricy para ver o que ele pretende nessa sua volta ao futebol, o que aprendeu de novidade nessa sua reciclagem de quase um ano e qual perfil de jogadores que deseja trabalhar. Manteria o Rodrigo Caetano apenas por sua experiência em intermediar as contratações, após a triagem do trio: Muricy, Leonardo e Fábio Luciano.

Hoje, nem a chapa azul nem a verde me encanta nesse sentido. Bandeira não dá sinais com quem pretende trabalhar e nem que terá mudanças significativas depois de três anos de rodízio de treinadores, dirigentes, do time brigando por nada nos três Brasileiros e com reforços apenas para o segundo turno.

E Wallim finge que nem passou pela Gávea. Finge que não contratou Ney Franco e esquece que deixou a direção do futebol com o time na lanterna.

Ainda aguardo sinais concretos de ambas as chapas para o futebol e não bravatas em hangouts da vida.

10 comentários:

Anônimo disse...

André

Concordo muito com a sua opinião. Escrevi um post semana passada que tem muito em comum com o que você falou no seu: "O futebol do Flamengo continua manco!"

http://livroanacao.blogspot.com.br/2015/10/o-futebol-do-flamengo-continua-manco.html

Abs.
Marcel Pereira

Anônimo disse...

Andre concordo com tudo o flamengo não tem planejamento por isso ta com um time meia boca

Unknown disse...

Concordo com quase tudo, só discordo de alguns nomes.

Acho que Leonardo tem um conhecimento teórico fantástico de futebol, mas não vejo nele o menor interesse de por tudo o que sabe na prática, de botar a mão na massa. Parece que, na prática, se resumiu a brincar de Banco Imobiliário com o dinheiro lavado dos xeques árabes. Obviamente, se ele quisesse ser o nosso VP de Futebol, pelo menos, traçando as estratégias de estrutura e profissionalização do futebol, seria fantástico, mas, repito, não consigo ver nele qualquer sinal de interesse nisso. Se acostumou a criticar, criticar e criticar. E só.

Quanto ao Fábio Luciano, acho que mais do que o nome, importa muito o perfil que precisamos. Hoje, acho que o Flamengo carece muito de ex-jogadores identificados com o clube e qualificados profissionalmente para duas funções específicas: diretor-executivo de futebol e auxiliar-técnico permanente. Para o primeiro cargo, vejo bons nomes como o próprio FL, Petkovic e Sávio, por exemplo, ao passo que Athirson seria um belo auxiliar-técnico permanente. Poderíamos fazer dele o nosso Milton Cruz. Montar uma estrutura mais sólida, de integração entre base e profissional.

Para o cargo de treinador, acho que já passou da hora de o Flamengo sair do lugar comum. São sempre os mesmos nomes. Não acredito nessas reciclagens de 2 meses na Europa, tirando fotos no Camp Nou, sinceramente. Um curso minimamente sério por lá demora, pelo menos, 1 ano. Hoje, por exemplo, vemos treinadores argentinos, principalmente, mas também colombianos, chilenos e uruguaios espalhados por México, times grandes e médios europeus e muitas Seleções mundo afora. Pouquíssimos brasileiros, pra não dizer nenhum. Isso é um recado: precisamos trazer alguém de fora, com novas idéias, novos métodos. Não que será o salvador da pátria, mas, pelo menos, simbolizará uma tentativa de romper a mediocridade em que nos afundamos.

Uma aposta sólida: Diego Cocca, ex-treinador do Racing. Jovem, atualizado, com campanhas sólidas na Argentina e, inclusive, um título com o Racing depois de muitos anos.

Um nome mais pesado e experiente, embora viável: Alejandro Sabella, 60 anos. Auxiliar-técnico de Passarella por anos, tem uma visão importante de clube, fo icampeão da Libertadores com o Estudiantes, revelou alguns bons jogadores, perdeu o Mundial na prorrogação para o Barcelona. Depois, foi líder das Eliminatórias e levou a Argentina a uma final de Mundial, inclusive, jogando melhor que a toda poderosa Alemanha. Porra, um baita nome disponível no mercado.

Dêem a um cara desses um projeto sério, de médio e longo prazo, de integração de base e profissional, melhor mapeamento do mercado sul-americano, enfim, algo que precisamos fazer, mas nunca fizemos.

André, desculpe o texto longo, mas sou admirador do seu trabalho e achei essa uma excelente oportunidade de expor minha ansiedade com o futuro do Flamengo. Rs. Como você mesmo disse, no discurso, as duas chapas se assemelham demais para o Futebol. Pior: se assemelham na desanimação.

Ninho da Nação disse...

