segunda-feira, 7 de maio de 2018

NBB 2017/18 - 3° jogo da semifinal: Flamengo 71 x 64 Mogi


O Flamengo sobreviveu. Jogando no Rio o Rubro Negro venceu o Mogi por 71 x 64 e levou a quarta partida para São Paulo, que será disputada no sábado, às 14h.

Na temporada 2015/2016 o time viveu a mesma situação. Foi para o interior paulista precisando da vitória para não encerrar a série. No lance final, toco do Marquinhos em cima de Larry Taylor para garantir a vitória: 93 x 91 e a quinta partida confirmada no Rio. No Tijuca, vitória Rubro Negra por 79 x 75 e a classificação para a final fechando a série por 3 x 2.

Não foi um bom jogo na Arena Carioca: o time esteve nervoso, errando ataques simples, desperdiçando chances de abrir frente, caindo muitas vezes na correria do Mogi, mas graças à individualidade de Olivinha e Marquinhos o Flamengo garantiu a vitória.

Olivinha anotou 20 pontos e apanhou 13 rebotes. Marquinhos, ainda longe do seu melhor jogou, anotou 17 pontos e distribuiu oito assistências.

JP Batista e Varejão fizeram um jogo ruim, bem abaixo das atuações da fase regular.


O JOGO

Olivinha carregou o Flamengo no primeiro quarto. Foram 13 pontos dos 18 anotados pelos donos da casa, além dos quatro rebotes. A postura Rubro Negra era diferente, além de finalmente realizar uma boa defesa nessa série, e o time da Gávea venceu o primeiro período por 18 x 17.

No segundo período o jogo não fluiu, especialmente porque Marcelinho falhava miseravelmente nos dois lados da quadra. José Neto só voltou com os titulares no minuto final. Na linha de três o Mogi era certeiro e o Flamengo foi para o vestiário vencendo por 38 x 35.

No terceiro quarto finalmente o Flamengo conseguiu abrir frente, com boas jogadas de Marquinhos e Varejão: 45 x 37. No entanto, após uma série de equívocos, chutes forçados e falhas defensivas, o Mogi encostou: 52 x 49. Na sequência, Ramon salvou com uma bola de três e JP Batista acertou uma cesta: 57 x 50.

No quarto final era bola para Olivinha e Marquinhos. A vantagem caiu para 57 x 54, mas Marquinhos matou de três para aliviar a pressão e conduzir o Flamengo para a importante vitória: 71 x 64.

Valeu pela garra, disposição, porém nem de longe lembra o Flamengo que jogava o fino durante a classificação. Vai precisar de muita bola para empatar a série lá em Mogi.

13 comentários:

João Paulo disse...

A defesa do Mogi foi até melhor nesse jogo do que no anterior. A diferença colossal foi a defesa do time que estava preste a terminar a temporada, permitindo apenas 64 dos visitantes contra 83,5 dos dois primeiros jogos, vinte pontos a menos. Inacreditável. Acreditável, no entanto, é que o Flamengo consiga ganhar o título jogando assim, mesmo com idade muito elevada. É só querer muito e o treinador não atrapalhar.
Sou fã do Marcelinho, pra mim ele jogaria mais umas 10 temporadas, mas não no clube da Gávea.
O JP repete a temporada passada, ou seja, num ritmo mais ameno da fase regular ele deita e rola, principalmente no ataque. Nos ritmos pauleiras das decisões ele cai no ataque e é inoperante defensivamente.
Mas o Neto quer muito ele e o Marcelinho em quadra, ele deixou o pivô 25 minutos contra 14 do Varejão e Rett.
Reparem que até os jogadores do Flamengo no banco dão lições no José Neto.
Mesmo diante desse quadro eu to botando fé.
Mudando um pouco de assunto, o armador venezuelano Cubillan na série até aqui tem: 2,6 pontos, 1,3 assistências.
Alguém sabe dizer por que o Ricardo Fischer está fazendo uma tour pelo Rio? Terceira vez que ele é flagrado na Arena Carioca. Será que nos dez meses que ele morou na cidade ele não teve tempo?

Barreto disse...

