terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Com o reconhecimento de 87, é hora de aguardar as escolhas de Patrícia Amorim

Bom, é fato que Ricardo Teixeira não tomou a decisão de reconhecer 87 porque leu o pedido do jurídico do Flamengo e aceitou as tais novas considerações. 

Um detalhe, saiu hoje no Lance, na edição impressa, que um torcedor chamado Rafael Fontelles, fez um artigo de quatro páginas de forma voluntária e entregou esse material ao jurídico do Clube e que esse documento teria sido importante para o reconhecimento da CBF.

Sinceramente, está claro que por mais que o Flamengo tenha feito um documento pedindo o reconhecimento do título brasileiro de 87, a decisão não tem outro interesse, a não ser ter a Patrícia Amorim como aliada.

Como o PVC bem disse ontem, agora depende de como a presidente do Flamengo encarou essa decisão, ou como um presente, e agora fica devendo favor ao Ricardo Teixeira, ou como um direito de fato.

Devemos ter algum sinal mais claro na reunião de amanhã, onde sentarão na mesma mesa Hélio Ferraz e Juvenal Juvêncio - imagina só o constrangimento, ainda mais depois da liminar que o Flamengo conseguiu para o São Paulo devolver a Taça das Bolinhas para a Caixa.

Por enquanto não está caracterizado um acordão entre Flamengo, Corinthians, CBF, Traffic.
Com certeza o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff, vai apresentar também seus presentes para a Patrícia, afinal, ninguém quer perder o Flamengo como aliado e ela faz parte da vice-presidência.

Agora cabe a diretoria ver aquilo que for melhor para o próprio Flamengo.

Eu não tenho tanta certeza que o rompimento com o Clube dos 13 seja a melhor opção. Claro que tudo agora pesa e virou uma espécie de questão honra não sentar mais na mesma mesa que Juvenal Juvêncio, mas acima de tudo, até mesmo da Taça das Bolinhas, está a disputa pelo contrato de televisão.

Não vejo grande vantagem em formar um Clube dos 7 e vender só alguns jogos na TV aberta por ano no Brasileirão, visto que
um jogo só é transmitido com autorização dos dois clubes. Por mais que seja a TV Globo, a campeã de audiência, não sei se teria tanta divulgação assim e até complicaria em fechar o patrocínio máster.

E por outro lado, tem a Record. A emissora trata o futebol dessa forma: no sábado a Record fez umas quatro reportagens sobre o Andrés Sanches, com denúncias, críticas, mas não porque a Record preza pelo bom jornalismo, jornalismo investigativo, mas simplesmente porque a o presidente do Corinthians virou um rival da emissora do Bispo Macedo nas negociações..

Eu não levo a menor fé na Record. Pode até pagar mais, pode bancar os R$ 500 milhões pelas transmissões na tv aberta, mas veja o que aconteceu no
Campeonato Catarinense de futebol, segundo o blog do Erich Beting que optou por trocar de emissora, baseando-se na oferta financeiramente mais vantajosa e na promessa de que o jogo disputado nas noites de meio de semana começariam às 20h, exatamente como agora. Oferta aceita, começou o torneio e percebeu-se que a Record, que havia vencido a concorrência, não tinha retransmissora no interior do estado, limitando as transmissões à cidade de Florianópolis.

Eu espero que, da mesma forma que Patrícia Amorim não se deixou levar pelas pressões, chantagem e sedução de Ricardo Teixeira durante a  agoreleição do Clube dos 13, não troque agora esse súbito reconhecimento, por um favorecimento a Globo ou um acatamento sem discussão dos desejos da CBF. Espero mesmo, que ela pense agora, apenas no melhor do Flamengo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Acho que a Taça de Bolinhas deve ir p/ o Santos!
e na minha opinião o clube dos 13 já acabou a muito tempo!!!

Miguel Gonzalez disse...

1) O Clube dos 13 perdeu força quando aumentou seu quadro social de 13 para 20 clubes. Diversos clubes médios entraram, como Goiás, Portuguesa/SP e Coritiba. Com todo respeito, não podem estar no mesmo grupo de Flamengo, Corinthians e Palmeiras.

2) Torço pelo fim do império da Globo no Futebol. Que venha a Record e outras!