sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Maracanã fecha 2014 com prejuízo. Por que os clubes foram alijados do negócio?

A reforma do Maracanã custou mais de um bilhão do bolso do contribuinte. O consórcio formado pela Odebrecht, IMX e AEG venceu a licitação tendo como obrigação investir R$ 594 milhões em reformas e mais R$ 5,5 milhões anuais durante 33 anos.

Entretanto o contrato foi revisto e o governo impediu a demolição da área do Parque Aquático Júlio de Lamare e o Estádio de Atletismo Célio de Barros, que dariam lugares a estacionamentos e um complexo de lazer e lojas a serem explorados pelas empresas.

O consórcio alega prejuízo de R$ 50 milhões e pode entregar o estádio para o poder público até o final do mês.

Por outro lado, o consórcio também não cumpriu sua parte e vendeu menos da metade dos camarotes. E agora o problema virou que o "futebol carioca não sustenta o novo Maracanã".

Será mesmo?

Como sustentar, se no maior público do Flamengo em 2014 contra o Grêmio o consórcio abocanhou mais de um milhão em despesas, sendo mais de R$ 600 mil em despesas operacionais e aluguel do estádio?

Como sustentar quando uma reportagem da ESPN revela gastos de milhões no Maracanã com amigos e cartolas? Um levantamento feito mostra que as empresas escolhidas para a prestação de serviços como segurança, limpeza, orientação de público e colocação de grades são de pessoas ligadas a políticos do Rio ou da Federação de Futebol do Rio, a FERJ.

Não estão satisfeitos? Devolvam o Maracanã ao governo. Que os clubes possam dessa vez, já que na licitação passada foram proibidos de competir, chamados para juntos estudarem uma melhor saída.

Por que os clubes não podem montar uma empresa para administrar o Maracanã, contratando prestadores de serviços via licitação menor preço e, no dia de realização do jogo, o clube sendo o responsável por todos os gastos no estádio?

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