domingo, 22 de janeiro de 2017

Basquete e futebol: as derrotas do Flamengo nesse sábado

Um sábado de derrotas: no NBB, o basquete perdeu para Franca na prorrogação por 83 x 80, e no primeiro jogo oficial do ano, em amistoso fora de casa, o futebol foi derrotado pelo Vila Nova por 2 x 1.


No Tijuca, após ótimo triunfo contra o Mogi fora de casa, o Flamengo entrou em quadra com os desfalques de Marcelinho, Humberto e Fischer e deixou a vitória escapar, mesmo iniciando o quarto final com dez pontos de vantagem: 57 x 47.

Nos segundos finais, JP Batista ainda teve dois lances livres para abrir cinco pontos, mas perdeu as duas oportunidades.

Era Marquinhos quem deveria ter recebido a bola à espera da falta, e não ele ter cobrado na saída.

O armador Coelho, que até então havia errado as cinco bolas de três que tentou, matou no estouro do cronômetro e empatou a partida: 70 x 70, sem ninguém ter cometido falta.

Foram muitos erros nos lances livres pela equipe da Gávea: 21/36, apenas 58% de aproveitamento.

Na prorrogação o Flamengo ficou atrás durante os cinco minutos, conseguindo o empate nos segundos finais com dois lances livres de Olivinha, mas novamente Franca achou outra bola de três, e desta vez foi para garantir a vitória: 83 x 80.

Marquinhos terminou como cestinha com 21 pontos. Olivinha segue com regularidade incrível, terminando com 19 pontos e 12 rebotes, mais um duplo-duplo. E Rollins fez boa estreia: em 26 minutos foram 10 pontos e oito rebotes.

Terça-feira o confronto será contra o Bauru, também no Tijuca.



No futebol, em amistoso disputado no Serra Dourada, o Flamengo foi derrotado pelo Vila Nova por 2 x 1.

Zé Ricardo optou pelo Mancuello na ponta direita, mas o que se viu em campo foi um Rubro Negro parecido com o de 2016. No começo do jogo manteve a posse de bola, o argentino conseguia construir algumas boas jogadas, boas inversões, porém a execução sempre culminava com cruzamentos infrutíferos pra área.

Exatamente como terminou o Flamengo no final da temporada: muito passe, sem profundidade, sem força ofensiva, sem marcação adiantada, com Guerrero sempre isolado.

O Vila Nova foi melhorando, parecia bem mais disposto e, apesar do começo da temporada, fazia o jogo do ano contra o maior clube do país e com transmissão ao vivo pela televisão. Passou a bloquear as jogadas pelos lados e conseguiu um belo gol, após falha na marcação da entrada da grande aérea. Poderia ter ampliado com uma bola na trave logo depois.

A cratera na entrada da área continua. Os volantes avançam demais, chegam a participar da armação de forma contundente, e os zagueiros não sobem, não acompanham para encurtar o campo. O atacante veloz que cai nesse vácuo entre zagueiros e volantes, se dá muito bem.

Para o segundo tempo, Zé Ricardo colocou os onze que estavam no banco. O time parecia mais leve, com boas participações de Trauco pela lateral. Mas foi pelos pés do Adryan, pelo meio, que deu bela assistência para Damião empatar.

Na sequência, novamente Trauco encontrou Damião dentro da área, que furou. Wallyson, pelo contrário, não furou e marcou mais um golaço.

Daí em diante só deu Vila Nova e o Flamengo não reagiu em momento algum.

Zé terá a missão de deixar o velho time de 2016 para trás.  Todavia, o elenco permanece o mesmo. Se por um lado é bom pela continuidade, por outro chegou apenas um reforço para o time titular: Rômulo, e em outras posições a deficiência continua, ou seja: ainda conta com jogadores limitados e que já vão para cinco anos de Flamengo sem apresentar um futebol decente, como é o caso do Gabriel.

Ainda é necessário pelo menos dois atacantes que deem profundidade e força ofensiva à equipe. Falta pouco, entretanto, não adianta trazer um Marcos Guilherme, por exemplo, apenas por ser uma "oportunidade de mercado" ou por ser "sem custos". Vai ser preciso gastar para trazer quem faça a diferença.

8 comentários:

Unknown disse...

Não vi o jogo contra o Vila Nova, mas fico triste de pensar que o time continua com o mesmo 4-3-3 travado e apenas com cruzamentos sem sentido.
No basquete, jogamos mal os dois primeiros quartos, mas nao deixamos Franca desgarrar. Jogamos um excelente terceiro quarto,mas erramos muito no último, nem parecia que nosso time era experiente, bastava fazer falta no momento certo e ficar com a bola.
Rollins fez uma boa estréia, é exatamente o jogador que esperávamos. Ele se abateu muito depois que levou um toco numa enterrada, mas foi muito boa estréia. Marquinhos, Olivinha e Ramon jogaram bem, mas Mineiro errou tudo e Lelê esteve muito mal.
Com três desfalques, dois jogadores errando tudo e mesmo com pouco mais de 50% nos lances livres, poderíamos ter ganho o jogo. Faltou cabeça nas últimas posses do tempo normal; faltou cabeça ao Neto, pois levou uma técnica no final do jogo e começamos com lance livre e posse de franca; faltou cabeça ao Rollins quando sofreu uma falta do Coelho (que a arbitragem nao deu), e revidou (aí sim a arbitragem deu).
Mesmo com todas as dificuldades, poderíamos ter ganho o jogo. Fica a lição e a sensação que ganhamos uma mistura de Meyinsse com Renato Abreu para ajudar na rotação.
Paulo Jr.

