O estádio dos meus sonhos

Começo o texto já contradizendo o título. Não tenho estádio dos sonhos. Pode vir com Arena Gávea, Ninho do Urubu, Moita da Carniça, Arapuca para Bacalhau... Mil e um projetos para novas ‘casas’ do Flamengo que não cola. Por onde no mundo se encontra tanta tradição e história de futebol quanto no Estádio Jornalista Mário Filho? Não venha me dizer que ‘uimbldei’, ‘campi nôu’, ‘La bombonera’ e ‘SANSIRU’ são mais tradicionais que o Maraca que não são. Digam-me se há lugar mais espetacular no planeta bola para se praticar a bela arte do futebol que não seja o Maracanã.

O que sonho mesmo, não é com um estádio, mas sim, com meu clube e minha torcida podendo mandar e se beneficiar do estádio ao qual tanto fazemos de palco. Já dizia um sábio político. ‘Só a torcida do Flamengo para sustentar o Maracanã’. Claro! Só a maior do mundo pode bancar o maior do mundo.

Quando vejo um outro time qualquer (leia-se Fluminense e Seleção Brasileira), usufruindo de toda magnitude do Mario Filho e tendo a cara de pau de chamar de ‘casa’ o verdadeiro e único templo rubro-negro, é como ver aquele cara que você mais detesta tomando conta da sua casa enquanto você esta fora.

Botando os pingos nos i’s, tradicionalmente a torcida do Flamengo é a única que consegue lotar sozinha as dependências do Maraca em jogos corriqueiros. Se não fosse a torcida rubro-negra, a própria tradição do maracanã seria bem menor, já que ficaria restringida a um jogo de copa do mundo onde ainda por cima saímos derrotados, abertura dos jogos panamericanos e um ou outro sub-clássico do Rio. Com todo esse álibi, é perfeitamente cabível que o Flamengo assuma de vez a administração do Maracanã, visto que Vasco tem o seu Caldeirão, Botafogo o Engenhão e Fluminense tem o..., ah, esse ai nem torcida tem mesmo, então não faz diferença, podemos emprestar a Gávea para eles se quiserem.

Não sonhamos com um estádio e sim com a autoridade. A autoridade de poder meter um belo escudo do Flamengo atrás de cada gol, sendo uma do remo e outra tradicional, dividir a coloração das cadeiras em rubro-negro e sem contar o poder de jogar no Mario Filho sem ‘pedir’ a ninguém, já que é nossa casa de fato e de direito.

SRN

RAH

Por: Siloel Souza de Sena