quarta-feira, 2 de abril de 2008

Altitude, apelo humanitário

A situação esta ficando absurda. Foi declarada ontem um caso de morte no futebol devido aos efeitos da altitude. É impressionante o descaso pela vida tido pelos defensores dos jogos nessas condições desumanas.

Será que a uma simples "vantagem" recebida pelo time local, nos jogos nas alturas, é o suficiente para justificar esse subjulgamento do valor da vida dos atletas?

Os argumentos dos times transcede a uma questionação da vantagem que o fator campo oferece ao time local. Existe um lado humanitário em todo esse caso também. Jogar nas alturas torna o futebol um risco. Um risco que não precisa ser corrido. Será que é tão difícil que autoridades como a Comebol enxerguem isso?

Como a Comebol descarta a decisão da autoridade maior do futebol? E porque a FIFA não pressiona a Comebol para adequear as regras antes que novos casos de óbito aconteçam?

A fraqueza e a demora demonstrada pela FIFA esta sendo vergonhosa. Mas nada foi mais vergonhoso do que aquele médico de Potosí. Um homem que é formado para salvar vidas, que tem um compromisso com o ser humano, como ele pode tentar omitir a morte do atleta? Como ele pode abafar uma situção que fazem pessoas morrerem em seus leitos de hospital?

É... São muitos fatos revoltantes. É impressionante como as coisas só mudam quando acontecem na frente dos nossos olhos. Isso um dia com certeza vai mudar. Mas provavelvente nesse ínterim, teremos que recolher mais alguns corpos, sem vida, do meio dos gramados, devido ao total ignoração dos fatos.

Onde cairá a próxima vítima? Potosí, La Paz? Ou quem sabe, Cuzco...

Nenhum comentário: