segunda-feira, 18 de março de 2019

Governo do Rio rompe contrato de concessão do Maracanã


Em coletiva na manhã dessa segunda-feira, o governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel anunciou de forma surpreendente o rompimento do contrato de concessão do Maracanã.

A publicação será feita no Diário Oficial do Rio de Janeiro e, a partir daí, o consórcio terá 30 dias para deixar o estádio.

Dívidas na casa de R$ 38 milhões, pedido dos clubes, abandono do completo esportivo e envolvimento da Odebrecht, principal acionista, na Lava Jato foram os motivos alegados pelo governador.

Todos os contratos com os clubes estão anulados. Será estruturado um modelo de operação que envolverá o estado, a FERJ e os clubes.

Em novembro do ano passado, após ser eleito, o governador afirmou que o estádio deveria ser administrado pelos clubes:


Em janeiro desse ano, voltou atrás e acenou pela continuidade do consórcio na administração do Maracanã:


Agora, pelo visto, o governador retomou à consciência e fez o que já deveriam ter feito há muito tempo: era injustificável manter uma empresa comprovadamente envolvida em fraudes e propinas, conforme dito pelo próprio ex-governador, Sérgio Cabral.

Desde 2017 já é de conhecimento das negociatas, via delação premiada, envolvendo até o órgão que deveria fiscalizar as contas do estado, o Tribunal de Contas do Estado.

A partir de agora, dois pontos: a ver de que forma o consórcio irá reagir. Lembrando que foram várias as vezes que os administradores do estádio reclamaram de que não era lucrativo manter o consórcio. E de que forma os clubes poderão participar de uma possível gestão do Maracanã.

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