João Paulo, concordo totalmente como os seus comentários sobre o JP. É uma pena que ele apresente esse declínio na fase decisiva porque o Varejão também não está bem e fica muito tempo fora pelo grande número de faltas.
Quero fazer mais duas colocações.
1)Muita gente quer o Pilar em quadra mas precisa saber se ele também quer. No penúltimo jogo ele jogou 3 minutos e cometeu 4 faltas.
2) Aproveitando o que disse o João Paulo sobre o Ricardo Fischer, preciso dizer que não tenho a menor dúvida entre ele e Cubillan, caso realmente não tenha nenhuma restrição médica.

Barreto disse...

A contratação de um jogador pode parecer muito boa no momento em que ela acontece, mas pode não dar certo. Este é o caso do Cubillan.

João Paulo disse...

Gostaria muito de saber informações precisas sobre o Georginho de Paula, ex Pinheiros e Paulistano, que atualmente defende o Rio Grande Valley Vipers, conveniado dos Rockets na NBA. Ala armador de 2,06 de 21 anos. Sei que ele assinou um contrato de risco. Pra mim seria disparado a melhor opção viável pra posição dois no time do Flamengo.
Sobre o Ricardo Fischer, tem 28 anos, não conta como estrangeiro e ganha em real - em tempos de câmbio a R$ 3,50.
Riscos em relação a contratações são inevitáveis, contudo, quanto mais o perfil for diferente como estrangeiros por exemplo, menos probabilidade de acerto.
Mesmo considerando que o Fischer chegou ao Flamengo depois de 8 meses de inatividade e que depois desse período ainda contundi-se mais duas vezes, ainda assim considero decepcionante. Depois que ele voltou a atuar na primeira semana de fevereiro até o final da temporada 2017, ele poderia ter jogado um pouco melhor. Talvez além das contusões, a cabeça já estava na Europa. No entanto, sinceramente, não vejo opção melhor.
Queria muito ver um time do Flamengo sem estrangeiros e bem rejuvelhecido.
Acredito muito que o Flamengo traz a série de volta pro quinto jogo na terça.

Antônio Neto disse...

A queda de rendimento do Cubillan e do JP chamam bastante a atenção mesmo, mas antes de descarta-los eu esperaria para ver o rendimento deles nos demais confrontos, pois até mesmo o MVP do campeonato tá sofrendo com a marcação dos caras.

Sobre o decorrer da série, o que me preocupa mesmo é o José Neto, até o momento podemos dizer que ele tá tomando um puta nó tático do Guerrinha, e olha que considero o Guerrinha um técnico super comum.

Anônimo disse...

Gosto muito do Jimmy do mogi, ta jogando muito na serie, marca demias, cresce nos momentos decisivos. Acho que seria uma otima oopção para o Pilar e o salario deve ser baixo.

Barreto disse...

Antônio Neto,

JP fez uma ótima temporada e acho, inclusive, que ele deve ser mantido no elenco para a próxima. O caso de Cubillan é completamente diferente, porque na maioria dos jogos foi irregular, mesmo durante a fase classificatória. Jogador estrangeiro, na minha opinião, precisa fazer a diferença ou pelo menos ter um nível técnico bem elevado. Por este motivo não não manteria nenhum dos 3 estrangeiros atuais, independente dos resultados que estão por vir.

DAVID disse...

JP desequilibrou vários jogos a favor do Flamengo nessa temporada. Injusto avaliar ele apenas por essa série. Nenhum jogador foi bem nesses 3 jogos principalmente nos dois primeiros.Me pareceu muito amadorismo o Flamengo não ter se preparado para o que Mogi iria fazer e que todos sabiam que era forçar muito na defesa. Já tinham feito isso no ultimo jogo contra o Caxias e o Caxias não andou.Realmente os gringos embora tenham melhorado no meio da temporada não desequilibram e Ramon não foi bem nessa temporada inteira.

Antônio Neto disse...

Barreto, eu gosto muito do JP e também acho que ele teve um grande desempenho na fase regular, porém eu tenho dúvidas sobre o futuro dele, não sei se ele aguenta mais 1 temporada em alto nível. Acho que o Flamengo deve avaliar bem o rendimento dele daqui a diante, ver se ele aguenta a intensidade das partidas contra o Mogi e quem sabe contra o Paulistano também.

Sobre o Cubillan, até a série contra o Mogi achei o rendimento dele bem aceitável, mas não é um jogador que irei lamentar caso saia na próxima temporada.