Cadu Rollo disse...

É aquilo que falei recentemente.

Temos que avaliar se poderemos de fato contar com Fischer e Humberto, porque se não podemos, ficamos nessa situação. Qualquer um que precise ficar fora de um jogo nos deixa numa situação complicadíssima.

Ainda sim, com tantos desfalques, podemos ganhar de qualquer um (como ganhamos de Mogi fora). Mas fica claro que ficamos expostos também a perder praticamente qualquer jogo.

Complicado.

De quakquer forma, muito bom ver o Marquinhos jogando bem e chamando a resposabilidade, muito bom ver como o Olivinha é espetacular. E por fim, e talvez o mais importante, muito bom ver a estréia imponente do Rollins. Jogou muito e deixou uma ótima impressão. JP que se cuide rsrs.

Vida que segue, mas ainda acho importante que seja avaliado a questão física de Fischer e Humberto. Não adianta Fischer voltar semana que vem e depois parar por mais 1 mês. Não vai funcionar.

Pedrinho e Lelê são jogadores que podem somar ao elenco, mas não serão protagonistas ainda nesse ano. Então é complicado ter que começar o jogo com um deles de titular e o outro ser o principal nome na rotação do perímetro.

Acho muito arriscado.

Cadu Rollo disse...

Com relação ao futebol: jogo fraco. Foi quase inútil esse amistoso de pré-temporada. Serviu apenas pra nos mostrar o mesmo filme que já vimos no final da temporada passada.

Fica só mais evidente que precisamos MUITO ainda de reforços pro ataque.

Não adianta se enganar agora, começar a pegar Boavista, Madureira... ganhar bem os jogos e achar que ta tudo bem. Não está.

Não adianta começar o ano com Gabriel e Cirino e achar que vai dar certo.

O time no papel está bem estruturado em todas as posições, menos no ataque no lado do campo. É a única posição em que temos que focar. Precisamos de gente nova e que chegue de sola pegando a posição, e não um emergente qualquer de um time pequeno que vamos torcer pra dar certo.

Mais um ano de Libertadores, não podemos cometer os mesmos erros de outrora.

Barreto disse...

Os comentários do Paulo Jr relatam o que realmente aconteceu.
Gostaria apenas de fazer duas colocações e perguntar como isso pode acontecer em sequência:

1) Com 9 segundos para o término da partida, com o Fla vencendo por 3 pontos, não é admissível que o Marquinhos seja o jogador indicado para repor a bola em jogo.

2) Com 5 segundos restantes do último quarto , com o Flamengo vencendo pelos mesmos 3 pontos, não é também admissível que o Fla não faça falta ainda na quadra do adversário.

O Flamengo fez de tudo para perder o jogo e conseguiu.

Barreto disse...

Cadu Rollo

Mesmo que houvesse grana não haveria mais prazo para inscrever qualquer jogador neste NBB.

O Fla terá que se virar com este elenco até o final da competição. Mesmo com as limitações no elenco o Flamengo,ontem, tinha o jogo na mão. Cometeu dois erros primários em sequência no final do jogo (conforme relatei no meu último comentário) e por isso perdeu o jogo.

Cadu Rollo disse...

Perfeito, Barreto.

Já havia falado aqui no blog essa mania do Neto. Nunca esquecerei que ele fez isso naquela semi de Liga das Americas que perdemos pro Halcones no Maracanãzinho. Na jogada final precisávamos de apenas 2 pontos, quem bateu o lateral??? Marquinhos, simplesmente o melhor jogador a atuar no Brasil nos últimos sei lá, 6 anos pelo menos.

Na pior das hipóteses o Marquinhos tem que estar em quadra nessas situações pra chamar a marcação pra ele, e nisso deixar alguém livre pra cesta fácil.

Com ele batendo a reposição, não temos nem um, nem outro... As defesas agradecem essa genialidade do nosso querido Neto.

Quanto à falta, na verdade o Ramon (acho que era ele) fez a falta, mas sem muita contundência, aí o juiz deixou seguir. Mas falei a mesma coisa na hora... Era pra ter ido alguém pra falta, sem dúvida alguma.

Espero que tenhamos aprendido.

Unknown disse...

Barreto e Cadu estão certos. Marquinhos sempre é o cara da reposição, e não vejo o flamengo conseguir nada dessas reposições quando temos poucos segundos. Quanto à falta do Ramon, tb é verdade, mas achei que a arbitragem estava com um pouco de má vontade com o flamengo no final do jogo.O que minimiza é que Brasília tb perdeu...
Paulo Jr

João Paulo disse...

O Flamengo vendeu o Jorge simplesmente porque quis, porque será bom pra todos os envolvidos (menos o clube). A grana da venda não irá pra contratar grandes atacantes e muito menos o Elias, esse, aliás, não tem a menor chance, não é o perfil de contratações que essa diretoria faz. A grana do Jorge, a parte que cabe ao Flamengo, irá para suprir o rombo das contratações infelizes que esses caras fizeram em anos. É que nem o Rodrigo Caetano falou: até agora só compramos, temos que vender. Só isso.