"Em momento algum da última coluna escrevi que o Flamengo jogou dopado a final da Libertadores — ou em qualquer outra vez.
Para falar do comportamento exemplar de Andrade, recordei, apenas, a única vez em que foi expulso, naquele jogo memorável em Montevidéu, onde surgiu uma folclórica história, contada pelo ex-presidente Dunshee de Abranches.
Segundo ele, alguns jogadores do Fla, revoltados com a violência sofrida na partida anterior, em Santiago do Chile, pensaram até em tomar o remédio Pervitin (que lhes estaria sendo oferecido pelo ator e apaixonado rubro-negro Carlos Eduardo Dolabella).
Na hora H, entretanto, o que todos receberam foram placebos (comprimidos inofensivos) e, portanto, jogaram — e ganharam — absolutamente limpos.
O que chamou a atenção foi a destemperada reação do normalmente calmo Andrade, que acabou expulso, por uma entrada violenta, levando Dunshee a concluir, em tom de gozação, que ele acreditara na história dos comprimidos.
Zico entendeu o que eu disse. Mas ficou magoado porque, segundo me afiançou, em longa troca de emails, a história é fantasiosa e ele jamais aceitaria tomar qualquer coisa.
“Renato, é verdade que todos nós estávamos revoltados, após o jogo em Santiago.
Principalmente, o Carpegiani (o técnico), pois o estado de alguns jogadores no dia seguinte àquela partida era, mesmo, de deixar qualquer um mais raivoso que um pitbull (Lico tinha a orelha dilacerada e Adílio, o supercílio aberto, pelas pedradas covardes do chileno Mário Soto).
Por causa disso, ainda no Chile, fizemos uma reunião somente entre nós jogadores e concluímos que a raiva era a única coisa que poderia nos tirar o título. Tínhamos que continuar fazendo o que fizéramos até aquele momento — jogar bola. Não faria sentido estragar tudo por vingança. E quando chegamos no Uruguai todos já estavam de cabeça feita.
O que aconteceu com o Andrade (expulso, no final do primeiro tempo, quando o Cobreloa já jogava com dez), acontece com qualquer um. E ele foi repreendido pelo time inteiro.” O Galo garantiu também que Carlos Eduardo Dolabella (já falecido) não ofereceu nada aos jogadores: “Pela amizade que tínhamos, jamais deixaria que fizesse isso. Sou amigo da família. Adoro a Pepita e os filhos, que peguei no colo.
Até hoje nos encontramos, na nossa casa ou na dela.” Finalizando, assegurou: “Convivi anos com o Dr. Célio Cotecchia e não acredito que ele nos oferecesse algo estranho. Nem mesmo remédios inofensivos. Não participei de nada disso e acredito que nenhum jogador participou. Aquela equipe não aceitaria tal expediente.
Vencemos com o futebol que Deus nos deu.
Foram viagens incansáveis, enfrentamos altitude, ”homem da mala“, polícia no campo etc e sempre respondemos jogando bola.” Isso ninguém duvida e sequer foi posto em xeque.
Mas, como queria Zico, aí está a sua palavra.
O sórdido e-mail que o presidente licenciado do Flamengo me enviou (e depois mandou distribuir, pela Internet, a jornalistas e sócios do clube) é prova cabal de que, além da saúde comprometida por recente cirurgia no coração, Márcio Braga não tem mais equilíbrio para dirigir os destinos do clube rubronegro.
Nem merece resposta. E causa piedade. Dele e, principalmente, do Flamengo, que nos últimos seis anos agoniza sob sua catastrófica administração, cujo ponto alto foi convocar a imprensa, em janeiro, para dizer, pateticamente: — Acabou o dinheiro! E não foram ele mesmo e seus pares que, irresponsavelmente, o dilapidaram? "
Para falar do comportamento exemplar de Andrade, recordei, apenas, a única vez em que foi expulso, naquele jogo memorável em Montevidéu, onde surgiu uma folclórica história, contada pelo ex-presidente Dunshee de Abranches.
Segundo ele, alguns jogadores do Fla, revoltados com a violência sofrida na partida anterior, em Santiago do Chile, pensaram até em tomar o remédio Pervitin (que lhes estaria sendo oferecido pelo ator e apaixonado rubro-negro Carlos Eduardo Dolabella).
Na hora H, entretanto, o que todos receberam foram placebos (comprimidos inofensivos) e, portanto, jogaram — e ganharam — absolutamente limpos.
