segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Estadual 2019: Flamengo 2 x 1 Bangu


Mais de 46 mil estiveram presentes na estreia do Flamengo no campeonato carioca contra o Bangu. Números impressionantes, e que deixam claro que a torcida voltou de vez a frequentar o Maracanã e também vive uma ansiedade pela temporada que só está começando.

Todos os reforços contratados, aqueles que ainda estão por vir, a base mantida, tudo isso gera grande expectativa. O problema é achar que, por ter gasto milhões em reforços - que ainda nem estrearam, por ter uma folha salarial alta, vai sair goleando todos os adversários que ver pela frente.

Após poucos dias de treino, nem era para os titulares estarem em campo. É o preço que se cobra por um calendário maluco, onde se queima uma etapa importante da preparação e a torcida cobra um time ainda longe das melhores condições físicas e táticas.

As inacreditáveis vaias ao Vitinho foram um exemplo dessa pressa por resoluções em período curto de trabalho. E olha que o jogador nem fez uma partida ruim e muito menos errou tudo que tentou. No um contra um ele fez bons dribles, e conseguiu bons passes, desperdiçados por seus colegas. Óbvio que errou alguns cortes quando veio para o meio, prendeu a bola em alguns momentos, mas longe de ser uma catástrofe. Essa cobrança exagerada é muito mais quando se ouve "o jogador de 10 milhões de dólares" do que por seu desempenho em campo.

Após o gol de surpresa logo no início, por pura falta de atenção, o Flamengo pressionou pelo empate. Já o merecia, quando o pênalti foi assinalado corretamente. Porém, na origem da jogada, a bola já tinha saído na linha de fundo. Fato que não foi visto pela auxiliar de linha de fundo, que foi envolvida na disputa.

O jogo virou ataque contra defesa, com o Flamengo tendo quase 70% de posse de bola, finalizando 24 vezes, sendo 10 certas. Foram ainda 20 assistências para finalização.

Será corriqueiro: um ou outro adversário ousará enfrentar o Rubro Negro de igual para igual. A grande maioria irá entregar a bola ao time da Gávea e este terá a missão de transformar superioridade na posse de bola em gols, coisa que há muito tempo o Flamengo não consegue fazer e deixa de finalizar jogos com facilidade para torná-los dramático e torna uma atuação aceitável em questionável simplesmente porque não consegue fazer gol!

Ao contrário dos espaços que teve nas duas partidas da Flórida Cup, Uribe, nesse estilo de jogo, corre risco de ficar engolido entre os marcadores se não conseguir criar suas próprias jogadas ou participando das triangulações pra quebrar a defesa. Alerta para Gabigol.

No campo, Diego foi um dos melhores. Acelerou o jogo na hora certa, fez a transição, deixou de prender a bola e conseguiu boas triangulações. Mostrou que pode ser muito útil ao time.

Problema segue na segunda volância, com Arão de titular, que, por muitas vezes, deixa a defesa completamente aberta e parte pro ataque como se fosse o minuto final da partida. Vai ser um dos pontos vulneráveis da temporada.

Outro ponto: Quando saiu Vitinho para entrada do Thiago Santos e Éverton Ribeiro para entrada de Pires, empurrando Arão pro ataque - já que Berrío segue sem condições, a partida acabou aí. Faltaram jogadores no meio de campo. Caso Diego saia, o Flamengo só contará com Arrascaeta, constantemente convocado para defender sua seleção, nessa posição. O que viraria um problema sério.

São apenas as primeiras impressões de um trabalho que se inicia, com novos reforços, mas ainda com vícios da temporada passada que precisam ser corrigidos.

Abel terá a semana livre pra trabalhar com os titulares visando o clássico no final de semana contra o Botafogo, que perdeu por 3 x 1 para o Cabofriense. Contra o Resende, na quarta-feira, o time será o reserva. O que faz muito bem.

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