Já são quatro partidas sem vencer - três clássicos, com quatro empates. Semelhante à reta final do campeonato brasileiro, quando o Flamengo passou por imensas dificuldades e perdeu a disputa com o Palmeiras.
Não é por acaso que muita gente acha que a forma (desgastada) da equipe jogar continua semelhante ao final da temporada passada.
O primeiro tempo contra o Vasco foi horroroso: muitas faltas, poucas jogadas de perigo e sem agressividade no ataque.
Zé Ricardo novamente tentou Mancuello pela direita, de forma inócua. O argentino não ajudou na marcação e muito menos no ataque. Não encostava no Guerrero e nem caía pelo meio. Nenhum dos goleiros fez uma única defesa. Sem o Vaz, que virou referência em saída de bola (!!!), o Flamengo enfrentou dificuldades e o Vasco tentou aproveitar desses erros.
Diego se desdobrava: foi volante, meia e atacante. Voltava para fazer a transição, buscava o passe mais qualificado na vertical, porém só foi feliz nos minutos finais, quando Arão entrou livre pela direita.
Mapa de calor do Diego: presente em todo o campo (Via Footstats) |
O Flamengo voltou mais ligado e disposto a decidir o jogo logo no começo do segundo tempo. Na primeira jogada, Gabriel chutou fraco. Com a marcação avançada, o Rubro Negro encurralava o Vasco na defesa. Guerrero encontrou liberdade na entrada da área e fez Martin Silva fazer grande defesa. Arão teve chance de marcar seu terceiro gol seguido de cabeça, mas cabeceou fraco em cima do goleiro. Rodinei também chutou de fora e quase marca.
Parecia que o gol seria questão de tempo. Zé Ricardo finalmente tirou o argentino para entrada do Berrío, visando aumentar a pressão. Foram criadas algumas boas jogadas com o Rodinei pela direita, mas aos poucos o Vasco foi esfriando a quentura da Gávea.
A melhor notícia da noite foi a boa atuação da dupla Réver e Donati, que ganharam todas. Foram firmes no desarmes e nas bolas aéreas.
Réver é junto do Diego e Guerrero o jogador mais importante e regular desse time. Seu contrato se encerra em junho, torcemos para que não deixem o zagueiro escapar.
Márcio Araújo foi melhor do que Arão, que segue como titular absoluto de forma inexplicável. Entretanto, fica evidente que o futebol do Flamengo passou a declinar com a saída do Rômulo.
O Flamengo chega ao jogo decisivo contra o Atlético Paranaense organizado defensivamente, mas pobre e previsível no ataque. Para quarta-feira não pode acontecer o quinto empate seguido.
Por jogar com os pontas, o time sofre pelo desempenho ruim destes. Não há um driblador, um que tenha bom chute, só velocistas. Acredito em melhoras apenas com Vinicius Jr, Lincoln, e ainda com Conca e Ederson, para a segunda fase da Libertadores e o Brasileiro.
Sem isso, o ataque dependerá muito de habilidades individuais de Diego e Guerrero para o jogo mais importante do ano até agora. Espera-se que a atmosfera e o clima de final antecipada faça o desempenho da equipe melhorar e ganhar o jogo.
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