quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O drible do deboche contra o Flamengo

Eis a declaração de Rodrigo Caetano em junho de 2017, pouco mais de quatro meses atrás, sobre uma possível contratação de goleiro:


Em julho, um mês depois, o diretor executivo do Flamengo anunciava Diego Alves.

Não bastou a eliminação da Libertadores, as inúmeras falhas durante o Brasileiro e a Copa do Brasil para que a cúpula do futebol mudasse o rumo e procurasse um substituto à altura para a posição.

Por grande infelicidade e, novamente, falta de planejamento, o Flamengo vai para dois jogos decisivos, que vão ditar o rumo para a próxima temporada, sem seu principal goleiro, e tendo à disposição o péssimo Muralha, Thiago, voltando de contusão, e César, que não joga há dois anos.

O Rubro Negro poderia já ter encaminhado sua vaga na final da Copa Sul-Americana e arrancado os três pontos contra o Santos. Agora, não se classificar para a Libertadores ficou muito mais factível.


Só o fato do Muralha ter ousado uma tentativa de drible dentro da pequena área já demonstra o nível de deboche com a torcida, com o clube. Depois demonstrou uma má vontade e lerdeza impressionante para fechar o ângulo do Ricardo Oliveira.

Antes, pela Primeira Liga, contra o Paraná, pediu para a barreira abrir e levou um gol de falta no meio da rua.

Beira o inacreditável que Muralha ainda seja tratado como opção e tenha viajado para a Colômbia. Bem capaz de ser titular.

A falha nos dois gols, o "pode chutar que entra", já está sendo amplamente divulgado pela imprensa de Barranquilla. Podem esperar que o Atlético Junior vai tentar chutar de todos lugares na quinta-feira.

O ambiente no Flamengo é de tão pouca cobrança, tão desalinhado dos anseios da torcida, que o goleiro contestado se viu corajoso o suficiente para tentar um drible dentro da área porque sabe que nada vai acontecer com ele.

Da mesma forma que contra o mesmo Santos na Copa do Brasil, Vaz tentou um drible dentro da área, a bola foi para linha de fundo e no escanteio o time paulista marcou seu gol. E continua de titular, sendo visto como opção.

4 comentários:

João Paulo disse...

A situação no Flamengo pra chegar a Libertadores agora, lembra muito a situação da última rodada na fase de grupos da mesma competição neste ano. O Flamengo foi pra Argentina enfrentar o San Lorenzo e havia 8 combinações pro Flamengo se classificar, no entanto, apenas uma era provável (do Atlético-PR perder ou empatar com o Catolica fora de casa). A situação agora é bem parecida, porém, um pouco pior. Na Sul Americana o Flamengo tem que passar pelo Junior e depois pelo Independente. No Brasileiro é bem pior, pra se garantir na pré Libertadores tem que vencer o Vitória fora de casa (perdeu no 1º turno em casa por 2x0), isso pra não depender dos 4 adversários cujos jogos serão todos mamão com açúcar. O jogo contra o Santos era tudo, caso o Flamengo vencesse, com os três pontos mais a derrota do Botafogo, estaria matematicamente classificado pra pré Libertadores. Mais uma vez, falhas dos goleiros proporcionaram fracassos em momentos decisivos que custam muito caro ao clube, custaram na verdade a temporada inteira. Será que vale a pena esse negócio de defender um atleta em relação ao interesse coletivo? Defendem o Muralha, Vaz, Araújo, Gabriel e quem é defende os interesses do Flamengo?
Sobre o Anderson Varejão, ele só deverá responder as propostas daqui a duas semanas e dificilmente aceitará contrato que o impeça de sair na janela de fevereiro. A proposta do Franca é semelhante a do Leandrinho, ou seja, R$ 250.000,00 mensais, sendo que a do Barbosa ele pode sair em fevereiro.

Barreto disse...

Saiu um comentário absurdo em um blog flamenguista de basquete descrevendo que enquanto as derrotas se resumiam ao basquete, ninguém dava importância. Foi necessário que o futebol colecionasse vexames para que a torcida finalmente percebesse que o Flamengo deixou de ser um clube esportivo para virar uma mera instituição financeira, onde planilhas e boletos são mais importantes que vitórias e títulos.

As coisas aconteceram, durante a gestão atual, de maneira totalmente inversa.

Na realidade, as derrotas se resumiam ao futebol porque o basquete ganhava quase tudo e se houve má performance no basquete isto passou a ocorrer a partir do final do último NBB, enquanto o futebol continua acumulando vexames há 5 anos.

Quem solta um comentário como este só pode ser tendencioso.

Quanto ao comentário do João Paulo sobre o Leandrinho, li hoje que o contrato dele com o Franca só permite que ele saia com alto valor de multa a ser paga pelo clube interessado em contratá-lo.

Barreto disse...

A direção do futebol na gestão EBM é uma lástima. Por isto mesmo, estabelecer paralelo entre esta direção e aquela que comanda o basquete é totalmente descabida e só pode vir de práticas tendenciosas contra quem dirige o basquete e que têm origem em motivações alheias ao esporte.. Não há outra explicação, basta recorrer aos resultados nas duas modalidades durante estes últimos cinco anos.

João Paulo disse...

Multa do Leandrinho alta? Deve ser igual aquela que o Benite pagou ao Flamengo.
Ví que o Flamengo irá pagar os 18 milhões pelo Cirino e imaginar que é o exato valor recebido pelo lateral Jorge. É como trocar o Jorge pelo Cirino, e como se não bastasse ainda jogaram dinheiro fora com o Renê e Trauco, fora o principal, que é a perda técnica. Os manés se desfizeram de um dos dois maiores destaques do time no brasileirão passado e acharam que resolveriam mole a substituição. Isso é bem revoltante, dá pra ter uma noção bem expressa que como não manjam rigorosamente nada de futebol. Quando o Jorge foi vendido eu critiquei até não poder mais na época porque sabia que o Flamengo não conseguiria repor nem a pau. E muito difícil o um jogador atuar bem no Flamengo (ao contrário do Corinthians) quando isso ocorre não dá pra desfazer do atleta assim sem mais nem menos.