O que chamou a atenção foi a destemperada reação do normalmente calmo Andrade, que acabou expulso, por uma entrada violenta, levando Dunshee a concluir, em tom de gozação, que ele acreditara na história dos comprimidos.
Zico entendeu o que eu disse. Mas ficou magoado porque, segundo me afiançou, em longa troca de emails, a história é fantasiosa e ele jamais aceitaria tomar qualquer coisa.
“Renato, é verdade que todos nós estávamos revoltados, após o jogo em Santiago.
Principalmente, o Carpegiani (o técnico), pois o estado de alguns jogadores no dia seguinte àquela partida era, mesmo, de deixar qualquer um mais raivoso que um pitbull (Lico tinha a orelha dilacerada e Adílio, o supercílio aberto, pelas pedradas covardes do chileno Mário Soto).
Por causa disso, ainda no Chile, fizemos uma reunião somente entre nós jogadores e concluímos que a raiva era a única coisa que poderia nos tirar o título. Tínhamos que continuar fazendo o que fizéramos até aquele momento — jogar bola. Não faria sentido estragar tudo por vingança. E quando chegamos no Uruguai todos já estavam de cabeça feita.
O que aconteceu com o Andrade (expulso, no final do primeiro tempo, quando o Cobreloa já jogava com dez), acontece com qualquer um. E ele foi repreendido pelo time inteiro.” O Galo garantiu também que Carlos Eduardo Dolabella (já falecido) não ofereceu nada aos jogadores: “Pela amizade que tínhamos, jamais deixaria que fizesse isso. Sou amigo da família. Adoro a Pepita e os filhos, que peguei no colo.
Até hoje nos encontramos, na nossa casa ou na dela.” Finalizando, assegurou: “Convivi anos com o Dr. Célio Cotecchia e não acredito que ele nos oferecesse algo estranho. Nem mesmo remédios inofensivos. Não participei de nada disso e acredito que nenhum jogador participou. Aquela equipe não aceitaria tal expediente.
Vencemos com o futebol que Deus nos deu.
Foram viagens incansáveis, enfrentamos altitude, ”homem da mala“, polícia no campo etc e sempre respondemos jogando bola.” Isso ninguém duvida e sequer foi posto em xeque.
Mas, como queria Zico, aí está a sua palavra.
O sórdido e-mail que o presidente licenciado do Flamengo me enviou (e depois mandou distribuir, pela Internet, a jornalistas e sócios do clube) é prova cabal de que, além da saúde comprometida por recente cirurgia no coração, Márcio Braga não tem mais equilíbrio para dirigir os destinos do clube rubronegro.
Nem merece resposta. E causa piedade. Dele e, principalmente, do Flamengo, que nos últimos seis anos agoniza sob sua catastrófica administração, cujo ponto alto foi convocar a imprensa, em janeiro, para dizer, pateticamente: — Acabou o dinheiro! E não foram ele mesmo e seus pares que, irresponsavelmente, o dilapidaram? "
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É claro que nesse caso eu fico com Zico. Se Zico falou, está falado. Não teve remedinho nenhuma, história que Dunshee de Abranches sempre contou, e infelizmente o jornalista caiu.
Seria mais justo o Renato admitir que errou, que confiou em uma fonte nada confiável.
2 comentários:
PAULO FERNANDES NUNES
NITERÓI/RJ
TRICOLOR DAS LARANGEIRAS
RENATO POR FAVOR ME AJUDE
André Rizek é o apresentador de um dos muitos programas de esporte do CANAL38/39 da SKY, programa com selo do Sistema Globo de Produções chamado “ REDAÇÃO SPORTV”, que acontece todos os dias das 10 às 11:30, que forma uma mesa com convidados de comentaristas esportivos, tais como: contigo carlos Cereto, Telmo zanini, Luiz Carlo Jr. e outros.
Só que o programa é interativo, ou seja, nós participamos do programa, OCORRE, QUE O RIZEK SOMENTE INFORMA O TWITER DEIXANDO DE FORA TODOS QUE UTILIZAM E-MAIL.
POR FAVOR, PEÇO A GENTILEZA DE ME INFORMAR O E-MAIL PARA TAMBÉM PARTICIPAR DO PROGRAMA OU ELE É SOMENTE PARA QUE GTEM TWITER?
Paulo
RENATO ME AJUDE, FAÇA COM QUE O RIZEK E OS OUTROS APRESENTADORES INFORMEM TAMBÉM O E-MAIL PARA QUE POSSAMOS PARTICIPAR.
Gratíssimo,
PAULO FERNANDES NUNES
NITERÓI/RJ
TRICOLOR DAS LARANGEIRAS
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