Barreto disse...

Antônio Neto,

Acho o JP um grande pivô que tem uma técnica apurada e foi, neste NBB, o melhor de todos sem dúvida. Certeza mesmo que ele pode jogar mais uma temporada em alto nível eu não tenho, mas espero que isto possa ser realmente bem avaliado. Quanto ao Cubillan, acho que a contratação parecia muito boa, mas não deu certo. Acho muito arriscado apostar nele novamente, quando já podemos constatar outras opções bem melhores com jogadores brasileiros que já atuam no NBB. Não podemos nos contentar com jogadores estrangeiros que não fazem a diferença. Não renovaria também com Rhett e nem com Ramon por motivo ainda mais contudente: não fazerem a diferença e além disso são apenas razoáveis e bastante irregulares.

Barreto disse...

Corrigindo um erro no meu comentário anterior : a palavra correta é contundente.

João Paulo disse...

O time base do Flamengo (que entra em quadra) tem média de 33 anos. Sendo que, os dois jogadores que mais entram e ficam em quadra são o Marcelinho (43 anos) e JP Batista (37), fazendo com que essa média ainda aumente consideravelmente. Grave é que esse quadro já se apresentou exatamente assim na temporada passada e comissão técnica e diretoria, deve ter ignorado, já vista, montou um time mais munheca velha ainda.
É nítido que a equipe jogou com toda vontade possível, contudo, o físico dos caras não aguenta o ritmo paulera dos playoffs.
A tônica do basquete brasileiro tem sido a defesa e isso já faz tempo. É por isso que jogadores argentinos como o Walter Hermmann e o Marcos Motta com tantos recursos técnicos não viram a cor da bola por aqui, sendo que na Argentina e até Espanha eles conseguem jogar.
É o segundo ano seguido que o Flamengo conta com o elenco mais caro do país e não leva nada, esta última temporada, o agravante é que nem final o time chegou.
No torneio início no Peru o Flamengo não fez a final, depois veio o Rio-Minas, cuja final foi entre Minas e Vasco, eliminação na segunda fase da Liga Sul Americana e por último o bronze no NBB.
Uma outra coisa que também chamou bastante a atenção nesta temporada, foi o início catastrófico do time. Um trabalho tão fraco assim no início não passa impune ao longo da temporada. Tem que ser rigorosamente avaliado, ver o que deveria ter sido feito e não foi, pra que não se repita agora no início da próxima.
A tendência é que a cada ano a temporada fique mais competitiva, que a supremacia de elenco do Flamengo faça menos a diferença. Temporada que vem deve ter o Corinthians forte, já pensaram se o trabalho deles no basquete for igual a do futebol?
Eu já estou vendo os caras falarem que a temporada não foi toda perdida porque o Flamengo fez a melhor campanha da primeira fase, só que isso não cola mais porque fica cada ano mais evidente a diferença considerável da fase de classificação para os playoffs.
Eu queria que o time ficasse em 12º na fase de classificação e depois vencesse todos os jogos dos playoffs.
Se isso não colar, vão botar a culpa nas redes sociais é claro.

Barreto disse...

João Paulo,

Concordo com quase tudo que você disse, inclusive com a observação sobre o Walter Hermann que realmente foi engolido pelas defesas adversárias, apenas discordo de você com relação a comparação entre esta temporada e a anterior. A anterior ainda foi pior porque o Fla não chegou nem nas semis.

Não gosto de fazer comentários contaminados pela paixão após as derrotas e por isso fico a vontade para confirmar o que já disse há algum tempo: não renovaria o contrato de nenhum estrangeiro do elenco atual.
Sobre o José Neto, o considero um bom técnico embora apresente dificuldade para intervir positivamente com instruções durante os jogos. Todavia, a sua principal deficiência está na montagem dos elencos, principalmente na captação de jogadores estrangeiros. Considerando tudo isso e também o próprio desgaste da sua permanência prolongada no clube, considero que o melhor mesmo é a sua saída. Contudo, José Neto está longe de ser considerado um fanfarrão, como alguns dizem e,muito pelo contrário, sua postura é sempre politicamente correta com entrevistas inteiramente evasivas, que são características inteiramente opostas às praticadas pelos fanfarrões. Chamá-lo de técnico incompetente é muito mais adequado do que considerá-lo um fanfarrão.