Ruan, é isso que penso do Leonardo: quero vê-lo colocando a mão na massa e saindo da teoria. Pelas entrevistas, ele parece só querer começar a trabalhar quando já estiver tudo perfeito. Não vejo o menor interesse dele em trazer para a realidade aquilo que tão bem diz.

Concordo e muito com o nível de mediocridade dos treinadores brasileiros. Tanto que não temos nenhum em destaque no futebol mundial, absolutamente nenhum! Na semifinal da Copa América todos eram argentinos, nenhum brasileiro.

Quando teve maratona de jogos, domingo e quarta, o time venceu os seis jogos. Bastou o Osvaldo ter a semana livre para o time desandar. Passou aquele intervalo de dias sem rodada do brasileiro, o time voltou pior ainda. São horríveis!

Acho que na Libertadores passada, o Flamengo foi jogar contra um time e o treinador adversário dissecou o nosso elenco em uma entrevista. Eu duvido que o nosso técnico brasileiro sabia dois, três nomes do nosso rival.

Eu acho que chegou a hora de termos um técnico gringo. Que seja bem estudado o nome, conversado e conhecido suas características.

Joanilson disse...

Ruan,

Excelente comentario, concordo com o q você falou, mas tiro o Athirson desse meio, acho q Adilio poderia fazer muito bem o meio de campo entre juvenil e profissional, pois tem uma bagagem, veio de baixo e sabe a linguagem da galera, claro q precisaria de muito apoio, mas imagino ser um bom nome.

Tenho uma preocupação muito grande com uma mudança radical, pois entendo q profissionalismo no mundo do futebol brasileiro não existe e q sofre muitaaaaaaaa resistencia para ser aplicado e nesse MUNDO coloco impressa, diretores, JOGADORES.

Vejo q os jogadores brasileiro gostam dessa farra, de ver tudo errado, pois ganho a grana deles e depois seguem a vida o mesmo para os dirigentes.

A impressa brasileira não vejo diferença entre nenhum canal, todos estão para colocar fogo na fogueira. O caso do Flamengo então, é o time q mais vende jornal, precisa estar na midia por bem ou por mal. Antes da semana de suspensão dos jogadores o Mauro veio falar q o Presidente não falava sobre futebol e caiu de pau nele e vi muita gente concordando com ele, ai o clube resolve suspender 5 jogadores e todo mundo cai de pau pq tomou uma atitude errada.

Acho mesmo q o presidente não tem q falar de futebol, tem q cobrar seus diretos e os jogadores não são diretos dele, entendo q a suspensão foi justa, principalmente depois da fala do Osvaldo.

Acho mesmo q temos q dar o primeiro passo rumo a uma instituição organizada, mas vejo muitas pedras no caminho e muita gente, principalmente torcida caindo de pau.

SRN

Hernandes disse...

Alguém por favor, pode ressuscitar o Carlinhos? É o melhor treinador do Flamengo. Sabe aproveitar a base e sabe lidar com as estrelas.

Falei alguma bobagem? rs.

Joanilson disse...

Hernandes,

Acho q era outra realidade, podemos dizer outro futebol, mas era indiscutível a capacidade que tinha para unir o grupo.

DAVID disse...

Perfeito Ruan, concordo com tudo. Leonardo não tem menor interesse de arregaçar as mangas.Acho o Fabio Luciano um ótimo nome assim como o Petkovit que alem de identificado é um cara extremamente culto.Sempre gostei de nomes estrangeiros e torci muito para o Sampaoli vir pro Flamengo enquanto não era tão valorizado. O problema é colocar um cara desses sem apoio irrestrito e o cara ser engolido pelo elenco como aconteceu com o Jorginho.O Flamengo é o paraíso dos jogadores vagabundos, é um paternalismo desenfreado e todo mundo querendo opinar e brincar de Football Manager dentro do clube. Que mudem o rumo da história e contratem um técnico de qualidade para um projeto longo e mandem embora jogadores ao invés dos técnicos.

o mestre disse...

Quando você fizer amizade com Deus, verá que um Amigo silencioso o está ajudando em todos os setores de sua vida. Nós amamos as pessoas que nos são úteis. Portanto, devemos amar a Deus acima de tudo porque Ele nos é mais útil do que qualquer pessoa. Só Ele pode ressuscitar a nossa alma, libertá-la da ignorância em que vivemos.

Paz e alegria são a voz de Deus. Clame por Ele com sinceridade.

Repita sempre: Deus é paz. Eu sou seu filho. Eu sou paz.

Amém.

Joanilson disse...

Vamos manter Para, Marcio Araujo, Wallace, Emerson, Ayrton, trazer o Juan e ponto, agora o time será melhor....