quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Copa do Brasil 2013 - Oitavas: Flamengo 1 x 0 Cruzeiro


O novo Maracanã finalmente viveu uma noite mágica, uma noite para ficar na história de todo Rubro Negro. Para ser sincero, a ficha ainda não caiu. O gol do Elias aos 43 minutos parace ser um sonho.

O fato é que jogar contra o Flamengo no Mané Garrincha tem um peso, agora, jogar contra o Flamengo no Maracanã esse peso é triplicado. (E nem falo sobre a torcida, mas sim da mística inegável. Foi lá que o Rubro Negro construiu sua história, é lá que tem que jogar).

E foi nesse peso de enfrentar o Flamengo empurrado por um estádio lotado que o Cruzeiro abdicou de jogar. Não foi o mesmo que vimos no Mineirão e que tem jogado no Brasileirão. Sem dúvida de que sentiu a pressão.

Mano Menezes até fez algumas alterações, mas não improvisou e muito menos usou jogadores sem bagagem de jogo decisivo. Tirou González e colocou Wallace e armou três jogadores no ataque: Rafinha, Carlos Eduardo e Marcelo Moreno.

Mas o jogo não engrenava. O Flamengo até tinha posse de bola, controlava o meio de campo, mas deve ser o único time que cria jogadas de linha de fundo e cruzamentos na área e ninguém aproveita. Os lances de perigo eram raros e o goleiro Fábio não fez nenhuma grande defesa.

Moreno brigando entre os zagueiros recebia apenas chutões. Rafinha perdia todas na disputa de corpo. Carlos Eduardo nulo.

O Cruzeiro chegava pouco, entretanto teve o lance mais perigoso, obrigando Felipe a fazer uma defesa confusa na conclusão de Willian. João Paulo ainda salvou uma bola praticamente em cima da linha na cabeçada de Dedé.

No segundo tempo o Cruzeiro não queria mais jogo. Começou cedo com a cera e a abusar das faltas. O Rubro Negro deve agradecer a Deus pela contusão de Cáceres. Foi aí que Mano tirou o volante, colocou Paulinho na lateral direita e Luiz Antônio no meio campo.

O ataque do Flamengo ficou mais incisivo. A maioria das jogadas acontecia pela direita com Paulinho e Rafinha. Elias apareceu dentro da área e deu uma cabeçada perigosíssima. Cadu e Martinuccio tiveram seus gols anulados.

O Cruzeiro nem arriscava mais seus velozes contra-ataques que tanto assombraram a defesa Rubro Negra no Mineirão. Preferiu segurar o empate. Seu treinador ainda colocou Leandro Guerreiro para fechar mais o time.

Em mais uma jogada pela direita, Paulinho saiu-se bem com um giro ainda no campo de defesa. Avançou, tocou para Rafinha, passou e recebeu de volta. Sem fazer o corte tradicional do Léo Moura para o meio de campo, seguiu para a linha de fundo, levantou a cabeça e viu Elias recuando. O passe foi perfeito e Elias fez um belo gol.

O Maracanã veio abaixo. Elias foi aos prantos. A torcida comemorava entre cânticos e lágrimas valentes de um time inferior tecnicamente, mas que acreditou até o fim. Melhor roteiro não há. Em seguida, só precisou de mais seis minutos para comemorar em definitivo.

Obrigado Elias!

2 comentários:

Rafael Sarmento disse...

Avante Mengão!

Elton disse...

Você tinha quer ver como BH amanheceu triste na 5a-feira. Todo mundo já contava como certa a vitória do cruzeiro. Exceto quem é Flamengo, óbvio. Eu sabia que aquele gol entregado pelo Dedé no primeiro jogo não seria a toa.